sábado, 5 de janeiro de 2013

Capítulo 43 - Expedição descoberta e capturada



Harry on.
                Contornamos cautelosos muitos corredores. MinHo ia na frente e... Peraí! Por que ele ia na frente?! Podia ser Pitbull, Onew, Jonghyun... O Harry talvez... Afe.
                Emburrado, continuei avançando com os outros. Meus ouvidos estavam alertas, e minha mente estava revigorada depois do lanchinho que eu havia feito.
                Minha mente voltou a ela. Minha vontade era retornar à sala de água, e despedir-me de seu corpo mas, infelizmente, eram tantos os corredores daquela fortaleza que eu me sentia em um labirinto, fora que talvez já tivessem recolhido o corpo dela. Uma lágrima rolou de meus olhos e eu tive de me forçar a continuar. Minha mente foi, repentinamente, invadida por imagens maléficas de Eusébio se deliciando com a morte dela, e eu queria naquele momento, mais do que qualquer coisa, vingar a morte dela.
                Porém, uma voz um pouco atrás de mim eccou:
                – Olhe! Achei! Ali estão eles!
                Quando me virei, meu coração quase saiu pela boca. Havíamos sido descobertos por um grupo de pelo menos vinte brutamontes, que avançavam para nós ferozes, determinados e rápidos.
                Quando me virei para correr, reparei que todos já estavam bem à minha frente. Seguíamos um atrás do outro, aumentando cada vez mais o passo, virando cada vez que uma bifurcação aparecia à frente.
                Esquerda. Direita. Esquerda. Direita. Esquerda. Esquerda. Escadas. Esquerda. Direita. Esquerda. Escadas. Direita. Direita. Reto.
Em duas vezes que viramos tivemos que mudar de caminho, pois encontramos outros grupos de brutamontes. Agora éramos seguidos por pelo menos cinquenta deles.
Chegamos a um corredor reto, com uma grande porta dupla no final. Era atravessar aquela porta e ver no que dava ou ser pegos na certa. Corremos na direção dela e a empurramos, entrando em um salão enorme e extenso, onde havia um helicóptero e um pequeno avião estacionados, com um espaço que era como uma pista de aterrissagem. Fiquei imaginando como eles haviam ido parar ali, quando olhei para cima.
O teto era alto e, assim como o resto do salão, exceto por aquela grande pista de decolagem e aterrissagem, muito, mas muito branco. Apesar disso, conseguia ver um grande risco exatamente no centro entre as duas paredes, que dividia o teto em duas partes iguais.
Compreendi imediatamente. Aquilo ali deveria se abrir, e aí saíam os dois aeroplanos do salão.
Pensei em tudo isso enquanto corria pelo extenso salão, mas os brutamontes já haviam passado pela porta dupla também.
Eles nos alcançaram enquanto Onew e MinHo tentavam entrar no helicóptero e o resto de nós corria desesperadamente pelo salão procurando alguma saída que não existia.
Eles me alcançaram também, e quando vi todos nós sendo segurados por homens altos e fortes, voltando para a porta de entrada, meu peito doeu. Doeu de tristeza, sabendo que havíamos falhado, e que naquele momento não havia mais esperança para nós. Sabendo que havíamos decepcionado os outros na cozinha, que contavam com a nossa ajuda. Eu era pura tristeza naquele momento.
Enquanto era arrastado em direção à porta junto com meus companheiros, de repente, reconheci o lugar onde estávamos. Quando estive ali pela primeira vez, porém, meus olhos, que antes estavam no escuro, entraram em choque com a caridade do ambiente e eu não conseguira prestar muita atenção nele, pois estava temporariamente ofuscado.
Mas o medo e receio que eu havia sentido naquele momento nunca me deixariam esquecer a visão da porta que nós havíamos atravessado.
Estava confirmado então, que era por ali que entráramos. Fiquei triste, pois era por ali que poderíamos ter saído se tudo tivesse dado certo.
Passei pela segunda vez por aquela porta, e tive uma sensação de “dejavi”. Mas, diferentemente da primeira vez, a “Dama do Elevador” não estava comigo.
Me senti um grande fracassado.

2 comentários: