sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Capítulo 21 - Enquanto isso o que faziam os outros rapazes da 1D

12 horas antes...
                        Louis on...      
            Tudo parecia estar relativamente calmo, exceto por... Aquela pequena briga entre Harry, aquela moça com ele e a “Dama do Elevador”.
            Vi Harry segui-la até a sacada, e imediatamente senti que precisava fazer alguma coisa para consertar a situação. Precisava falar a Harry que ela não tinha tido nada a ver com aquilo. Fui atrás deles.
            Estava quase chegando lá, quando as luzes se apagaram. Um grito composto em sua maioria por vozes femininas – e, não, aquele gritinho agudo não tinha sido meu, tinha sido de um... velho... Isso! Um velho do meu lado... sabe como são os velhos, né? – Mas, enfim... A multidão se agitou e correu para o centro do salão. Foi então que eu ouvi.
            O barulho dos helicópteros encheu os ouvidos dos presentes, só para causar mais terror e mais gritos. Era ensurdecedor. As portas se abriram e a segurança entrou apressada, em direção à sacada. Percebi, sobressaltado, que Harry estava lá. E ela estava lá.
            – Não! – Gritei, imaginando o pior, quando ouvi o barulho distinto do que parecia ser um tiro.
            O esforço da segurança para chegar rápido foi em vão.
            O barulho logo cessou, e alguém ligou novamente o disjuntor, fazendo com que as luzes se acendessem.
            Corri até a sacada, mas o que eu temia havia acontecido. Nenhum dos dois estava lá. Mas, como que para substituí-los, parecia haver umas pequenas manchas de sangue, à esquerda, um revólver, à direita. Dois elementos que se completavam, e davam margem à imaginação do que ocorrera.
Alguém fora acertado pelo tiro. Todos foram levados.
Uma lágrima correu por meu rosto enquanto pensava no que poderia ter acontecido a meu melhor amigo... e à moça inocente.

4 horas depois.
Louis on.
Todos foram mantidos no salão, e um interrogatório imenso começou. Perdi a conta de quantas vezes eu e os rapazes tivemos de repetir o que sabíamos e o que havíamos visto. Àquela altura, todos já sabiam quem eram os desaparecidos.
– Oh, não! Coitados! – Exclamou Niall.
– O que acham que pode ter acontecido a eles?
– Não sei Liam – respondi. – Mas não deve ser coisa boa.
– Será que esses policiais incompetentes já conseguiram descobrir alguma pista?
– Além do sangue e do revólver, Zayn? Creio que não. – Falou Niall se servindo de um bom prato de batatas cozidas.
– Mas como não?! Estão aqui reunidos a CIA, a Scotland Yard, as agências de todos os países que encontram representantes seus aqui... Acho que aquele pessoal ali é até da KGB...
– Não seja bobo Louis! – Falou Liam. – A KGB foi extinta depois da guerra fria!
– Será? – repliquei.
– Cala a boca. – Ordenou Zayn a mim.
– E aqueles ali, quem são? – Perguntou Niall. – Terno e óculos escuros pretos... Um branco e um negro...
– Fala sério Niall! – falei. – Como você é burro! Tá na cara que são os homens de preto!
– Louis! – Disse Liam impaciente. – Os homens de preto não existem e, se existissem, não fariam essas investigações bem na nossa cara!
– Será?
– Cala a boca Louis! – bradou novamente Zayn.
– Ué! Como você sabe que não são eles! Vai saber?! Eles podem a qualquer momento pegar aquele treco que apaga a memória e fazer a gente esquecer de tud...
– Cala a boca Louis. – Falaram Niall, Zayn e Liam juntos.
Contrariado, fiquei quieto, imaginando o que se sucederia. Oh, e se Harry já estivesse morto? Quem teria feito tamanha crueldade? E para quê? Resgate, talvez... Mas então porque não pegar logo nós cinco... Talvez pela popularidade de Harry... Mas...
– Ah, pensar não é o meu forte... – falei baixo, entristecido.
Porém, naquele momento, algo interrompeu o meu “complexo” fluxo de pensamentos.
No salão entraram duas mulheres de óculos escuros pretos, usando também ternos femininos pretos. Uma era alta e magra, lábios finos, cabelos cor loiro-médios longos e um pouco encaracolados. A outra, mais baixa e um pouco mais encorpada, tinha cabelos pretos e totalmente lisos, e percebia-se que tinha alguma ascendência asiática, mesmo sem se ver seus olhos.
Elas se aproximaram de alguns oficiais reunidos em um canto, próximos de nós.
– Nós assumimos agora rapazes. – murmurou a alta. – Não é mesmo C?
– É verdade E.
Ai, meu Deus! Agora estávamos diante das mulheres de preto!
Os homens esboçaram um sorriso de deboche.
– E quem vocês acham que são para desafiarem os homens mais brilhantes do mundo policial? – indagou um deles.
– Nós somos agentes de uma organização secreta, a qual não temos autorização de divulgar nem o nome nem o país de origem. – Declarou E.
– Exato. Estamos aqui para investigar o estranho desaparecimento de Harry Styles e da diplomata brasileira. Então, o que vocês já têm? – continuou C.
– Não interessa a vocês. Vão embora, o caso já está em boas mãos.
C e E se olharam por um momento. Em seguida, observaram o ambiente, e foram até a sacada.
            – Olhe E! Parece que o nosso querido helicóptero executor do sequestro saiu de cima do próprio prédio!
            E olhou para cima e constatou que C estava certa. Pendia do alto, em cima da superfície do prédio, o corta-fios de um helicóptero comum.
            – Bom, e foi aqui que encontraram o sangue. E ali estava a arma... – Completou E.
            Um dos oficiais da polícia francesa, que havia ajudado no recolhimento dos objetos na cena do crime, se aproximou:
            – Como vocês sabem onde estava a arma? Ela foi retirada sem marcação do local onde estava.
            – Consigo ver, com meus óculos especiais, a variação de cor que indica que algo esteve ali, e tem o contorno de uma arma, não percebe?
            – Não!
            – Não se tem essas tecnologias em seu país?
            – Nã-não que eu saiba.
            – Afe... – E, por baixo de seus óculos, E revirou os olhos.   – Quero uma amostra do sangue encontrado.
            – Uma amostra já foi enviada para um laboratório, para ser analisada. – Respondeu o oficial francês.
            – Eu disse que eu quero uma amostra do sangue encontrado. Não me faça ficar nervosa. Tenho licença para torturar pessoas, caso seja necessário, em 47 países.
            – Minhas senhoras, estão desafiando minha autoridad... – Não houve tempo de o homem terminar a frase. Uma arma de choque acertou fulminante sua mão esquerda.
            E e C caminharam em direção ao grupo de homens que havia desdenhado delas anteriormente. Eles estavam com três lâminas diferentes, cada uma com uma amostra do mesmo sangue.
            C empurrou o que segurava as lâminas e E deu vários choques em outros que tentaram impedi-las. C pegou um dispositivo pequeno e cilíndrico, com uma abertura retangular, e colocou a lâmina com a amostra lá dentro.
            A essa altura, os oficiais haviam parado para ver o que aquelas ousadas garotas estavam fazendo. Se continuassem com bajulação, prendê-las-iam sem demora.
            O cilindro apitou depois de uns trinta segundos.
            – O sangue é da moça. Ela é quem está ferida. – Deu o veredicto C.
            – Dê a arma – Mandou E. Um renomado oficial norueguês deu-a.
            E pegou um par de luvas, calçou-os, e pegou um pequeno plástico, o qual pressionou sobre o cabo do revólver. Retirou- o cuidadosamente e o pressionou em uma outra lâmina que sabe-se lá de onde veio. Depois colocou no mesmo local onde havia posto a lâmina com a amostra de sangue.
            O cilindro apitou novamente.
            – Ghrrinshaw Furriero, mais conhecido como Tvailler, era o portador deste revólver. – Falou sem nehuma expressão E. – Isso torna tudo muito mais fácil.
            Todos observavam as moças embasbacados. Que equipamento era aquele, que as permitia decifrar códigos de DNA e impressões digitais em segundos, identificando seus donos? Porque estavam lá? Quem eram? E, mais importante, para qual organização elas trabalhavam?!
            Fizeram as mesmas perguntas que eu fazia a mim mesmo a  elas. As respostas foram bem objetivas e muito esclarecedoras:
            – Equipamento? Tecnologia semi-avançada, setor cinco; Por que estamos aqui? Investigar. Quem somos? Informação confidencial. Para que organização trabalhamos? Afe... – Essa foi a resposta de E.
            – Ainda acham que somos incompetentes? – Acrescentou irônica, C. E então, em passos sincronizados, as duas deixaram o salão.
            Naquele momento, de três coisas eu sabia:
            Primeira: Edward era um vampiro;
            Segunda: Miley Cyrus e Hannah Montana eram a mesma pessoa.
            Terceira: Aquelas duas garotas é que iam me levar até meu melhor amigo.

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