segunda-feira, 30 de julho de 2012

Capítulo 15 - Emoções


                Quando acordei, já era tarde. Eu tivera uma terrível dor de cabeça na noite anterior, e fora dispensada dos serviços da manhã daquele dia.
                Que horas deveriam ser? Olhei o relógio e quase caí no chão: Meio dia e meia. Nossa, eu havia realmente dormido demais!
                Desci para tomar café da ma... ou melhor, almoçar. Nenhum dos Directions estava lá. Senti-me estranhamente solitária. Queria companhia, especialmente se fosse a de Harry. Comi distraída, distante, e tudo pareceu automático demais para mim.
                Mas o que era isso? Desde quando eu precisava assim tanto de alguém a meu lado? Tentei ignorar o pensamento.
                Bem, eu checara a minha agenda, e não tinha trabalho para fazer à tarde, apenas o baile de aniversário do presidente irlandês aquela noite, o qual eu aceitara entrar como par de Harry, além de representante do meu país.
                Mas... Onde eu estava com a cabeça? Entrar como par de Harry Styles insinuaria que eu estava tendo um caso com ele!
                Porém, não fiz tanto alarde com esse pensamento. Estranhamente, a ideia me agradava profundamente, notei perplexa. Será que eu estava me apaixo... Não! Não, não, não! Recusei pensar numa coisas dessas! Lembra? Ele era um mulherengo, o trapaceiro no jogo do amor. Mas me dissera para confiar nele, e sinceramente, parecia tão... verdadeiro!
                Quando notei, estava entrando novamente em meu quarto do hotel. Já que tinha a tarde livre, podria assistir um pouco de TV e me arrumar com bastante capricho... Oh, meu Deus!, pensei, o que iria vestir?! Teria que sair para comprar alguma coisa ou poderia usar o vestido amarelo ou o roxo, que tinha trazido para as ocasiões importantes.
                Mas, pensando agora... Nenhum parecia a altura para a acompanhante de Harry Styles.
                Ainda estava pensando nisso quando avistei uma caixa branca em cima de minha cama, com um cartão:

Olá, fofa!
        Bom, não sei se você já teria com o que se vestir, mas passei em frente a uma loja e vi simplesmente você usando isso. Não sei se vai gostar, mas se, por acaso,tiver gostado,adoraria se o usasse esta noite. Acho que é do seu tamanho, e fiz questão de pegar o modelo com sua cor favorita.
        Não poderei pegar você para irmos juntos ao baile, porque tenho uma outra premiação alguns minutos antes, mas te encontro lá por volta das oito, como combinamos, ok?
        Ansiosamente,
Harry Styles.

Depois de ler o bilhete, eu abri a caixa.
E minha expressão foi uma mistura de surpresa, admiração e êxtase.
Era um vestido lindíssimo! Era azul, tinha faixas que cortavam o corpete... Era... PERFEITO.
Experimentei-o, e parecia que o vestido havia sido feito exatamente para mim.
Ansiosa, tirei o vestido, tomei um banho e comecei a me preparar naquele exato momento. Cabelo, maquiagem, perfume, brincos, sapatos, tudo combinando!
Eu me sentia uma miss quando me olhei no espelho.

Eram dez para as sete quando terminei de me aprontar. Ainda tinha tempo para fazer alguma coisa. Fazia muito tempo que não via o Jornal. Liguei a TV e a âncora anunciou:
“E esta manhã foi confirmado o desaparecimento de Steven Tyler. O cantor não é visto há dias. Suspeita de sequestro. O mesmo estranho caso está sendo discutido em relação a Adele, grávida de sete meses, e Barry Gibb, o último integrante vivo da banda Bee Gees...”
Mas que horror! O que teria acontecido com eles? Desliguei a TV, lembrando-me porque não assistia ao Jornal. Sempre noticiavam desgraças!
 Desci para o saguão ao ver a limusine estacionando, pela janela do meu quarto.
Todos pararam ao ver minha figura. Pude ver bocas se escancarando e olhos se arregalando enquanto eu passava. Então eu lembrei, esquecera a minha bolsa. Voltei correndo para busca-la e, quando entrei na limusine, eram exatas sete horas.
Em uma hora eu chegaria lá. Perfeito. Tudo estava perfeito.

Louis on.
Harry estava agitado. Não conseguia parar de se mexer um segundo dentro da limusine. Não o culpava. Sabia que ele estava ansioso para vê-la. Vi o vestido que ele lhe comprara. Podia compreendê-lo.
Na verdade, estava realmente surpreso com Harry. Ele mudara totalmente nos últimos dias. Não pegou nenhum twitter ou celular de nenhuma fã. Achei que ele realmente estava apaixonado, pois nunca se comportara dessa forma antes. Isso era bom. Eu gostava dela. Era uma boa garota – que pusera Harry, finalmente, na linha.
– Você acha que ela vai? – Ele me perguntou, fazendo um esforço enorme para não roer as unhas.
– Eu não acho. Eu tenho certeza. – Respondi com um sorriso.
– Será que ela vai usar o vestido que eu comprei? Espero que ela tenha gostado.
– Eu estou certo que sim, Harry. A não ser que não tenha servido. Fique tranquilo, vai dar tudo certo.
Ele assentiu e aquietou um pouco o facho. Contornamos várias ruas até finalmente chegarmos ao grande salão onde seria o baile. Era enorme e lindo. A decoração toda em prata e azul claro.
Encontramos o presidente e demos todos um grande parabéns. Nos apresentaríamos no final da noite para ele. A certo ponto, Harry virou e falou para mim:
– Onde será que ela está?
– Harry...
– Quê?
– Chegamos aqui há cinco minutos, e ainda são cinco para as oito. Você não marcou com ela às oito horas?
– É... – Ele pareceu relaxar um pouco. Depois, ficou elétrico novamente. – A premiação terminou mais cedo do que eu imaginava. Ela vai chegar daqui a pouco, daqui a pouco, daqui a pouco, daqui a pouco...
Ele ficou repetindo isso um tempo, pegou um drinque numa bandeja carregada por um garçom e começou a perambular pelo ambiente.

Eu on.
O caminho estava totalmente congestionado pelo trânsito. Bom, certamente eu não conseguiria chegar lá tão cedo. Eram sete e quarenta e cinco e ainda estávamos na metade do caminho. Perguntei ao motorista se não havia uma rota alternativa, que tinha horário para chegar ao destino. Ele assentiu e virou numa esquina, que estava quase vazia, afirmando que conhecia um caminho mais longo, mas menos movimentado.
Ufa, ainda bem! Como seria se me atrasasse? Não poderia, não para Harry. Percebi o quanto eu pensava nele com carinho e afeto. Não tinha como negar, estava realmente me apaixonan...
Meu pensamento foi cortado quando senti a limusine parar. Vi o motorista sair dela. Saí também e perguntei o que estava acontecendo.
– Senhora, lamento informar, mas furamos dois pneus...
O quê? Eram dez para as oito.
– O que faremos? – perguntei desesperada.
– Tenho que trocar os pneus.
– E quanto tempo demora para isso acontecer?
– Uns quinze minutos.
– Então vai logo! – Meu grito deve tê-lo assustado, por que ele deu um pulo e correu para trocar os pneus.
Sentei-me e pus a mão na cabeça. Aquilo iria demorar. Certamente chegaria atrasada. Decidi ligar para Harry para avisá-lo do atraso.

Harry on.
Eu estava dando uma olhada na mesa de aperitivos. Pus minha longa taça ao lado de um porco assado gigantesco e comecei a olhar a maçã em sua boca.
“Pobre porquinho...”, pensei, “ jamais poderá comer essa maçã...”
Mas que pensamento mais estúpido! Tentei me concentrar novamente nela.
“Bom, ainda faltam dez minutos para ela chegar... Vamos ver se ela me mandou alguma mensagem...”.
Peguei meu celular na mão.
“Patrícia, Eduarda, Mariana, Stefani, Demetri, Louis... Não, nada dela”. Estava guardando meu celular quando...
BUUU!!!
AHH!!!
BLOSH!!!
O primeiro som foi o de uma figura odiosa.
O segundo som foi meu grito.
O terceiro som foi um objeto caindo em um líquido.
Resumindo: o idiota do Parker veio por minhas costas e me deu um susto. Eu, infelizmente, fui pego desprevenido e gritei. Com o susto, meu celular voou para o alto e caiu na tigela de ponche.
– Parker, seu idiota! Você destruiu meu celular! – Disse, enfurecido, enquanto pegava o pobre Celly no meio do ponche e tentava liga-lo, sem sucesso.
– Eu? Ele estava na minha mão, por acaso? – Fiz a pior expressão que consegui.
– Que você quer?
– Nada não... – Ele sorria com a glória de ter me assustado.
– Fala logo, desembucha!
– Só queria dizer que sua namoradinha nova me ligou ontem... Ela nem te aguenta mais! Quer distância...
– Hunf...
– Eu sei, é dolorosa a perda. Mas pelo menos ela tem um ombrinho pra chorar.
– Eu sei... – Disse. Ele pareceu surpreso.
– Sabe? Que ela está... te traindo...
– Sei que está blefando.
Ele riu. Alto demais.
– Eu não estou blefando!
– Pra começar, só esse seu riso esganiçado acabou de te denunciar. Depois, ela me traiu ou ela não me aguenta? Se decide cara! – Ele mexeu a boca e gaguejou um pouco, sem conseguir dizer nada em resposta. – Terceiro: Ela vai se encontrar comigo daqui a dez minutos.
Parker emburrou e foi embora. Só pude rir. A não ser pelo meu celular, tudo estava dando certo para mim.

Eu on.
Nada estava dando certo para mim. Os pneus ainda estavam sendo trocados e Harry não atendia o celular, e já eram oito horas.
Obriguei meu cérebro a ser paciente, e tentei controlar meu corpo, mas estava muito inquieta. Quando a limusine começou a andar novamente, já eram oito e oito. Eu não sabia o que fazer. Esperava que Harry entendesse que alguma coisa havia acontecido e me ligasse. Recostei a cabeça no banco. Só me restava esperar.
Harry on.
Dez minutos de atraso. Bom, isso era normal.
...
...
Vinte minutos de atraso. Parker passou por mim.
– E sua acompanhante? – Ele sorria, deliciado.
– Atrasada.
– Atrasada? Vinte minutos? – Ele sentia prazer.
– As garotas sempre fazem hora...
– Fazem hora... Ou não querem chegar? – Dizendo isso, ele foi embora, dançando uma dancinha extremamente irritante, como uma dancinha da vitória.
Louis se aproximou e eu desabafei com ele.
– Onde ela está?!
– Calma Harry! Alguma coisa deve ter acontecido. Por que não liga pra ela?
– Tem razão.
Pedi o celular de Louis emprestado e digitei o número.
Tuuuuuuuu... Tuuuuuuuu...

Eu on.
Meu corpo estava basicamente tremendo de frustração e ansiedade. De repente, o telefone toca.
“Deve ser o Harry!”, pensei.
Não era o número de Harry quando atendi.
– Alô? – falei exasperada.
– Alô, é o Harry! Onde você está?
BLONC!
A limusine passou por uma lombada enorme. Minha cabeça bateu no teto, exatamente no interruptor de luz, e tudo ficou escuro. Meu celular também voou da minha mão. Apoiei minha mão em algo duro para me levantar. Senti meu pé direito pisar no chão. Então, em seguida, o esquer...
TRASH!
Não precisava ver o celular para saber que meu salto o havia destroçado.
Ah, não!
E justo agora que Harry havia me ligado!


Louis on.
Tu-tu-tu-tu-tu-tu...
– Ela, ela desligou na minha cara! – Harry estava com olhos e boca arregalados. – Parker estava certo! Assim que soube que era eu, ela desligou! Ela não quer saber de mim!
– Calma Harry! Vai ver acabou a bateria do celular dela! – Tentei acalmá-lo.
– Não! Ela não vem...
– Mas é claro que vem! Antes de você, ela tem uma obrigação para com seu país! Ela vai estar aqui, com certeza. E quando ela chegar, tenho certeza de que vai arranjar uma boa desculpa.
Ele engoliu em seco.
Pude ver o desespero em seus olhos. Era enlouquecedor.
Esperava estar certo.

Eu on.
A limusine chegou na esquina do grande salão onde acontecia o baile às dez para as nove. Havia uma fila gigantesca para as pessoas saírem e entrarem.
Não. Eu já havia me atrasado demais!
Desesperada para encontrar Harry, abri a porta da limusine e saí correndo em direção à entrada, como uma louca.

Harry on.
Era a terceira garota que dava mole para mim. Ela era muito bonita... Filha do embaixador francês... Mas eu aguentava.
Por ela.

Louis on.
“Nossa, que vontade de ir ao banheiro...”.

Eu on.
Cheguei correndo e furei a fila para entrar. Quando me reconheceram e checaram meu convite, quase pulei para dentro do salão. Cinco para as nove. Niall passou por mim.
– Niall! – Gritei, e ele se assustou, deixando cair as batatas que comia. – Cadê o Harry?
– Ele estava perto dos aperitivos. – Ele pareceu bravo. Acho que foram pelas batatas.
– Obrigada! – Saí correndo à procura da mesa, olhando tudo ao meu redor. Banheiros masculino e feminino à direita, um lustre de cristal gigantesco no teto, decoração prata e azul...
Uma multidão se formou à minha frente, me impedindo de passar, cumprimentando o presidente.
                “Ah, não! Como vou chegar até Harry?!”, pensei. Mas um segundo depois uma mão pousou em meu ombro.
                Ele me achara.
                Sorri o sorriso mais bonito que consegui e me virei.
                – Harry!

Harry on.
Estava esperando na mesa de comida. Niall apareceu ao meu lado, pegando batatas.
– Niall! – me espantei. – Você acabou de pegar uma dúzia dessas batatas! Já comeu?!
– Não! – Ele parecia irritado. – A sua namorada me assustou e eu derrubei as minhas no chão.
– Ela não é minha namor... O quê?! Ela está aqui?!
– Ela acabou de chagar. Estava te procurando.

Niall on.
Um vento forte fez esvoaçarem meus cabelos. Quando olhei para a frente, Harry já não estava mais lá.

Eu on.
– Harry! – Mas ao ver quem era, meu sorriso desapareceu. – Ah, Parker.
– Oi, princesa. – Ele estava com um bafo horrendo de álcool. – Tudo bem com você? – mal conseguia se manter em pé de tão bêbado.
– Olha, Parker, dá licença, mas, tô procurando o Harry!
– O Harry?
– É! Você o viu?

Parker on.
“Ficar em pé. Falar. Princesa. Harry. Harry vindo. Harry vindo! Entrar em ação!”

Eu on.
– É, o Harry!
– Sim! Eu o vi!
– E onde ele está? – Eu estava perdendo a paciência. Lidar com bêbados era muito difícil.
– Aqui ó! – Ele apontou seus lábios e, antes que eu tivesse chance de reação, ele me beijou.

Harry on.
Abri caminho entre a multidão. Não conseguia encontra-la. Olhava para os lados e... Ah, ela estava ali! Usando o vestido que eu comprara e... beijando... o... Parker.
Me senti mal. Me senti traído. Me senti humilhado.
Dei meia volta.
Não sentia vontade de chorar.
Não sentia nada.

Louis on.
“Ah, uma mijadinha sempre alivia qualquer um.”, pensei, enquanto saía do banheiro. E ainda bem que tinha ido, porque quando saí do banheiro, vi aquela cena: aquela cena que teria me feito mijar nas calças – se eu não tivesse esvaziado o tanque.
Ela – beijando – Parker. Harry – do outro lado – vendo.
Não acreditei, olhando chocado, enquanto Harry ia embora. Parker estava falando a verdade, então? Pobre Harry!
Mas não, de repente, ela afastou o corpo dele bruscamente, e deu-lhe um forte tapa no rosto.
– O que pensa que está fazendo?! – Ela gritou.
Ele riu, e percebi que estava bêbado. Tentou agarrá-la novamente. E ela esticou a perna para lhe dar um chute bem no... Ui! Aquela doeu! Ele caiu no chão, rolando de dor, e ela saiu correndo, à procura de alguém. Eu sabia que era de Harry.
Ufa! Então não estava enganado sobre ela! Simplesmente entendi tudo quando vi o que ocorrera em seguida.
Mas Harry não vira o que eu vi.

Eu on.
Consegui passar pela multidão, e em certo ponto cruzei com o presidente, e tive de parabeniza-lo antes de continuar, mas o tempo todo só pensava em Harry.
Não havia como negar, eu simplesmente me apaixonara por ele! E ele mudara, pelo visto! Sim, esta noite, eu estava decidida! Não hesitaria mais! Iria chegar até ele e dizer: Harry Styles, eu te am...
Parei quando o vi.
Com ela.
Ele estava beijando uma garota, num cantinho do salão.
Não acreditei.
Estranhamente calma, peguei dois drinques de uma bandeja. Caminhei até eles.
– Hum... – Exclamei, perto deles.
Eles se desvencilharam e Harry me olhou. Havia um prazer maléfico em seus olhos e em seu sorriso.
Sorri de volta. E joguei o líquido em minha mão nele.
– O que você fez!? – Ele estava perplexo e furioso. Porém, antes que tivesse chance de continuar, virei-me para a garota e joguei o outro drinque nela.
Ela gritou, atraindo a atenção dos fotógrafos. Podia ler as manchetes do dia seguinte em minha mente. Eu estaria acabada! Mas tudo bem, a vingança era doce, e era incrivelmente delicioso saboreá-la.
– “Só de bônus...” – Disse a ela, virei-me e saí.
Harry me seguiu, gritando furioso atrás de mim para que eu esperasse.
De repente senti náuseas, precisava de um pouco de ar fresco. Vi uma sacada, fui até ela. Estava vazia.
Harry também foi. Me apoiei na murada e respirei fundo. Depois, virei-me para enfrentar Harry.
– O que pensa que está fazendo?! – Ele estava muito bravo. – Onde estão seus bons modos!
– Nem vem com essa! – minha voz saiu surpreendentemente firme e forte, e senti inclusive a surpresa de Harry com meu tom. – Eu caí em seu jogo, Harry Styles, mas não vai sair barato pra você!
– Não vai sair barato pra mim! O que pensa que vai fazer? E que jogo é esse de que tanto fala?! Já falei que não estava jogando com você!
– Ah, não! Então beijar aquela garota loira na minha ausência não é brincar com meus sentimentos?!
– Olha só quem fala!
– Hã?! – Estava confusa. Não estava entendendo a que ele se referia. – Já deveria ter imaginado, você faz isso com todas, não é mesmo, Styles!? Admita!
Ele levantou o dedo para responder, mas parou quando as luzes se apagaram. Tudo ficou um breu, e gritos foram ouvidos dentro da festa. Um barulho de helicóptero pairou no ar.
– Harry! – Exclamei, com medo, esquecendo-me de nossa briga, e ele olhou para mim, chegando perto para me abraçar, eu acho, quando de repente caiu no chão.
Assustada, abaixei. Ele teria desmaiado? Eu gritei por socorro, mas o barulho de mulheres gritando impedia que qualquer um me escutasse.
Foi quando reparei: O brilho da lua iluminou o objeto no pescoço de Harry. Um dardo. Envenenado? Pousei minha cabeça no peito de Harry. Não, ele ainda respirava.
Gritei por ajuda novamente, mas agora o barulho do helicóptero estava próximo demais. Olhei para o alto. Na realidade, o helicóptero estava bem baixo, apenas um pouco acima de nossas cabeças, e uma escada estava sendo descida por dois homens vestidos de preto.
Talvez fossem da polícia! Vieram checar o que havia acontecido! Essas festas, ainda mais a do presidente, sempre tinham muitos seguranças.
Descartei essa hipótese quando eles pegaram o corpo de Harry, à minha frente. Não eram policiais! Eram bandidos.
Bati em um deles, tentando livrar Harry de suas garras. Foi quando eles deram conta de minha presença. Me empurraram, mas eu sempre fui forte, me levantei e bati neles de novo.
Um deles tinha uma arma, e disparou-a contra mim. A bala pegou de raspão na minha perna, e eu caí. No mesmo momento, passei minha outra perna por seus pés, ele caiu e sua arma voou para longe.
Comecei a me arrastar, sentindo a dor, para tentar avisar alguém dentro do salão, mas senti mãos me pegando por trás e, em seguida, um pano sendo posto em meu nariz. Ainda pude sentir o helicóptero mais perto e alguém me pegando no colo. Também senti-me entrando em alguma coisa.
E despois, tudo ficou escuro.



                 

Um comentário:

  1. leila tardim(letardim@hotmail.com)22 de abril de 2013 às 16:08

    faz o cap 16 pelo amor deus eu imploro!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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