Louis on.
–
Bom, pelo menos não aconteceu nada de ruim, não é mesmo? – falei, mas parecia
não ter convencido C e E com meu sorriso.
Deixe-me
explicar. Acontece que o botão vermelho que eu apertei era, na verdade, o botão
que transformava o jato em um submarino – ultratecnologia, não? – mas elas
ficaram realmente nervosas porque acabamos indo junto com elas – pelo jeito, C
e E iam nos deixar em algum lugar em terra firme antes de sair em missão.
Elas
não puderam voltar, porque os botões que eu fiquei apertando deram uma pane no
piloto automático, e ele só voltaria ao normal quando nós chegássemos ao nosso
destino.
Apesar
das caras de bravas delas, eu não me importei. Estava fascinado por estar em um
submarino. Eu me metera em uma baita aventura!
No
entanto, Niall não parecia estar tão fascinado como eu, Zayn e Liam. Ele estava
largado em uma cadeira fazendo carinho em seu estômago e resmungando de cinco
em cinco minutos: “Eu tô com fome...”, “quero comer”, “Louis, isso é tudo culpa
sua, se eu morrer de fome eu destruo todas as cenouras do mundo e assombro o
Kevin pelo resto da vida dele”... Hunf... Mal-humorado.
Àquela
altura eu já havia descoberto que estávamos na Itália. Estava inquieto, e a
sensação de adrenalina era forte em meu corpo. Contudo, o que eu mais queria
fazer era abraçar meu amigo novamente. Dizer-lhe o quanto eu sentira sua falta.
E depois, contar a verdade para ele. Sobre a diplomata e o Parker... Quer
dizer, isso se ele estivesse vivo...
Engoli
em seco e afastei o pensamento da minha cabeça. Não, isso não. Por mais que eu
não soubesse por que Harry e a “Dama do Elevador” tivessem sido sequestrados,
eu me negava a pensar que estivessem mortos... Não poderiam estar...
Meus
pensamentos foram esquecidos quando uma voz de mulher meio eletrônica ecoou
pelo avião:
“Chegamos
ao nosso destino”.
Quando
ouvi isso, instintivamente olhei para as janelas da sala de controle.
E
minha boca se escancarou.
À
minha frente se erguia o que eu diria a maior fortaleza aquática que eu já
vira. Era enorme e parecia muito bem protegida. Deveria ter uns vinte e três
metros de altura.
–
Nossa! Cara!!! – não consegui me conter.
Senti
o avião-submarino parar. Quando olhei pela janela, vi que havíamos atracado em
uma rocha.
Olhei
para o lado, e vi C e E vestidas com roupas de mergulho.
–
Ondes vocês vão?! – Perguntou Liam.
–
Nós vamos para lá – disse C disse apontando a fortaleza. E vocês vão ficar aqui
até nós voltarmos, entendeu?
–
Mas se vocês encontrarem Harry, como vão trazê-lo até aqui? – Perguntou Zayn.
–
Temos um controle remoto que, ao ser ativado, conduzirá o submarino até onde eu
quiser. Tecnologia de ponta. E, como C disse, vocês vão ficar AQUI e não vão
mexer em NADA, por que poderão estar colocando a vida de vocês em risco de
diversas maneiras. Deram sorte na superfície apertando uma combinação de botões
que não foi tão nociva no final, mas podem não ter a mesma sorte de novo. –
falou E. – Agora, vejam se ficam quietinhos e não nos desobedeçam.
Me senti
ofendido. Quem elas achavam que eu era? Uma criancinha burra? Um cantorzinho
pop mimado que não sabia ficar quieto um segundo ou obedecer a ordens? Ara!
– Não há
perigo de vocês serem vistas? – Era Liam novamente.
– Paramos o
submarino a esta distância para evitar reconhecimento. Ele é feito de um metal
que não aparece em radares, mas é preferível não arriscar. – Caramba! Que
tecnologia toda era essa? Ainda achava que elas eram de outro planeta. C
continuou – Não acredito que eles venham a nos ver, porque eles não esperam que
alguém encontre essa fortaleza. Acho que os campos de vigia são poucos. Se
nadarmos bem camufladas e abaixo da linha de visão padrão, será fácil chegar
até ela. A parte mais difícil será descobrir como entrar.
Ao dizerem
isso, elas apertaram alguns botões, houve um abrir e fechar de câmaras e,
poucos minutos depois, vimos as duas nadando em direção à fortaleza submarina.
“Me senti
ofendido. Quem elas achavam que eu era? Uma criancinha burra? Um cantorzinho
pop mimado que não sabia ficar quieto um segundo ou obedecer a ordens? Ara!”.
Meu pensamento voltou à minha cabeça.
Bom, elas sabiam
muito bem o que eu era, e se achavam que eu ia ficar parado esperando um
milagre no resgate de Harry elas estavam enganadas.
Sentei-me numa
das cadeiras do painel de controle e contorci meus dedos de expectativa... Eram
tantos botões... E tão coloridos...
Ouvi ainda Liam gritar um sonoro “NÃO” atrás de mim, mas não havia nada mais que ele
pudesse fazer.
Eu já estava
agindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário