sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O Cavaleiro e a Princesa - Capítulo 1



Capítulo 1 – O Comunicado ao Rei

E
ra uma vez, num reino muito distante, na remota Inglaterra, um rapaz chamado Louis.
                Louis não era um rapaz qualquer. Ele era cavaleiro de Cowell, o reino governado por um bom e próspero rei, cujo nome era Simon.
                O pai do jovem Louis, Mark, não fora muito rico em sua infância, mas, quando era apenas um adolescente, salvara a vida de Simon, que na época ainda era príncipe. O pai de Simon, Rei Eric, agradecido, consagrou-o cavaleiro e concedeu-lhe o título de barão.
                Uma vez sendo barão, Mark reconstruiu a sua vida em um pequeno castelo rodeado de terras férteis, bem próximas ao castelo do rei. Tornou-se rico, casou-se, e então nasceram Louis, Charlotte, Felicite e as gêmeas Daisy e Phoebe.
                Como era de costume, sendo agora um nobre, Mark enviara ao castelo do rei seu primeiro e único filho homem para ser escudeiro e, em pouco tempo, Louis se tornou um cavaleiro do Rei Simon, que muito admirava a determinação do filho de Mark, o qual se tornara um grande amigo seu.
                E foi como cavaleiro que Louis acordou naquela manhã, como de costume. A luz inundava seu quarto, e o canto dos pássaros do lado de fora parecia receber com delicadeza a manhã.
                Ele estava feliz, muito feliz. Mas, se você está pensando que a felicidade de Louis era por causa de seu título, ou por viver mais um dia, ou até por ouvir a melodiosa voz dos pássaros do lado de fora, você se engana.
                Havia um motivo específico para ele pular da cama tão cedo e agitar a movimentação no castelo de seu pai.
                Sim... Ela estaria chegando naquela tarde.
                A princesa Eleanor Calder era sobrinha do rei. Sua mãe, irmã de Simon, falecera em um acidente junto ao marido.
                Compadecido, Simon adotou-a e a criou como se fosse sua própria filha. Ele a amava muito, e organizara uma festa especial para a sua chegada.
                Ela havia passado o inverno no castelo de sua prima, e agora retornava na primavera. Era por esse motivo que Louis estava tão agitado aquela manhã.
                Ninguém, nem mesmo sua família sabia, mas Louis era apaixonado pela princesa Eleanor desde o primeiro dia em que a vira no castelo do rei, logo que chegara para iniciar seu treinamento como escudeiro. Ele tinha apenas sete anos, e ela, seis, mas ele jurava que nunca havia visto menina tão linda na vida.
                Com o passar dos anos, a paixão só aumentou. Louis via a princesa crescer e ficar cada dia mais bonita e, aos nove anos, foi falar com ela pela primeira vez.
                Ela estava no jardim, brincando distraidamente. Havia fugido de suas damas de companhia e estava sozinha.
                Foi a deixa. Ele logo apareceu por trás dela.
                – Oi! – Ele disse por trás da orelha dela.
                A princesa deu um pulo de susto e tropeçou na grama, caindo aos pés de Louis.
                – Oh, me desculpe, eu não queria te assustar! – Louis ajudou-a a se levantar.
                – Quem é você? – Eleanor focou seus belos olhos nos de Louis.
                – Meu nome é Louis Tomlinson, filho de Mark e Johannah. – Ele fez uma reverência enquanto se apresentava.
                – Sou a princesa Eleanor Calder, e você não deveria estar aqui falando comigo. – Ela estava séria e incomodada por causa do susto que havia levado.
                – Ah, me desculpe princesa, mas é que há muito tempo te observo e sei que você foge das suas damas de companhia para brincar. Eu só queria vir brincar com você também.
                – Você treina para ser escudeiro? – Ela perguntou.
                – Sim.
                – Então, certamente, não deveria estar aqui. Não sabe que é proibido escudeiros se dirigirem à princesa sem o consentimento real?
                – Se me der seu consentimento, princesa, não estarei mais infringindo a lei. Mas, se o que quer é que eu vá embora, então seu desejo é uma ordem. – Louis abaixou a cabeça e começou a andar de volta para os limites do local onde era treinado. Estava triste, mas tudo bem. Começou a apressar o passo, pois se fosse pego, as consequências não seriam nada boas. Mesmo pequeno, ele já sabia daquilo.
                Estava já a pelo menos dez metros da princesa quando viu que ela corria desesperada para além das árvores, na direção oposta. Atrás dela, estavam as duas damas de companhia, correndo desengonçadas.
                “Ah, não! Elas vão pegá-la”, pensou. “Não posso deixar isso acontecer, senão ela não poderá brincar em paz!”
                Correndo depressa, ele pegou um atalho no jardim pelo lado oposto e conseguiu chegar à princesa antes das criadas. Ela se embrenhava pelas árvores do pequeno bosque quando caiu no chão, seu vestido enroscando em alguns galhos emaranhados.
                Eleanor se desesperou ao ouvir a voz das criadas se aproximando cada vez mais. Estava ficando triste quando mãos pequenas, mas habilidosas, desenroscaram seu vestido dos galhos e a ajudaram a se levantar.
                – Vamos, por aqui! Conheço um atalho para o jardim oeste. Elas nunca vão te pegar! – Era Louis.
                Sem hesitar, Eleanor deu sua mão a ele, enquanto era conduzida rapidamente até os limites do bosque, onde um muro alto separava o jardim norte do jardim oeste. Em certo ponto, os tijolos do muro haviam desabado um pouco, e ele estava mais baixo.
                Louis se agachou em frente ao muro.
                – Suba nas minhas costas e atravesse! – Ele disse para ela.
                Eleanor subiu nas costas de Louis e pulou o muro, com um pouco de dificuldade. Em seguida, já ouvindo as criadas chegando perto, Louis pulou bem alto, se pendurou na borda do muro e, passando uma perna depois da outra, passou para o outro lado.
                A princesa estava encolhida no muro, e ele se encolheu também. As vozes estavam muito próximas do outro lado.
                – Mas pra onde ela foi?! – Era uma das criadas. – Não poderia ter ido tão longe desse jeito.
                – Eu podia jurar que ela estava aqui! – falou a outra.
                Quando as duas se afastaram, Louis se levantou, ajudou a princesa a se levantar, fez novamente uma reverência e virou-se para ir embora.
                – Espere! – gritou Eleanor.
                Louis se virou.
                – Como é mesmo seu nome? – Ela ergueu o queixo, em posição de superioridade.
                – Louis Tomlinson, alteza.
                – Louis... Pois bem! A partir de hoje, Sr. Tomlinson, tens o consentimento real para se dirigir à princesa Eleanor Calder quando desejar.
                Louis sorriu.
                – Obrigado, alteza! – Ele se curvou novamente.
                Eleanor sorriu e fez um movimento de cabeça, que Louis entendeu como uma dispensa.
                Eles começaram a se afastar em direções opostas quando Louis se virou novamente e chamou Eleanor.
                – Alteza! – Ela se virou para ele.
                – Por que sempre foge de suas damas de companhia? – Ele sorriu ao terminar a pergunta.
                Os lábios de Eleanor esboçaram um sorriso misterioso antes de ela responder:
                – Elas são TÃO chatas! Ninguém merece brincar com elas!
                Louis riu e continuou:
                – Alteza, se não for muita ousadia minha, gostaria de dizer que, quando não tiver ninguém para brincar ou estiver se sentindo entediada, pode me chamar!
                – Sim, é muita ousadia da sua parte, assim como falar comigo há pouco ou tocar em mim... – Louis ficou vermelho de vergonha. – Mas... Sim. Eu me lembrarei de você.
                E com isso, a princesa se afastou. Louis observou-a até ela desaparecer de seu campo de visão.
                E esse foi o primeiro contato entre Louis e Eleanor. Depois deste, vieram muitos, todos em segredo, obviamente.
                Eleanor, como dissera, se lembrou dele várias vezes e, com exceção de quando havia visitas ou outras crianças para brincarem com ela e Louis estava impossibilitado de dar uma escapulida de seu treinamento, eles se encontravam.
                E assim foi.
Eles se tornaram grandes amigos. Como Simon e Mark também eram grandes amigos, à medida que Louis foi crescendo e se destacando como cavaleiro, a corte começou a abrir mais espaço para ele. Simon o via como um talento promissor, e diversas vezes, em bailes da coroa, seu pai e o rei estavam conversando na mesma roda, com ele e Eleanor ao lado.
Simon os apresentou diversas vezes um ao outro, sem imaginar que o sorriso e o olhar que sua sobrinha fazia ao cumprimentar o rapaz traziam muitas lembranças que ninguém poderia saber que existiam, a não ser os dois. Ou que os risos durante banquetes eram direcionados a um ponto específico do outro lado da mesa.
  Louis sempre manteve a paixão pela princesa em segredo, mesmo sabendo da simpatia dela por ele. Às vezes, Louis até achava que Eleanor pudesse gostar dele também. Mas tudo eram incertezas, e não havia nada que ele pudesse fazer. Afinal, no reino, não havia espaço para que uma princesa desposasse um escudeiro ou um cavaleiro, e doía ele pensar na realidade. A realidade de que nunca ficariam juntos.
Porém, Louis preferia não pensar nisso. Enquanto pudesse desfrutar da companhia de Eleanor, estaria tudo bem para ele.
Contudo, infelizmente, nos últimos dois anos, os encontros secretos entre os dois começaram a se tornar cada vez mais escassos.
Eleanor começou a ficar muito atarefada como princesa, e Louis foi consagrado cavaleiro, o que significava que voltaria a morar com seu pai, no castelo próximo às terras do reino.
Ele estava um pouco triste pelo afastamento, mas a sua paixão por ela parecia apenas crescer mais e mais. Quanto mais distantes eles estavam, menos Louis conseguia tirá-la da sua cabeça.
Por isso ele quase teve um treco quando rumores – e apenas rumores – começaram a circular. Diziam que a princesa já estava ficando muito velha, e estava na hora de se casar. Realmente, ela já passara da idade para se casar e, além disso, Simon não tinha filhos. Ele tentou, mas jamais conseguiu engravidar sua esposa. Era, então, necessário que se garantisse um sucessor para o trono, e o novo boato que corria era que o rei estava espalhando a notícia por vários reinos vizinhos, de que a princesa precisava se casar, a fim de encontrar vários pretendentes para ela.
Louis sabia que aquilo deveria ser verdade, mas não queria admitir. Ele não suportava a ideia de ver Eleanor com outro homem, e aquilo o assolava, picando o âmago do seu ser em mil pedacinhos todos os dias.
Mas, naquele dia, ele não estava preocupado com nada disso. Tudo o que queria era ver o rosto da bela Eleanor, que ele imaginava estar ainda mais bonita do que da última vez em que a vira, há pelo menos cinco meses.
Quando ele, seu pai, sua mãe e suas irmãs estavam se dirigindo para a festa em homenagem à chegada da princesa, ele mal conseguia se manter em uma posição adequada em seu cavalo, tamanho o seu nervosismo. As irmãs e a mãe estavam dentro de uma carruagem, e pai e filho escoltavam a mesma.
– O que foi, meu filho? – Perguntou Mark. – Algum problema com o cavalo?
– Ah... Devem ser as ferraduras do Cenoura, papai. – Cenoura era o nome do belo alazão marrom-alaranjado de Louis.
 – Onde está Kevin, Louis? – Perguntou Charlotte, dentro da carruagem. – Ele sempre está em seu ombro.
Kevin, o fiel companheiro de Louis, juntamente com Cenoura. Os três eram inseparáveis. O cavalo, o cavaleiro, e o pombo-correio.
– Enviei uma carta ontem à tarde para Lady Donnavan, em favor à mamãe. Ele deve estar de volta em breve. – Louis respondeu à irmã.
A família continuou a viagem de pelo menos quatro horas, e eram duas horas da tarde quando chegaram ao castelo.
Simon os recebeu muito bem, e no salão principal, centenas de nobres estavam dispersos.
Louis falava com cada um deles muito educadamente, perguntando sobre suas famílias e como estavam. Porém, não prestava muita atenção ao que fazia. Um frio de ansiedade percorria sua barriga a cada cinco segundos e ele, à medida que o tempo passava, ficava cada vez mais inquieto.
– Mas... Meu filho! – falou Johannah, em tom de desaprovação e advertência. – Por que está tão agitado?!
– Não sei mãe... – Louis ficou vermelho. – Acho que esperar me deixa agitado... Quando tempo falta para a princesa chegar? – Juro... Ele estava tentando disfarçar...
– Ah, não sei exatamente, meu bem...
– Acredito que faltem poucos minutos, jovem Louis! – Rei Simon apareceu por trás de mãe e filho.
– Majestade. – Falaram em uníssono, fazendo uma reverência.
– Oh, poupem-me! Não precisam ficar me reverenciando o tempo todo. – Simon riu e os dois riram com ele. – Mas, sobre a princesa... Ela me escreveu, avisando que partiria do castelo dos Calder por volta da uma hora da tarde do dia cinco. Já é dia doze, e ela deve estar chegando aqui em questão de minutos. Vou aproveitar o momento para organizar o salão.
Simon elevou um pouco a voz e ordenou que os nobres se ordenassem nas laterais da sala, deixando o centro do salão livre. Dessa forma, uma passagem em linha reta se formava da grandíssima porta de entrada até o trono do rei, onde Simon se sentou, sendo acompanhado do lado esquerdo por Mark, seu cavaleiro de maior confiança.
De repente, trompetes soaram do lado de fora do castelo, anunciando a chegada de alguém. A corte calou-se e o salão entrou em um silêncio ensurdecedor.
Passados dez minutos, trompetes soaram do lado de fora do salão, e homens posicionados dentro do recinto soaram seus próprios trompetes.
O coração de Louis batia a mil de expectativa enquanto a magnífica porta dupla era lentamente aberta.
Mas o que todos viram não foi a princesa Eleanor.
Foi algo muito terrível de se ver. Um precursor que não deveria estar trazendo boas notícias. Certamente não eram boas.
A multidão soltou uma exclamação de horror. O homem era um moribundo. Estava totalmente ensanguentado, suas vestes rasgadas em várias partes do corpo.
 Ele tinha um olho roxo e inchado, e o outro era omitido por uma pálpebra que não conseguia ser aberta. Além de tudo isso, estava coberto de sujeira e pó. Ele cambaleou rumo ao trono do rei o mais depressa que pôde. Chegando lá, tendo a atenção de todos, ele se ajoelhou, mal conseguindo manter o equilíbrio, e sua voz saiu muito fraca e baixa, por mais que ele parecesse se esforçar para estar falando alto.
– Majestade!
– Quem é você?! O que aconteceu?! Diga! – o rei estava claramente preocupado, e havia uma ponta de desespero em sua voz, como se ele suspeitasse de algo que não apenas ele desconfiava, mas todos naquele salão.
Mesmo rasgadas, as roupas do homem eram de um soldado de uma família muito nobre. O homem servia a essa família, deveria ser um cavaleiro. Louis reconheceu o brasão localizado à altura do peito, no lado esquerdo. Era o brasão dos Calder.
– O que aconteceu? Vamos! – Simon estava impaciente.
– Trago más notícias Vossa Majestade... É sobre a princesa Eleanor... Ela... – O homem fez uma pausa, e parecia que ia vomitar. Depois de cinco segundos de ânsia, ele acabou cuspindo sangue. Pôs uma mão em sua barriga e a outra ele apoiou no chão.
Simon correu até ele, amparando-o. Segurou-o firmemente nos braços e, suplicando em seu olhar para o homem, para que ele não desistisse, falou com sua voz grave:
– O que aconteceu com a princesa?
– Ela... foi...
“Sequestrada”.

15 comentários:

  1. Amiga - amei amei

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  2. Elissa, sou a Stephanie aluna da professora Rosi, legal gostei da sua historia, bem interressante, é uma historia que da vontade de você ler os próximo capítulos, vou continuar lendo !!!!
    Parabéns ;)
    Ass:Stephanie

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    1. Oi Stephanie, tudo bem? Fico feliz que você tenha gostado do primeiro capítulo e que esteja desfrutando da leitura.
      Espero que continue se divertindo.
      Bjs

      Elissa

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  3. Oi! Aqui é a Aline, aluna da professora Rosi. Eu adorei esse capítulo e estou curiosa para saber o que aconteceu com princesa. Elissa você é muito criativa.
    Ass.Aline

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    1. Obrigada Aline! Espero que goste! Me mantenha informada, ok? Bjs e obrigada.

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  4. Oi elissa,aqui é a Raphaela aluna da Rosi. Já estou lendo os outros capítulos,e está me deixando muito ansiosa para saber do final. Estou amando os outros capitulos,continuarei lendo. Beijos, Raphaela

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    1. Oi Raphaela, td bem? Fico feliz que esteja curtindo a história :). Vc nem imagina ainda o que está por vir... Se tiver ideias, pode mandá-las para mim :).
      Bjs
      Elissa

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  5. Oi! Aqui é a Thifany,aluna da professora Rosi.Eu amei esse capítulo e estou muito curiosa para saber oque aconteceu com a princesa.Vou continuar lendo os próximos capítulos Elissa.Beijos Thifany

    Ass.Thifany

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    1. Olá Thifany, td bem? Que bom que vc gostou!!! Fico mto contente. Continue lendo, pois vc nem imagina o que acontecerá com nossos heróis e com a princesa. Me mantena informada da sua opinião.
      Bjs
      Elissa

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  6. Oi!Aqui é a Marianne,aluna da professora Rosi.Gostei muito desse capitulo e vou continuar lendo para saber o que aconteceu com a princesa.

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    1. Oi Marianne! Td bem? Que bom que vc gostou! Continue lendo e me contando suas opiniões e ideias. Bjs
      Elissa

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  7. Gostei muito da sua historia achei muito legal e interessante estou curiosa para sabe que fim deu a princesa achei seu blog muito bem decorrado e adorei a foto na capa.Que voce continue escrevendo coisas criativas.Parabéns!!!!!!
    Yasmin Gallet Martins Kettenhuber.Aluna da professora Rosilene.

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    1. Obrigada Yasmin! Que bom que vc gostou do design do blog! Sabia que fui eu quem fez a montagem com o nome do blog? Obrigada pelo comentário. Continue lendo e me contando o que achou ok?
      Bjs
      Elissa

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  8. Oi Elissa, amei sua história, muito legal. Bjs Rafa.

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