Eu on
Meu
corpo ficou pesado de repente e eu senti a consciência se esvaindo dele. Meu peso se apoiou totalmente na parte de cima da tampa de metal.
Então,
era o fim? Quer dizer, tantas vezes eu escapara da morte! Mas, o que realmente
me deixava triste daquele jeito que estava era o fato de que jamais veria minha
família novamente... Ou Harry.
Eu
fora uma tola. Não deveria ter resistido tanto a ele. Talvez nada disso tivesse
acontecido comigo se eu resolvesse dar uma chance a Harry mais cedo. Mas a vida
nem sempre é como a gente quer e não dá para mudar o passado, por isso pensei
nos momentos bons que, pelo menos, havíamos passado juntos desde que eu
conhecera Harry. O almoço e a tarde na casa de vovó Horan, o restaurante, a
expectativa para o baile, o café da manhã com ele e os garotos... Todos os
momentos que passaram até Harry se enfurecer comigo, por algum motivo que eu não
conhecia. Mas depois, quando me trancaram na sala em que estava, ele reagiu por
mim... Tentou falar comigo... E algo em sua expressão me dizia que ele ainda
gostava de mim...
Isso
bastou para me reconfortar e eu sorri no meu leito de morte.
O
que aconteceu em seguida foi muito rápido:
Senti
que a tampa da tubulação cedeu ao meu peso, como um quadro preso por apenas um
dos lados, indo para a esquerda, ainda presa por um único parafuso, mas abrindo
passagem.
Meu corpo e a água presentes acima daquele
nível aberto começaram a preencher aquele novo espaço vazio, e em cerca de
segundos eu estava dentro da tubulação, respirando ar novamente.
Respirei
ávida e ofegantemente, e meus pulmões receberam ar com dor, mas com prazer ao
mesmo tempo. A água se espalhara pelos túneis intermináveis da tubulação e,
apesar de toda molhada, nunca havia me sentido tão feliz na vida.
Fiquei
deitada alguns momentos, e rezei, agradecendo pela vida. Tantas vezes eu estive
diante da morte... E tantas vezes eu escapara.
Foi
por isso que eu acreditei que estava lá por um motivo. Eu iria salvar todos
aqueles artistas. Porque eu não era uma garota qualquer. Não, eu realmente não
era uma garota qualquer.
Eu
era uma diplomata brasileira em missão internacional.
E
não só a minha vida e a de alguns dos maiores artistas do mundo estavam jogo. A
dele também. A de meu amado.
E
se não estava fazendo aquilo por mim... Estava fazendo por Harry.
Continua está muito DIVO .. Leitora nova. Sò vim comentae agora .. Sorry :) . Adoro o jeito que escreve :) Continua por favoor está quase matando de curiosidade :)
ResponderExcluirxxAnaRaquel
Obrigada Ana, acho que estou ficando vermelha. Vou postar mais em breve, prometo. Estou escrevendo o mais depressa que posso. :)
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