quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Capítulo 38 - Fugas à parte



Eu on.
               Corri por vários corredores desertos, me escondendo ao menor sinal de um barulho.
Passei por um deles em que havia um cheiro delicioso de comida por trás de uma porta de metal, e foi então que percebi o quanto estava com fome. Passei pela porta de metal sem ruído algum, e por sorte ninguém saiu de lá naquele momento.
 Quando virei à esquerda em um deles, porém, havia vários brutamontes virando o outro lado do corredor, e não tinha como fugir deles. Por isso, voltei correndo pelo corredor de onde eu viera, mas outros brutamontes também estavam começando a chegar perto de sua outra extremidade, aquela pela qual eu entrara.
                “Não! Ferrou tudo!”, pensei, sentindo que agora eu seria pega.
                Mas houve uma salvação. À minha direita, próxima à porta de metal, existia uma coisa na qual eu não reparara anteriormente. Um elevador de comida!
                Não era tão grande, mas era suficiente para que eu me espremesse dentro dele.
                Estava vazio, portanto eu simplesmente pulei e fechei a portinhola do pequeno elevador.  
                Respirei aliviada quando ouvi as vozes passando por mim e se afastando.
                Contudo, infelizmente, meu alívio durou pouco. O elevador começou a descer.
                Eu estava sendo puxada para baixo, mas este não era, obviamente, o dilema.
                A grande questão estava em quem puxava o elevador para baixo, para onde ele estaria me levando e se eu seria descoberta.
                Senti que eu saía do fogão para ir ao forno.

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