De manhã
acordei com olheiras profundas. Ah, aquele Harry me pagaria, ah, se pagaria!
Arrumei-me bem
rápido. Deveriam ser umas nove da manhã. Que horário será que eu deveria
descer? O quê? Estava realmente pensando em ir? Não podia ser verdade.
Ainda estava
pensando nisso quando o telefone do quarto tocou. Juro que, se pudesse, teria
destruído todos os telefones do planeta naquele momento. Se fosse Harry, eu acho
que enlouqueceria.
Atendi.
– Alô?
– Sra., aqui é
da recepção. Com licença, espero que não tenha a acordado.
– O senhor
deveria ter me perguntado isso ontem... De madrugada... – falei friamente.
O homem do
outro lado da linha deve ter ficado vermelho de vergonha e incapacitado de
falar momentaneamente, pois o telefone ficou mudo por alguns segundos antes de
ele falar novamente:
– Perdoe-me, Senhora.
– Que seja... –
Falei impaciente. – Vá direto ao assunto
– O Sr. Styles
a está esperando aqui embaixo, no restaurante. Disse que, se você não vier,
mandará Niall empestear seu quarto com gases podres de sua indigestão recente,
ainda não totalmente curada.
– O quê?! Quem
ele acha que é para me ameaçar desse jeito?
– Bom
madame... – o homem falou baixinho. – Temos que concordar em uma coisa... Ele é
Harry Style... – Ele não terminou de falar, pois bati o telefone no gancho.
Desci até o
restaurante com cara de poucos amigos. Quando cheguei ao restaurante, Harry me
esperava juntamente com os outros Directions.
– Bom dia! Você
está encantadora hoje! – Falou com um sorriso largo.
Ainda de cara
fechada, respondi:
– Sério?
Obrigada, mas poderia estar melhor...
– Por quê? –
Ele perguntou, curioso.
– Ah, sei
lá... Acho que foi um maníaco com o relógio biológico invertido, que ficou me
ligando de madrugada... E me ameaçando caso não viesse vir tomar café-da-manhã
com ele hoje...
Harry ficou
vermelho, enquanto os outros Directions percebiam o clima ruim e Niall falou
bem alto:
– Vishhhhhhhhhhhhhhh!
– Eu avisei
que não era legal, Harry... – Disse Liam.
– Ganhei! –
Falou Zayn. – Ela está muito nervosa. Passa pra cá, Louis.
– Cala a boca,
todo mundo. – Falou Harry. – Lamento o que esse maníaco fez pra você, mas por
que não esquecer o passado? – Ele tentou apaziguar a situação.
– É, por que
não? – Fiz uma expressão cínica.
Ele indicou
onde eu deveria me sentar, a seu lado. Fiz questão de ignorá-lo e sentar-me do
outro lado da mesa. Harry pareceu sem expressão por um minuto. Depois, falou:
– Desculpe.
Você tem razão. Não deveria ter te ameaçado nem incomodado tanto.
– Tudo bem...
Já é passado.
– Não! Vou me
desculpar como deveria. – Ele subiu em cima da mesa e, em seguida, gritou para
TODO o restaurante. – Ei, todo mundo! Eu sou um mané! Eu frustrei e irritei
esta doce jovem, e este é meu sincero pedido de desculpas a ela.
Dessa vez eu é
que ficara vermelha. Não sabia onde enfiar a cara. Fiquei sem conseguir encarar
Harry por uns cinco minutos, enquanto ele sentava e todos olhavam espantados
para ele.
O clima
permaneceu ruim entre mim e Harry por um tempo, até que Louis começou a contar
piadas, e todos caímos na risada.
O café foi
muito divertido. Foi bem legal não comer as deliciosas variedades de alimentos
sozinha. Companhia sempre é excelente. Conversamos como se fossemos bons
amigos, todos os Directions e eu.
Harry não
desgrudou os olhos de mim nem um minuto, com exceção de quando passou pela
porta uma figura TOTALMENTE INDESEJADA. Não apenas por eles, mas por mim
também.
– Parker... –
Levantou-se Harry, olhando feio para ele.
– Ora, ora
Styles! Vejo que você tem companhia esta manhã. – Ele olhou para mim, sorrindo
misteriosamente. – O que acha de me
juntar a vocês?
– Mas é claro
que não! – falou Harry rispidamente.
– É! –
confirmou Liam.
– Rapazes,
rapazes, não queremos uma cena, não é? Por que não sermos amigos? – Falou
Parker.
– Você quer
dizer, por que não sermos amiga? –
Louis olhou para ele e disse, carrancudo.
– Meninos, não
briguem! Tom, você pode se sentar bem aqui. – Então, enquanto ele se aproximava
sorridente, orgulhoso pela vitória e pela expressão perplexa dos Directions, eu
me levantei. – Já estava de saída. Harry vai me dar uma carona hoje até o
trabalho, não é Harry?
O queixo de
Tom caiu. Harry pareceu pular de um pesadelo para um sonho e, sorrindo,
percebendo o que eu estava fazendo, pareceu deliciado ao prosseguir.
– É claro! –
Ele deveria estar extasiado com a expressão de Parker.
Arrisquei mais
uma antes de sair do restaurante com Harry a meu lado.
– A propósito,
adorei conversar com você ontem à noite. – E então saímos.
Ainda pude
ouvir Parker do outro lado:
– Conversa?
Ontem? À noite? – Podia imaginar sua expressão.
– É. Ela e
Harry se encontram todas as noites e ficam conversando até de madrugada. – A
última coisa que ouvi foi a voz de Louis.
Mas que falso!
Eu estava começando a ficar furiosa com Tom! Por isso fiz aquilo.
Assim que
saímos do alcance da visão de todos, Harry pulou e beijou minha bochecha.
– Nossa! Você
é demais! Obrigado! – Ele não conseguia conter a emoção. A vingança contra
Parker fora efetuada. – Você viu a cara dele?
Ri alto, enquanto
saíamos. Ia entrar na limusine típica, que já me esperava, quando Harry me
impediu.
– E a carona? –
Ele sorriu misteriosamente.
Novamente
vidrada em seus belos olhos, peguei-me aceitando sem pensar:
– Sim.
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