Acordei
sentindo tudo em volta balançando, como se estivesse em um berço. Olhei ao
redor: O compartimento onde eu estava era escuro e frio, e eu conseguia
enxergar apenas alguns caixotes em volta de mim e... grades. À minha frente,
lados e costas, haviam grades que se projetavam até o teto, como um cela de
prisão, fechando o ambiente. Próximo às grades havia luz improvisada, uma
lanterna pendurada no teto, ligada.
Levantei, mas
meio segundo depois caí no chão novamente. Estava balançando tanto, e meu
ferimento na perna doía, onde será que eu estava?
– Estamos num
avião. – Percebi que alguém falara a resposta da pergunta enquanto eu pensava. A voz desconhecida me
fez levantar de novo, sobressaltada, e novamente eu caí, dessa vez em cima de
algo mais macio que o chão. Percebi que era Harry. Ele ainda estava desmaiado.
– Quem está
aí?! – Afastei-me de Harry e procurei a direção de onde havia saído o som.
À minha
esquerda, a voz falou novamente:
– Chegue mais
perto minha cara. Será que não reconhece a mim?
Com medo,
engatinhei para mais perto da grade da esquerda e, com a pouca luz que havia,
consegui enxergar um vulto do outro lado. Cheguei cada vez mais perto. As
feições do homem apareciam: Os cabelos até os ombros, os olhos e, por fim, a
boca inconfundível. Reconheci-o imediatamente: Steven Tyler.
– Steven
Tyler?! O que está fazendo aqui?! E onde estamos?! Você não havia desaparec...
ido! – Minha expressão mudou-se. De repente, entendi tudo, relembrando também
os acontecimentos da... seria noite anterior? Quanto tempo teria apagado?
– Vejo que já
percebeu o que aconteceu – Ele continuou. – Garota esperta! Mas não reconheço
você como os outros... É artista?
– Não, não
so... Outros?!
Ele assentiu e
indicou com o dedo a escuridão atrás dele.
– Venham cá! –
Exclamou para o escuro.
Então ouvi um
barulho nas sombras e vários som de pessoas se arrastando no chão e, de
repente, vários rostos conhecidos estavam à minha frente:
– Adele! Barry
Gibb! Taylor Swift!!! – Exclamei, sem conseguir me conter. Eram realmente eles?!
Sim, eram!
– Olá. –
Disseram em uníssono, desanimados.
– Quem é você?
– Perguntou o velho Barry, com olhar entristecido.
– Não sou
famosa. – respondi de gancho à pergunta de Tyler. – Estou aqui por que fui
trazida com ele. Estávamos juntos quando ele foi pego.
– Quem é ele?
– A voz que perguntava dessa vez era totalmente desconhecida para mim e vinha
da minha direita. Olhei e vi cinco rostos apoiados por entre as grades. Tinham
todos pele muito clara e olhos rasgados. De repente, reconheci-os também:
– Oh, meu
Deus! Vocês são a boyband SHINee, da Coréia do Sul! – Eles sorriram e
balançaram a cabeça.
– Prazer. Taemin.
– MinHo.
– Jonghyun.
– Onew.
– Key.
– Você é a
primeira que nos reconhece! – Exclamou um deles, Taemin.
– Eu
reconheceria vocês em qualquer lugar! Eu adoro seu trabalho!
– Obrigado. –
Responderam todos.
–
Mas, é verdade, voltando à pergunta deles, quem é o rapaz? – Retomou Steven
Tyler.
–
Como assim?! – Falou Taylor Swift. – Senhor Tyler, aquele é Harry Styles!
–
Harry Styles? – Perguntou Barry.
–
É. – Confirmei. – Da One Direction. – Eles pareceram compreender.
–
E cadê o resto da banda? – Perguntou Adele.
–
Não sei... Acho que não foram sequestrados.
–
E por que não?
–
Ah, não sei, né...?
Eles
olharam para mim estranhamente, depois para Harry.
–
Pobres, são tão jovens! – disse Barry.
–
Mas o que está havendo aqui, alguém pode me dizer, por favor! – Comecei a ficar
brava com o desânimo e a tristeza nos olhos de cada um.
–
Nenhum de nós sabe. Estamos indo rumo ao desconhecido. – Outa voz surgiu por
trás de onde estava a bayband coreana, e uma careca brilhante apareceu por
entre as grades. Quase engasguei.
–
PITBULL?!!!
–
Na mosca, chica!
Comecei
a raciocinar. O que poderia estar havendo? Estava diante de vários artistas,
engaiolados por algum motivo na minha frente!
Porém,
de repente, sentimos uma fortíssima inclinação para baixo. Comecei a escorregar
para o outro lado, e acabei rolando por cima de Harry, que pareceu sentir, e
acordou.
Então,
soube onde estávamos: Um avião. E estávamos aterrissando.
Olhei
para Harry. Ele estava evidentemente assustado.
–
Onde estamos?! – Gritou. Havia um barulho altíssimo.
–
Num avião! – Gritei de volta.
–
Num o quê?!
–
Num avião! – Forcei mais alto.
–
O quê?! Num caldeirão?! Você está louca?
Desisti.
A inclinação foi diminuindo, e pude sentir as rodas girando pela pista de
aterrissagem.
–
Estamos num avião! – Ele disse para mim, à medida em que o barulho foi
diminuindo.
–
Não me diga...
Ele
me olhou com uma cara estranha, depois pareceu se lembrar de que estivéramos
discutindo e...
–
Peraí! Como vim parar aqui?! – Ele falou absurdado.
–
Estávamos na sacada, discutindo, e então as luzes se apagaram e você levou um
dardo no pescoço. Então, dois caras vieram te pegar, e eu lutei com eles, mas
acabei levando um raspão de bala na perna e eles me trouxeram junto com você!
Ele
fez um olhar cínico.
–
Vai me dizer que isso é verdade! Tá, cadê o Parker com as câmeras, sei que foi
armação de vocês e... – Ele pousou os olhos em minha perna e viu o ferimento
relativamente feio. Depois olhou para mim com os olhos arregalados.
–
É verdade?!
Fiz
uma careta de desaprovação, mas não tive tempo – nem precisei – confirmar. O
avião já parara e, naquele momento, a porta dele se abriu, com um forte
estrondo.
Maisss!! Muito legal!! CONTINUA.....
ResponderExcluirAssim que possível!
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