Quando
acordei, já era tarde. Eu tivera uma terrível dor de cabeça na noite anterior,
e fora dispensada dos serviços da manhã daquele dia.
Que
horas deveriam ser? Olhei o relógio e quase caí no chão: Meio dia e meia.
Nossa, eu havia realmente dormido demais!
Desci
para tomar café da ma... ou melhor, almoçar. Nenhum dos Directions estava lá.
Senti-me estranhamente solitária. Queria companhia, especialmente se fosse a de
Harry. Comi distraída, distante, e tudo pareceu automático demais para mim.
Mas
o que era isso? Desde quando eu precisava assim tanto de alguém a meu lado?
Tentei ignorar o pensamento.
Bem,
eu checara a minha agenda, e não tinha trabalho para fazer à tarde, apenas o
baile de aniversário do presidente irlandês aquela noite, o qual eu aceitara
entrar como par de Harry, além de representante do meu país.
Mas...
Onde eu estava com a cabeça? Entrar como par de Harry Styles insinuaria que eu estava
tendo um caso com ele!
Porém,
não fiz tanto alarde com esse pensamento. Estranhamente, a ideia me agradava
profundamente, notei perplexa. Será que eu estava me apaixo... Não! Não, não,
não! Recusei pensar numa coisas dessas! Lembra? Ele era um mulherengo, o
trapaceiro no jogo do amor. Mas me dissera para confiar nele, e sinceramente,
parecia tão... verdadeiro!
Quando
notei, estava entrando novamente em meu quarto do hotel. Já que tinha a tarde
livre, podria assistir um pouco de TV e me arrumar com bastante capricho... Oh,
meu Deus!, pensei, o que iria vestir?! Teria que sair para comprar alguma coisa
ou poderia usar o vestido amarelo ou o roxo, que tinha trazido para as ocasiões
importantes.
Mas,
pensando agora... Nenhum parecia a altura para a acompanhante de Harry Styles.
Ainda
estava pensando nisso quando avistei uma caixa branca em cima de minha cama,
com um cartão:
Olá, fofa!
Bom, não sei se você já teria com o que
se vestir, mas passei em frente a uma loja e vi simplesmente você usando isso.
Não sei se vai gostar, mas se, por acaso,tiver gostado,adoraria se o usasse esta noite.
Acho que é do seu tamanho, e fiz questão de pegar o modelo com sua cor
favorita.
Não poderei pegar você para irmos juntos
ao baile, porque tenho uma outra premiação alguns minutos antes, mas te
encontro lá por volta das oito, como combinamos, ok?
Ansiosamente,
Harry
Styles.
Depois de ler
o bilhete, eu abri a caixa.
E minha
expressão foi uma mistura de surpresa, admiração e êxtase.
Era um vestido
lindíssimo! Era azul, tinha faixas que cortavam o corpete... Era... PERFEITO.
Experimentei-o,
e parecia que o vestido havia sido feito exatamente para mim.
Ansiosa, tirei
o vestido, tomei um banho e comecei a me preparar naquele exato momento.
Cabelo, maquiagem, perfume, brincos, sapatos, tudo combinando!
Eu me sentia
uma miss quando me olhei no espelho.
Eram dez para
as sete quando terminei de me aprontar. Ainda tinha tempo para fazer alguma
coisa. Fazia muito tempo que não via o Jornal. Liguei a TV e a âncora anunciou:
“E esta manhã foi confirmado o
desaparecimento de Steven Tyler. O cantor não é visto há dias. Suspeita de
sequestro. O mesmo estranho caso está sendo discutido em relação a Adele,
grávida de sete meses, e Barry Gibb, o último integrante vivo da banda Bee
Gees...”
Mas que
horror! O que teria acontecido com eles? Desliguei a TV, lembrando-me porque
não assistia ao Jornal. Sempre noticiavam desgraças!
Desci para o saguão ao ver a limusine estacionando,
pela janela do meu quarto.
Todos pararam
ao ver minha figura. Pude ver bocas se escancarando e olhos se arregalando
enquanto eu passava. Então eu lembrei, esquecera a minha bolsa. Voltei correndo
para busca-la e, quando entrei na limusine, eram exatas sete horas.
Em uma hora eu
chegaria lá. Perfeito. Tudo estava perfeito.
Louis on.
Harry estava
agitado. Não conseguia parar de se mexer um segundo dentro da limusine. Não o
culpava. Sabia que ele estava ansioso para vê-la. Vi o vestido que ele lhe
comprara. Podia compreendê-lo.
Na verdade,
estava realmente surpreso com Harry. Ele mudara totalmente nos últimos dias.
Não pegou nenhum twitter ou celular de nenhuma fã. Achei que ele realmente
estava apaixonado, pois nunca se comportara dessa forma antes. Isso era bom. Eu
gostava dela. Era uma boa garota – que pusera Harry, finalmente, na linha.
– Você acha
que ela vai? – Ele me perguntou, fazendo um esforço enorme para não roer as
unhas.
– Eu não acho.
Eu tenho certeza. – Respondi com um sorriso.
– Será que ela
vai usar o vestido que eu comprei? Espero que ela tenha gostado.
– Eu estou
certo que sim, Harry. A não ser que não tenha servido. Fique tranquilo, vai dar
tudo certo.
Ele assentiu e
aquietou um pouco o facho. Contornamos várias ruas até finalmente chegarmos ao
grande salão onde seria o baile. Era enorme e lindo. A decoração toda em prata
e azul claro.
Encontramos o
presidente e demos todos um grande parabéns. Nos apresentaríamos no final da
noite para ele. A certo ponto, Harry virou e falou para mim:
– Onde será
que ela está?
– Harry...
– Quê?
– Chegamos
aqui há cinco minutos, e ainda são cinco para as oito. Você não marcou com ela às
oito horas?
– É... – Ele
pareceu relaxar um pouco. Depois, ficou elétrico novamente. – A premiação
terminou mais cedo do que eu imaginava. Ela vai chegar daqui a pouco, daqui a
pouco, daqui a pouco, daqui a pouco...
Ele ficou
repetindo isso um tempo, pegou um drinque numa bandeja carregada por um garçom
e começou a perambular pelo ambiente.
Eu on.
O caminho
estava totalmente congestionado pelo trânsito. Bom, certamente eu não
conseguiria chegar lá tão cedo. Eram sete e quarenta e cinco e ainda estávamos
na metade do caminho. Perguntei ao motorista se não havia uma rota alternativa,
que tinha horário para chegar ao destino. Ele assentiu e virou numa esquina,
que estava quase vazia, afirmando que conhecia um caminho mais longo, mas menos
movimentado.
Ufa, ainda
bem! Como seria se me atrasasse? Não poderia, não para Harry. Percebi o quanto
eu pensava nele com carinho e afeto. Não tinha como negar, estava realmente me
apaixonan...
Meu pensamento
foi cortado quando senti a limusine parar. Vi o motorista sair dela. Saí também
e perguntei o que estava acontecendo.
– Senhora,
lamento informar, mas furamos dois pneus...
O quê? Eram
dez para as oito.
– O que
faremos? – perguntei desesperada.
– Tenho que
trocar os pneus.
– E quanto
tempo demora para isso acontecer?
– Uns quinze
minutos.
– Então vai
logo! – Meu grito deve tê-lo assustado, por que ele deu um pulo e correu para
trocar os pneus.
Sentei-me e
pus a mão na cabeça. Aquilo iria demorar. Certamente chegaria atrasada. Decidi
ligar para Harry para avisá-lo do atraso.
Harry on.
Eu estava
dando uma olhada na mesa de aperitivos. Pus minha longa taça ao lado de um
porco assado gigantesco e comecei a olhar a maçã em sua boca.
“Pobre porquinho...”,
pensei, “ jamais poderá comer essa maçã...”
Mas que
pensamento mais estúpido! Tentei me concentrar novamente nela.
“Bom, ainda
faltam dez minutos para ela chegar... Vamos ver se ela me mandou alguma
mensagem...”.
Peguei meu
celular na mão.
“Patrícia,
Eduarda, Mariana, Stefani, Demetri, Louis... Não, nada dela”. Estava guardando
meu celular quando...
BUUU!!!
AHH!!!
BLOSH!!!
O primeiro som
foi o de uma figura odiosa.
O segundo som
foi meu grito.
O terceiro som
foi um objeto caindo em um líquido.
Resumindo: o
idiota do Parker veio por minhas costas e me deu um susto. Eu, infelizmente,
fui pego desprevenido e gritei. Com o susto, meu celular voou para o alto e
caiu na tigela de ponche.
– Parker, seu
idiota! Você destruiu meu celular! – Disse, enfurecido, enquanto pegava o pobre
Celly no meio do ponche e tentava liga-lo, sem sucesso.
– Eu? Ele
estava na minha mão, por acaso? – Fiz a pior expressão que consegui.
– Que você
quer?
– Nada não... –
Ele sorria com a glória de ter me assustado.
– Fala logo,
desembucha!
– Só queria
dizer que sua namoradinha nova me ligou ontem... Ela nem te aguenta mais! Quer
distância...
– Hunf...
– Eu sei, é
dolorosa a perda. Mas pelo menos ela tem um ombrinho pra chorar.
– Eu sei... –
Disse. Ele pareceu surpreso.
– Sabe? Que
ela está... te traindo...
– Sei que está
blefando.
Ele riu. Alto
demais.
– Eu não estou
blefando!
– Pra começar,
só esse seu riso esganiçado acabou de te denunciar. Depois, ela me traiu ou ela
não me aguenta? Se decide cara! – Ele mexeu a boca e gaguejou um pouco, sem
conseguir dizer nada em resposta. – Terceiro: Ela vai se encontrar comigo daqui
a dez minutos.
Parker
emburrou e foi embora. Só pude rir. A não ser pelo meu celular, tudo estava
dando certo para mim.
Eu on.
Nada estava dando
certo para mim. Os pneus ainda estavam sendo trocados e Harry não atendia o
celular, e já eram oito horas.
Obriguei meu
cérebro a ser paciente, e tentei controlar meu corpo, mas estava muito
inquieta. Quando a limusine começou a andar novamente, já eram oito e oito. Eu
não sabia o que fazer. Esperava que Harry entendesse que alguma coisa havia
acontecido e me ligasse. Recostei a cabeça no banco. Só me restava esperar.
Harry on.
Dez minutos de
atraso. Bom, isso era normal.
...
...
Vinte minutos
de atraso. Parker passou por mim.
– E sua
acompanhante? – Ele sorria, deliciado.
– Atrasada.
– Atrasada?
Vinte minutos? – Ele sentia prazer.
– As garotas
sempre fazem hora...
– Fazem
hora... Ou não querem chegar? – Dizendo isso, ele foi embora, dançando uma
dancinha extremamente irritante, como uma dancinha da vitória.
Louis se
aproximou e eu desabafei com ele.
– Onde ela
está?!
– Calma Harry!
Alguma coisa deve ter acontecido. Por que não liga pra ela?
– Tem razão.
Pedi o celular
de Louis emprestado e digitei o número.
Tuuuuuuuu...
Tuuuuuuuu...
Eu on.
Meu corpo
estava basicamente tremendo de frustração e ansiedade. De repente, o telefone
toca.
“Deve ser o
Harry!”, pensei.
Não era o
número de Harry quando atendi.
– Alô? – falei
exasperada.
– Alô, é o
Harry! Onde você está?
BLONC!
A limusine
passou por uma lombada enorme. Minha cabeça bateu no teto, exatamente no
interruptor de luz, e tudo ficou escuro. Meu celular também voou da minha mão.
Apoiei minha mão em algo duro para me levantar. Senti meu pé direito pisar no
chão. Então, em seguida, o esquer...
TRASH!
Não precisava
ver o celular para saber que meu salto o havia destroçado.
Ah, não!
E justo agora
que Harry havia me ligado!
Louis on.
Tu-tu-tu-tu-tu-tu...
– Ela, ela
desligou na minha cara! – Harry estava com olhos e boca arregalados. – Parker
estava certo! Assim que soube que era eu, ela desligou! Ela não quer saber de
mim!
– Calma Harry!
Vai ver acabou a bateria do celular dela! – Tentei acalmá-lo.
– Não! Ela não
vem...
– Mas é claro
que vem! Antes de você, ela tem uma obrigação para com seu país! Ela vai estar
aqui, com certeza. E quando ela chegar, tenho certeza de que vai arranjar uma
boa desculpa.
Ele engoliu em
seco.
Pude ver o
desespero em seus olhos. Era enlouquecedor.
Esperava estar
certo.
Eu on.
A limusine
chegou na esquina do grande salão onde acontecia o baile às dez para as nove.
Havia uma fila gigantesca para as pessoas saírem e entrarem.
Não. Eu já
havia me atrasado demais!
Desesperada
para encontrar Harry, abri a porta da limusine e saí correndo em direção à
entrada, como uma louca.
Harry on.
Era a terceira
garota que dava mole para mim. Ela era muito bonita... Filha do embaixador
francês... Mas eu aguentava.
Por ela.
Louis on.
“Nossa, que
vontade de ir ao banheiro...”.
Eu on.
Cheguei
correndo e furei a fila para entrar. Quando me reconheceram e checaram meu
convite, quase pulei para dentro do salão. Cinco para as nove. Niall passou por
mim.
– Niall! –
Gritei, e ele se assustou, deixando cair as batatas que comia. – Cadê o Harry?
– Ele estava
perto dos aperitivos. – Ele pareceu bravo. Acho que foram pelas batatas.
– Obrigada! – Saí
correndo à procura da mesa, olhando tudo ao meu redor. Banheiros masculino e
feminino à direita, um lustre de cristal gigantesco no teto, decoração prata e
azul...
Uma multidão
se formou à minha frente, me impedindo de passar, cumprimentando o presidente.
“Ah,
não! Como vou chegar até Harry?!”, pensei. Mas um segundo depois uma mão pousou
em meu ombro.
Ele
me achara.
Sorri
o sorriso mais bonito que consegui e me virei.
–
Harry!
Harry on.
Estava
esperando na mesa de comida. Niall apareceu ao meu lado, pegando batatas.
– Niall! – me
espantei. – Você acabou de pegar uma
dúzia dessas batatas! Já comeu?!
– Não! – Ele
parecia irritado. – A sua namorada me assustou e eu derrubei as minhas no chão.
– Ela não é
minha namor... O quê?! Ela está aqui?!
– Ela acabou
de chagar. Estava te procurando.
Niall on.
Um vento forte
fez esvoaçarem meus cabelos. Quando olhei para a frente, Harry já não estava
mais lá.
Eu on.
– Harry! – Mas
ao ver quem era, meu sorriso desapareceu. – Ah, Parker.
– Oi,
princesa. – Ele estava com um bafo horrendo de álcool. – Tudo bem com você? –
mal conseguia se manter em pé de tão bêbado.
– Olha,
Parker, dá licença, mas, tô procurando o Harry!
– O Harry?
– É! Você o
viu?
Parker on.
“Ficar em pé.
Falar. Princesa. Harry. Harry vindo. Harry vindo! Entrar em ação!”
Eu on.
– É, o Harry!
– Sim! Eu o
vi!
– E onde ele
está? – Eu estava perdendo a paciência. Lidar com bêbados era muito difícil.
– Aqui ó! –
Ele apontou seus lábios e, antes que eu tivesse chance de reação, ele me
beijou.
Harry on.
Abri caminho
entre a multidão. Não conseguia encontra-la. Olhava para os lados e... Ah, ela
estava ali! Usando o vestido que eu comprara e... beijando... o... Parker.
Me senti mal.
Me senti traído. Me senti humilhado.
Dei meia
volta.
Não sentia
vontade de chorar.
Não sentia
nada.
Louis on.
“Ah, uma
mijadinha sempre alivia qualquer um.”, pensei, enquanto saía do banheiro. E
ainda bem que tinha ido, porque quando saí do banheiro, vi aquela cena: aquela
cena que teria me feito mijar nas calças – se eu não tivesse esvaziado o
tanque.
Ela – beijando
– Parker. Harry – do outro lado – vendo.
Não acreditei,
olhando chocado, enquanto Harry ia embora. Parker estava falando a verdade,
então? Pobre Harry!
Mas não, de
repente, ela afastou o corpo dele bruscamente, e deu-lhe um forte tapa no
rosto.
– O que pensa
que está fazendo?! – Ela gritou.
Ele riu, e
percebi que estava bêbado. Tentou agarrá-la novamente. E ela esticou a perna
para lhe dar um chute bem no... Ui! Aquela doeu! Ele caiu no chão, rolando de
dor, e ela saiu correndo, à procura de alguém. Eu sabia que era de Harry.
Ufa! Então não
estava enganado sobre ela! Simplesmente entendi tudo quando vi o que ocorrera
em seguida.
Mas Harry não
vira o que eu vi.
Eu on.
Consegui
passar pela multidão, e em certo ponto cruzei com o presidente, e tive de parabeniza-lo
antes de continuar, mas o tempo todo só pensava em Harry.
Não havia como
negar, eu simplesmente me apaixonara por ele! E ele mudara, pelo visto! Sim,
esta noite, eu estava decidida! Não hesitaria mais! Iria chegar até ele e
dizer: Harry Styles, eu te am...
Parei quando o
vi.
Com ela.
Ele estava
beijando uma garota, num cantinho do salão.
Não acreditei.
Estranhamente
calma, peguei dois drinques de uma bandeja. Caminhei até eles.
– Hum... –
Exclamei, perto deles.
Eles se
desvencilharam e Harry me olhou. Havia um prazer maléfico em seus olhos e em
seu sorriso.
Sorri de
volta. E joguei o líquido em minha mão nele.
– O que você
fez!? – Ele estava perplexo e furioso. Porém, antes que tivesse chance de
continuar, virei-me para a garota e joguei o outro drinque nela.
Ela gritou,
atraindo a atenção dos fotógrafos. Podia ler as manchetes do dia seguinte em
minha mente. Eu estaria acabada! Mas tudo bem, a vingança era doce, e era
incrivelmente delicioso saboreá-la.
– “Só de
bônus...” – Disse a ela, virei-me e saí.
Harry me
seguiu, gritando furioso atrás de mim para que eu esperasse.
De repente
senti náuseas, precisava de um pouco de ar fresco. Vi uma sacada, fui até ela.
Estava vazia.
Harry também
foi. Me apoiei na murada e respirei fundo. Depois, virei-me para enfrentar
Harry.
– O que pensa
que está fazendo?! – Ele estava muito bravo. – Onde estão seus bons modos!
– Nem vem com
essa! – minha voz saiu surpreendentemente firme e forte, e senti inclusive a
surpresa de Harry com meu tom. – Eu caí em seu jogo, Harry Styles, mas não vai
sair barato pra você!
– Não vai sair
barato pra mim! O que pensa que vai fazer? E que jogo é esse de que tanto
fala?! Já falei que não estava jogando com você!
– Ah, não!
Então beijar aquela garota loira na minha ausência não é brincar com meus
sentimentos?!
– Olha só quem
fala!
– Hã?! –
Estava confusa. Não estava entendendo a que ele se referia. – Já deveria ter
imaginado, você faz isso com todas, não é mesmo, Styles!? Admita!
Ele levantou o
dedo para responder, mas parou quando as luzes se apagaram. Tudo ficou um breu,
e gritos foram ouvidos dentro da festa. Um barulho de helicóptero pairou no ar.
– Harry! – Exclamei,
com medo, esquecendo-me de nossa briga, e ele olhou para mim, chegando perto
para me abraçar, eu acho, quando de repente caiu no chão.
Assustada,
abaixei. Ele teria desmaiado? Eu gritei por socorro, mas o barulho de mulheres
gritando impedia que qualquer um me escutasse.
Foi quando
reparei: O brilho da lua iluminou o objeto no pescoço de Harry. Um dardo.
Envenenado? Pousei minha cabeça no peito de Harry. Não, ele ainda respirava.
Gritei por
ajuda novamente, mas agora o barulho do helicóptero estava próximo demais.
Olhei para o alto. Na realidade, o helicóptero estava bem baixo, apenas um
pouco acima de nossas cabeças, e uma escada estava sendo descida por dois
homens vestidos de preto.
Talvez fossem
da polícia! Vieram checar o que havia acontecido! Essas festas, ainda mais a do
presidente, sempre tinham muitos seguranças.
Descartei essa
hipótese quando eles pegaram o corpo de Harry, à minha frente. Não eram
policiais! Eram bandidos.
Bati em um
deles, tentando livrar Harry de suas garras. Foi quando eles deram conta de
minha presença. Me empurraram, mas eu sempre fui forte, me levantei e bati
neles de novo.
Um deles tinha
uma arma, e disparou-a contra mim. A bala pegou de raspão na minha perna, e eu
caí. No mesmo momento, passei minha outra perna por seus pés, ele caiu e sua
arma voou para longe.
Comecei a me
arrastar, sentindo a dor, para tentar avisar alguém dentro do salão, mas senti
mãos me pegando por trás e, em seguida, um pano sendo posto em meu nariz. Ainda
pude sentir o helicóptero mais perto e alguém me pegando no colo. Também
senti-me entrando em alguma coisa.
E despois, tudo
ficou escuro.
faz o cap 16 pelo amor deus eu imploro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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