Harry on.
Pensei
que as duas moças jamais dariam conta dos brutamontes. Eles chegavam de vários
cantos e continuavam atirando.
Foi
então que uma delas lançou uma pequena bolinha neles, que rolou no chão por um
tempo antes de soltar um gás que fez todos tossirem e desmaiarem. O gás não
chegou até nós.
Todos
os brutamontes estavam desacordados. As moças me soltaram e saímos
apressadamente.
Já
longe deles e correndo pela porta de saída, elas nos explicaram.
–
Bomba sonífera de curto alcance. O gás se dissipa muito rapidamente e
desaparece. Temos de ser breves, eles vão acordar dentro de poucos minutos.
MinHo
e os outros disseram que sabiam por onde eles poderiam fugir dali, e falaram
sobre o imenso salão com os helicópteros. As moças assentiram e deram algumas
ordens.
–
Vocês vão seguir este rastreador. Pusemos um em Niall. – falou a mais baixa. –
Vão encontrar a cozinha com os outros artistas, e quero que se dirijam para
este salão com todos. Vocês sabem mesmo onde ele fica? – MinHo, Pitbull e os
outros coreanos assentiram. – Ótimo. Se tiverem problemas com guardas, deixei
alguns dos que estão na cozinha equipados com armas de choque, que são muito
eficientes e quero que pinguem imediatamente este líquido nas suas narinas. – Ela
entregou um vidrinho com um conta-gotas. Nós pingamos e, em seguida, ela tirou do
bolso duas bolinhas como aquelas que usara nos brutamontes e entregou-a a Taemin.
Se a coisa apertar, quero que a usem. É só apertar este botão aqui em cima e
jogá-la nos homens que desejarem fazer desmaiar. Eles têm mais uma com eles lá na cozinha. O
líquido que pingarem no nariz é um antídoto, assim o sonífero não fará efeito
em vocês. Todos os outros já pingaram, então não se preocupem com eles. Vão até
a sala e nos esperem. Temos mais alguém a encontrar antes de sairmos.
Assim
eles fizeram, e eu sabia que elas não me deixariam ir com elas, por isso segui
com os coreanos e Pitbull até virar o corredor, e depois, sem que eles
percebessem, saí do grupo e segui de muito longe as duas moças.
Fui
muito cauteloso, virando os corredores onde elas estavam apenas quando elas já
estavam virando para outro.
Afinal,
eu sabia quem elas procuravam. E eu queria encontra-la também.
Louis on.
Estava
tudo dando certo para nós, e fiz questão de pingar um líquido que C e E haviam
encarregado Liam de pingar nos narizes dos outros artistas na sala. Depois que
ele fizera isso, roubei-o sem ele perceber. Achei que talvez poderia usá-lo em
mais alguém que precisasse. E estava certo.
Percorremos
vários corredores do labirinto até chegarmos a outra sala aberta, na qual nos
aguardavam uma péssima surpresa...
Aquele
era o refeitório, percebi pelas vastas mesas, e vários guardas estavam ali. Por
trás de nós, para piorar, um grupo deles passou correndo. Quando nos viram, nos
capturaram, é claro, e minha arma de choque só teve chance contra um ou dois.
Eles
nos arrastaram até o refeitório e nos prenderam em seus apertos. Deveria ter
por volta de uns sessenta deles ali.
Um
foi chamar Eusébio.
Narrador observador on.
C
e E chegaram a um corredor que dava para uma sala aberta. Espiando, elas viram
a moça e... Oquê? Louis! Mas como era desobediente!
Estavam
se preparando para atacar quando um elevador, na parede oposta, se abriu, e de
lá saíram Eusébio e Robim.
C
e E se olharam, e seus olhos disseram mais do que mil palavras. Usariam o gás
neles e, como Louis já deveria estar imunizado, só teriam o trabalho de
carregar a moça. C pegou de seu bolso uma bolinha de gás e estava apertando o
botão para emiti-lo quando algo pesado caiu por cima das duas, fazendo-as cair
no chão.
Pois bem, o
que aconteceu foi o seguinte: Eusébio, como vocês devem lembrar, mandara
checarem a tubulação atrás da moça, e havia realmente uns quatro brutamontes,
um pouco menores do que o padrão daquela fortaleza, checando o local. Bem acima
das cabeças de C e E havia uma abertura de ar, e quando os brutamontes viram
duas moças desconhecidas espreitando, fizeram apenas o seu trabalho. Pularam em
cima delas e, como não esperavam aquilo e não puderam ter reação imediata, as
capturaram.
A bolinha de gás voou para bem
longe. Seu botão não conseguira ser apertado.
Louis on.
Eusébio veio
com um sorriso sarcástico no rosto, olhando diretamente para a “Dama do
Elevador”.
– Ora, ora,
ora... Conseguiu sobreviver aos tiros, hein?! Não importa. Rapazes, temos
invasores, fiquem alertas. Não acho que eles vão chegar aqui, pois mandei
vários outros esquadrões atrás deles. – Seu tom era estranhamente calmo. – Sei
que é arriscado, mas eu necessito
fazer uma faxina primeiro. –– disse, colocando luvas brancas na mão e pegando
um revólver em cima de uma bandeja de prata, que Robim lhe oferecia. – Dizem
que, quando se quer um serviço bem feito, tem que fazê-lo pessoalmente.
Foi
nesse momento que ele pareceu perceber a minha presença.
–
E quem é est... AIMEUDEUS! É LOUIS TOMLINSON?!
–
Não! É uma abóbora falante, seu idiota! – Falei para ele.
–
Ai, seu grosso! Parecia ser mais educado e engraçado na TV! – Replicou Eusébio,
fazendo um bico emburrado, o orgulho ferido.
–
Eu achei engraçado!
–
CALA A BOCA ROBIM!
–
Magoei. – Robim baixou os olhos, entristecido, diante do mau humor de seu tio.
--
Vamos voltar ao que interessa. Vou mata-la de uma vez, e você vai se juntar aos
outros assim que forem capturados novamente. – Eusébio continuou.
–
Você nunca vai conseguir arrancar meus talentos. C e E não vão permitir que
vocês tirem nem os meus, nem os de ninguém! – Falei, corajoso e determinado.
Mas
o que aconteceu em seguida fez minha determinação desmoronar.
–
Ei, chefe! Olha só o que nós achamos aqui... – Dois grandões vinham segurando C
e E, que se debatiam inutilmente contra seu aperto.
Não!
Não as duas! O que faríamos agora?! Era o fim.
Eusébio
sorriu.
–
Elas não vão permitir, é? – Ele riu para mim, arqueando a sobrancelha esquerda.
– Ah, parece que hoje haverá uma chacina! Que tal brincar de tiro ao alvo,
rapazes?! – Os brutamontes riram, como se quilo fosse uma grande diversão.
Começando por aquela que mais me causou problemas até agora... Encostem-na à
parede!
Dois
brutamontes arrancaram a “Dama do Elevador” dos braços do outro guarda e,
segurando-a cada um de um lado, encostaram-na com força à parede.
Eusébio
engatilhou o revólver e apontou-o para o alvo. Mirou no centro do peito. A
diplomata se encolheu o máximo que pode, e virou a cabeça para o lado, fechando
com força os olhos.
–
Não! – gritei, mas não fui apenas eu que dei o grito.
BUM!
A
bala do revólver voou em direção ao alvo.
E
perfurou um corpo.
Narrador observador on.
C
aproveitou o momento de distração e pisou no pé do guarda que a segurava,
momentaneamente vidrado no espetáculo de morte que se exibia. Pego de surpresa,
ele afrouxou o aperto de apenas um dos braços da agente, mas era só disso que
ela precisava.
BUM! – Era o
som do tiro.
Rápida, ela
pegou de seu bolso a bolinha de gás, apertou-a e lançou-a em meio aos guardas.
Dela
saiu o gás e, em cinco segundos, todos na sala estavam no chão, desmaiados,
com exceção de Louis, das agentes e da diplomata.
Aí
você deve estar se perguntando: mas a diplomata não acabou de levar um tiro?
Pois
a resposta é bem simples: Não.
Uma
pessoa gritou um sonoro “Não!” e saltou à frente dela, impondo-se entre ela e a
bala. O tiro acertou esta pessoa que pulou, e ela caiu no chão.
Era
Harry.
Narrador observador on.
Alguns
guardas estavam na sala das câmeras, tentando resgatar o painel de controle
encharcado. Infelizmente, a grande maioria dos brutamontes presentes era muito
burra, e um deles, irritado, começou a apertar vários botões ao mesmo tempo.
A
tela apagou do nada, e uma mensagem em vermelho surgiu de repente:
MODO
DE AUSTRODESTRUIÇÃO ATIVADO. 30 MINUTOS.
Depois
de perceberem a burrice que fizeram, os homens ainda ouviram um alarme começar
a soar por toda a fortaleza.
E
saíram correndo.
No
painel da sala, a mensagem continuava.
MODO
DE AUSTRODESTRUIÇÃO ATIVADO. 29 MINUTOS.
Oi, quer fazer parceria? :33
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