domingo, 6 de janeiro de 2013

Capítulo 46 - O sacrifício



Harry on.
                Pensei que as duas moças jamais dariam conta dos brutamontes. Eles chegavam de vários cantos e continuavam atirando.
                Foi então que uma delas lançou uma pequena bolinha neles, que rolou no chão por um tempo antes de soltar um gás que fez todos tossirem e desmaiarem. O gás não chegou até nós.
                Todos os brutamontes estavam desacordados. As moças me soltaram e saímos apressadamente.
                Já longe deles e correndo pela porta de saída, elas nos explicaram.
                – Bomba sonífera de curto alcance. O gás se dissipa muito rapidamente e desaparece. Temos de ser breves, eles vão acordar dentro de poucos minutos.
                MinHo e os outros disseram que sabiam por onde eles poderiam fugir dali, e falaram sobre o imenso salão com os helicópteros. As moças assentiram e deram algumas ordens.
                – Vocês vão seguir este rastreador. Pusemos um em Niall. – falou a mais baixa. – Vão encontrar a cozinha com os outros artistas, e quero que se dirijam para este salão com todos. Vocês sabem mesmo onde ele fica? – MinHo, Pitbull e os outros coreanos assentiram. – Ótimo. Se tiverem problemas com guardas, deixei alguns dos que estão na cozinha equipados com armas de choque, que são muito eficientes e quero que pinguem imediatamente este líquido nas suas narinas. – Ela entregou um vidrinho com um conta-gotas. Nós pingamos e, em seguida, ela tirou do bolso duas bolinhas como aquelas que usara nos brutamontes e entregou-a a Taemin. Se a coisa apertar, quero que a usem. É só apertar este botão aqui em cima e jogá-la nos homens que desejarem fazer desmaiar.  Eles têm mais uma com eles lá na cozinha. O líquido que pingarem no nariz é um antídoto, assim o sonífero não fará efeito em vocês. Todos os outros já pingaram, então não se preocupem com eles. Vão até a sala e nos esperem. Temos mais alguém a encontrar antes de sairmos.
                Assim eles fizeram, e eu sabia que elas não me deixariam ir com elas, por isso segui com os coreanos e Pitbull até virar o corredor, e depois, sem que eles percebessem, saí do grupo e segui de muito longe as duas moças.
                Fui muito cauteloso, virando os corredores onde elas estavam apenas quando elas já estavam virando para outro.
                Afinal, eu sabia quem elas procuravam. E eu queria encontra-la também.

Louis on.
                Estava tudo dando certo para nós, e fiz questão de pingar um líquido que C e E haviam encarregado Liam de pingar nos narizes dos outros artistas na sala. Depois que ele fizera isso, roubei-o sem ele perceber. Achei que talvez poderia usá-lo em mais alguém que precisasse. E estava certo.
                Percorremos vários corredores do labirinto até chegarmos a outra sala aberta, na qual nos aguardavam uma péssima surpresa...
                Aquele era o refeitório, percebi pelas vastas mesas, e vários guardas estavam ali. Por trás de nós, para piorar, um grupo deles passou correndo. Quando nos viram, nos capturaram, é claro, e minha arma de choque só teve chance contra um ou dois.
                Eles nos arrastaram até o refeitório e nos prenderam em seus apertos. Deveria ter por volta de uns sessenta deles ali.
                Um foi chamar Eusébio.

Narrador observador on.
                C e E chegaram a um corredor que dava para uma sala aberta. Espiando, elas viram a moça e... Oquê? Louis! Mas como era desobediente!
                Estavam se preparando para atacar quando um elevador, na parede oposta, se abriu, e de lá saíram Eusébio e Robim.
                C e E se olharam, e seus olhos disseram mais do que mil palavras. Usariam o gás neles e, como Louis já deveria estar imunizado, só teriam o trabalho de carregar a moça. C pegou de seu bolso uma bolinha de gás e estava apertando o botão para emiti-lo quando algo pesado caiu por cima das duas, fazendo-as cair no chão.
Pois bem, o que aconteceu foi o seguinte: Eusébio, como vocês devem lembrar, mandara checarem a tubulação atrás da moça, e havia realmente uns quatro brutamontes, um pouco menores do que o padrão daquela fortaleza, checando o local. Bem acima das cabeças de C e E havia uma abertura de ar, e quando os brutamontes viram duas moças desconhecidas espreitando, fizeram apenas o seu trabalho. Pularam em cima delas e, como não esperavam aquilo e não puderam ter reação imediata, as capturaram.
                A bolinha de gás voou para bem longe. Seu botão não conseguira ser apertado.

Louis on.
Eusébio veio com um sorriso sarcástico no rosto, olhando diretamente para a “Dama do Elevador”.
– Ora, ora, ora... Conseguiu sobreviver aos tiros, hein?! Não importa. Rapazes, temos invasores, fiquem alertas. Não acho que eles vão chegar aqui, pois mandei vários outros esquadrões atrás deles. – Seu tom era estranhamente calmo. – Sei que é arriscado, mas eu necessito fazer uma faxina primeiro. –– disse, colocando luvas brancas na mão e pegando um revólver em cima de uma bandeja de prata, que Robim lhe oferecia. – Dizem que, quando se quer um serviço bem feito, tem que fazê-lo pessoalmente.
                Foi nesse momento que ele pareceu perceber a minha presença.
                – E quem é est... AIMEUDEUS! É LOUIS TOMLINSON?!
                – Não! É uma abóbora falante, seu idiota! – Falei para ele.
                – Ai, seu grosso! Parecia ser mais educado e engraçado na TV! – Replicou Eusébio, fazendo um bico emburrado, o orgulho ferido.
                – Eu achei engraçado!
                – CALA A BOCA ROBIM!
                – Magoei. – Robim baixou os olhos, entristecido, diante do mau humor de seu tio.
                -- Vamos voltar ao que interessa. Vou mata-la de uma vez, e você vai se juntar aos outros assim que forem capturados novamente. – Eusébio continuou.
                – Você nunca vai conseguir arrancar meus talentos. C e E não vão permitir que vocês tirem nem os meus, nem os de ninguém! – Falei, corajoso e determinado.
                Mas o que aconteceu em seguida fez minha determinação desmoronar.
                – Ei, chefe! Olha só o que nós achamos aqui... – Dois grandões vinham segurando C e E, que se debatiam inutilmente contra seu aperto.
                Não! Não as duas! O que faríamos agora?! Era o fim.
                Eusébio sorriu.
                – Elas não vão permitir, é? – Ele riu para mim, arqueando a sobrancelha esquerda. – Ah, parece que hoje haverá uma chacina! Que tal brincar de tiro ao alvo, rapazes?! – Os brutamontes riram, como se quilo fosse uma grande diversão. Começando por aquela que mais me causou problemas até agora... Encostem-na à parede!
                Dois brutamontes arrancaram a “Dama do Elevador” dos braços do outro guarda e, segurando-a cada um de um lado, encostaram-na com força à parede.
                Eusébio engatilhou o revólver e apontou-o para o alvo. Mirou no centro do peito. A diplomata se encolheu o máximo que pode, e virou a cabeça para o lado, fechando com força os olhos.
                – Não! – gritei, mas não fui apenas eu que dei o grito.
                BUM!
                A bala do revólver voou em direção ao alvo.
                E perfurou um corpo.

Narrador observador on.
                C aproveitou o momento de distração e pisou no pé do guarda que a segurava, momentaneamente vidrado no espetáculo de morte que se exibia. Pego de surpresa, ele afrouxou o aperto de apenas um dos braços da agente, mas era só disso que ela precisava.
BUM! – Era o som do tiro.
Rápida, ela pegou de seu bolso a bolinha de gás, apertou-a e lançou-a em meio aos guardas.
                Dela saiu o gás e, em cinco segundos, todos na sala estavam no chão, desmaiados, com exceção de Louis, das agentes e da diplomata.
                Aí você deve estar se perguntando: mas a diplomata não acabou de levar um tiro?
                Pois a resposta é bem simples: Não.
                Uma pessoa gritou um sonoro “Não!” e saltou à frente dela, impondo-se entre ela e a bala. O tiro acertou esta pessoa que pulou, e ela caiu no chão.
                Era Harry.           

Narrador observador on.
                Alguns guardas estavam na sala das câmeras, tentando resgatar o painel de controle encharcado. Infelizmente, a grande maioria dos brutamontes presentes era muito burra, e um deles, irritado, começou a apertar vários botões ao mesmo tempo.
                A tela apagou do nada, e uma mensagem em vermelho surgiu de repente:
                MODO DE AUSTRODESTRUIÇÃO ATIVADO. 30 MINUTOS.
                Depois de perceberem a burrice que fizeram, os homens ainda ouviram um alarme começar a soar por toda a fortaleza.
                E saíram correndo.
                No painel da sala, a mensagem continuava.
                MODO DE AUSTRODESTRUIÇÃO ATIVADO. 29 MINUTOS.

Um comentário:

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