Não acreditei
no mico que paguei em frente a todos os fotógrafos a princípio, envergonhada
demais até para olhar para os lados, mas logo me recompus. Tinha de estar
radiante no baile-conferência. Respirei fundo. Pelo menos conseguira chegar ao
saguão no tempo exato da limusine atracar na calçada.
E por falar em
limusine... Ela parou em frente a um grande casarão antigo e bonito, cheio de
seguranças e limusines chegando e saindo. Consegui reconhecer vários políticos
e ajeitei a postura quando saí do carro.
Uma chuva de
flashes caiu sobre mim, e fui temporariamente ofuscada, mas um cavalheiro viu
meu dilema e me ajudou a ficar em pé antes que eu caísse novamente.
– Obrigada. –
agradeci a ele, enquanto tudo começava a ganhar forma novamente.
– Não há de
quê! – Ele respondeu, ainda me guiando para a entrada. – Qual o seu nome?
Respondi a ele
e fiz-lhe a mesma pergunta, olhando para seu rosto – agora podendo enxergar
tudo a meu redor – e então quase tive uma parada cardíaca: Era Tom Parker, do
The Wanted! (vesguinho)
– Ah, desculpe
Sr. Parker! Não o estava vendo!
– Que é isso!
Não se incomode! E por favor, não me chame de Sr. Parker, me chame de Tom.
– Ah, OK, Tom
então... Obrigada, não iria ser legal eu cair no chão... De novo...
– De novo?
– É... Vamos
entrando? – tentei disfarçar.
– Tá bem.
Entramos e o
ambiente estava lotado, apinhado de artistas, políticos e alguns rostos
desconhecidos. Comidas e bebidas eram oferecidas pelos garçons a todo segundo.
Uma música calma de fundo tocava.
Tom me
acompanhou o tempo todo, e me apresentou para os outros membros do grupo. Eles
eram todos muito gentis.
Aquela noite
parecia que seria realmente inesquecível – e, acredite, eu não tinha ideia do
quão inesquecível ela seria.
Louis on
Harry
perguntou-se o tempo todo para onde estava indo a bela moça do elevador. Estava
inquieto, e logo que chegamos ao antigo salão onde acontecia o
baile-conferência da ONU, ele mal posou para as fotos e foi logo se dirigindo à
mulher que cuidava da lista de convidados na entrada, perguntando pelo nome da “Dama
do Elevador”. Quando o alcançamos, ele estava tão afoito que mal conseguia
conter-se.
– Ela está
aqui! Ela está aqui! – repetiu quatro vezes, uma para cada um de nós.
Entramos e
cumprimentamos os convidados, mas Harry quase passou por cima do prefeito de
Paris quando passou por trás dele uma moça vestida de branco – que não era a “Dama
do Elevador”.
Todos fomos
chamados até o salão principal, onde um projetor e uma telas gigante faziam
mágica mostrando os projetos da ONU e seus resultados, bem como os projetos
futuros – mas Harry não prestou muita atenção. Procurava dentre a multidão uma
moça vestida de branco.
– Droga! Há
tão poucas de branco, Louis! Mas nenhuma delas é ela!
– Vai ver ela
não está aqui, Harry!
– Não, Louis!
O nome dela consta na lista e está confirmada sua presença aqui e agora!
O presidente
da ONU subiu ao palco e começou a falar alguma coisa sobre algum país que iria
receber um prêmio.
– Harry! Quer
parar! Quando você menos esperar, você irá encontra-la! – falei, irritado.
Harry bufou,
mas deve ter concordado comigo, pois parou e começou REALMENTE a ouvir o que o
presidente da ONU falava.
– ... e pelo
desempenho na área científica e econômica dos últimos anos, tendo passado praticamente
ileso pela crise que atingiu o mundo no final de 2008, e por ter encontrado um
jeito de facilitar e baratear a produção e distribuição de Etanol, o melhor dos
combustíveis alternativos! Por um futuro melhor, chamo aqui a representante
dessa nação que vem ganhando destaque!
Então, para a
felicidade de meu amigo, ela subiu ao palco – a “Dama do Elevador”, e falou os
agradecimentos básicos de uma recepção de prêmio, explicando também porque a
presidenta brasileira estava ausente.
Foi aplaudida
e desceu do palco, e eu estava virando para ver o olhar de Harry, mas ele não
estava mais ao meu lado – estava chegando perto da moça de branco, que já
descera do palco.
A conferência
foi encerrada e o baile começaria em instantes, inclusive cantaríamos uma
musica em talvez mais ou menos meia-hora.
Corri atrás de
Harry para chama-lo para se preparar, mas fui barrado por fãs famosos, e só
consegui ouvir a conversa.
– Olá! Nos encontramos
de novo! Que coincidência! – Ele disse sorridente.
– É verdade,
Sr. Style... Digo, Harry.
– Bonita
declaração a sua... no palco.
– Obrigada.
Não sabia o que dize...
– Você está
muito bonita!
– Ah,
obrigada! – consegui ver através da cabeça de Shakira o rosto dela ruborizar a
ponto de ficar escarlate.
– Então, aqui
está quente, não é?! Será que daria a graça de sua companhia até o jardim dos
fundos para um pouco de ar fresco?
– Ah, eu
adorar...
– Ela não
pode. – Ouvi a voz, e rapidamente meu corpo se enrijeceu. Não. Não podia ser...
– Parker –
disse Harry.
– Styles –
Disse Tom. – Nos encontramos de novo...
– Não... Você
me encontrou de novo, mas agora me diga, por que esta adorável dama não poderia
me acompanhar até os jardins?
– Bem, é
simples, porque ela vai ME acompanhar até os jardins, não é mesmo, querida?
– Querida?! –
ouvi Harry dizer perplexo.
– Querida?! –
ela mesma parecia espantada agora.
– Não, ela vai
comigo, porque eu a convidei primeiro! – retomou Harry.
– Não, ela vai
comigo porque eu trouxe um drinque a ela. – vi Tom lhe estender um copo.
– Rapazes –
disse ela começando a ficar alarmada. – Porque não vamos os três aos jardins?
– Não! – Eles
responderam ao mesmo tempo.
– Você vai
comigo! Eu sou mais famoso. – Harry estava quase gritando, uma pequena multidão
havia parado para olhar.
– Não! Comigo!
Eu sou mais irresistível... – Tom também forçava a barra. Percebi que ambos
estavam se autovalorizando demais.
– Não! Eu não
vou com nenhum dos dois! – ela reassumiu o controle, irritada. – E, desculpe
Tom, mas eu não bebo. Senhores! – Ela mexeu a cabeça pedindo passagem, devolveu
o drinque para Tom e saiu nervosa, passando por mim.
Harry e Tom
ficaram se olhando um bom tempo.
– Ela não
bebe... – disse Harry com um risinho sarcástico.
Tom pareceu
ter detestado o comentário.
– E daí! Um
pequeno fora eu tomei, mas tenho muitas mais chances com ela do que você.
Harry riu um
riso alto e debochado, e Tom jogou um dos drinques que estava em sua mão no
paletó de Harry.
– Seu... –
Harry estava partindo para cima dele, mas os outros membros do The Wanted
chegaram por trás. Harry estava em desvantagem e então parou, tentando se
controlar.
– Hummm...
Covarde! – Disse Tom com um risinho sarcástico.
– Isso não termina
aqui Parker. – falou Harry com uma voz cortante.
– Não começou
e nem terminou, Styles, mas, mesmo assim, já sei quem será o perdedor.
Harry estava
prestes a soltar um palavrão, quando pus a mão em seu ombro, e ele pareceu
voltar à realidade.
– Aqui, não,
Harry. Não desse jeito. Não dessa forma. – Falei.
– Tem razão –
intrometeu-se novamente Tom. – Então, Styles, façamos um desafio: O primeiro
que conseguir ganhar o coração da garota, leva a fama, a glória e o
reconhecimento do outro também... Em público.
Estava abrindo
minha boca para impedir que Harry fizesse alguma besteira, mas já era tarde
demais.
– Feito. –
Harry respondeu.
– E que vença
o melhor! – Tom virou o drinque em sua garganta. – Ou seja, eu!
– Veremos. –
Harry fechou a cara, e tratei logo de tirá-lo dali.
Aquilo não
cheirava nada bem.
gente,postem
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