sábado, 13 de julho de 2013

Capítulo 20 - O Velhinho da Loja



Capítulo 20 – O Velhinho da Loja

Harry estava emburrado, ouvindo Liam explicar a Niall porque Zayn deveria receber uma segunda chance. O dia estava ensolarado e não havia nenhuma brisa soprando. O sol estava tão forte aquela tarde que poderia queimar a pele de qualquer um. Por sorte, Liam trouxera chapéus para todos, e Harry estava usando o dele, que o deixava protegido do sol e...
Uma brisa repentina soprou forte, arrancando o chapéu de Harry e jogando longe o objeto. Harry foi até ele e abaixou-se para pegá-lo, mas mais uma vez uma estranha ventania bateu e o chapéu voou.
– Mas que droga! – Exclamou Harry.
O chapéu parou novamente, dessa vez em frente à “Magia e Bruxaria de Hogwarts”. Harry novamente se abaixou para pegar o objeto, e mais uma vez um vento forte soprou, ao mesmo tempo em que a porta da loja conhecida como “Local Proibido” se abria.
Se você for um bom observador, provavelmente já terá imaginado para onde o chapéu de Harry voou, não é mesmo? Pois bem, você adivinhou: ele voou para dentro da loja.
Harry nem percebeu que estava entrando na loja mais temida do vilarejo de Hogwarts.
Seu chapéu caiu um pouco à frente da porta e, quando ele finalmente conseguiu pegá-lo e virou-se para sair, a porta se fechou na sua frente, sozinha.
“Que estranho... Será que foi o vento?”, pensou. Harry olhou em volta: a loja estava repleta de artefatos velhos que ele não sabia do que se tratavam. Poltronas cobertas com lençóis e mesas atulhadas de objetos empoeirados. Era muita coisa, para pouco espaço. A parede em frente à porta tinha um balcão de vidro que se prolongava também pela parede à esquerda. As prateleiras abaixo do balcão também estavam abarrotadas com coisas que Harry não compreendia o significado.
Dois ratos grandes passaram pelos pés de Harry, e ele se assustou, caindo no chão de madeira velha e levantando uma nuvem de poeira.
– Oh, Harry! Deixe-me ajuda-lo! – Uma voz de gente idosa acudiu, com ar calmo e paciente.
De repente, de uma porta atrás do balcão, um velhinho com uma barba branca e enorme apareceu. Usava um tipo de chapéu meio estranho e óculos de meia-lua. Suas vestes eram longas. Harry se perguntou por que ele estava usando um vestido.
Como se adivinhasse os pensamentos de Harry, o velhinho falou:
– Ah, Harry, isto não é um vestido. Chamamos de túnica. Venha, dê-me sua mão.
Harry ficou assustado. Não pegou a mão que o velhinho oferecia para ajuda-lo a se levantar.
– Co-como você sabia o que eu estava pensando?! E como sabe o meu nome? – Ele gaguejou.
– Eu sei muitas coisas, Harry, coisas as quais você jamais poderia imaginar. Meu nome é Alvo Dumbledore. Sou o dono desta loja. Pode confiar em mim. – Ele sorriu para Harry enquanto falava.
Harry então lembrou-se do que a senhora Horan havia dito. Aquele então era o velhinho estranho, porém simpático, que todo o vilarejo temia. Ficou com medo de confiar sua mão a ele, e mais ainda de estar ali. Lembrou-se da porta fechando sozinha e do chapéu voando misteriosamente para dentro. De repente, tudo aquilo não lhe pareceu ter acontecido por razões naturais. Seu corpo estremeceu, mas o olhar de Dumbledore era sereno, e Harry aceitou sua mão.
Quando se levantou, Dumbledore lhe deu as costas e foi para trás do balcão, enquanto falava:
– Estava te esperando há muito tempo, Harry.
– Me... esperando?
– Sim, e seus amigos também. Onde estão eles?
– Olha, senhor Dumbledore, desculpe, mas eu nem te conheço, como o senhor pode me conhecer e estar me esperando?
– Eu não disse que eu te conheço. – disse Dumbledore, com um meio sorriso. – Eu disse que te esperava há muito tempo.
Harry engoliu em seco. Ele não estava gostando nem um pouco de estar ali. Começou a andar para a porta, mas a voz de Dumbledore soou atrás de si:
– Eu sei por que você, Zayn, Louis e Liam estão aqui com você.
Harry parou de andar e se virou bem devagar para Dumbledore.
– Tá bom... Como é que você sabe o nome dos meus amigos? Nem se alguém tivesse te contado sobre mim e Louis, mas Zayn e Liam estão nesta viagem conosco há menos de três dias!
– Eu já disse, Harry. Sei de muitas coisas. Esperava já o nascimento de vocês a séculos! – Algo na fala de Dumbledore fez Harry crer que ele não estava exagerando ao usar a palavra séculos. – E não só eu esperava. Flack também.
Harry subitamente gelou e levou a mão à cintura, à procura de sua faca de cozinha para se defender, caso fosse necessário.
– Como sabe de Flack? – Harry disse, receoso.
– Oh, não se preocupe, meu jovem. Não jogamos no mesmo time, Flack e eu. Veneramos lados opostos de nossa natureza.
Harry compreendeu o que Dumbledore estava dizendo.
– Você é um bruxo. – Falou, sério.
– Certamente! – Dumbledore sorriu. – Sou um bruxo. Mas, enfatizo: não sou um bruxo mau. Você pode confiar em mim. É claro que essa decisão cabe a você, mas talvez ajude se eu disser que tenho informações valiosas que ajudarão você e seus companheiros a derrotar a bruxa e salvar a princesa.
Harry olhou para Dumbledore, que lhe sorriu mais uma vez. Ele estava apavorado, mas era evidente que Dumbledore sabia de alguma coisa importante. E era tudo tão estranho... Harry foi tomado por uma curiosidade que lhe invadiu a alma. Se o que aquele velho estranho estivesse falando realmente era verdade, então...
Decidiu ousar.
– O que tem para nos dizer?
                Dumbledore sorriu de novo.
                – Por que não nos sentamos enquanto esperamos seus amigos entrarem, Harry?
                Um barulho soou pelo chão, e uma mesa e duas cadeiras se arrastaram até o meio de um espaço vazio entre o balcão e um bando de quinquilharias amontoadas em cantos e outras mesas.
                – Sente-se.
                Dumbledore foi até a mesa, e Harry, hesitante, também. Ambos sentaram-se.
                – Quer chá? – Ofereceu o velhinho.
                Harry fez que sim com a cabeça. Automaticamente, um bule surgiu no ar com duas xícaras, que flutuaram até a mesa e se depositaram frente a frente dos dois homens. O bule serviu um chá morno em ambas antes de descansar sua base na mesa.
                Havia um quadro entre algumas prateleiras. Nele, estava pintado um menino lendo um livro. Atrás do menino, no cenário da pintura, várias estantes também repletas de livros. Harry pensou ter visto o menino retratado se mexer, virando a página do livro, mas ignorou o fato. Devia estar ficando paranoico. Devia estar maluco.
                – Sabe, Harry, eu conheci Flack há duzentos e trinta anos, quando ambos ainda estávamos em formação bruxa. Estudamos juntos no mesmo covén. Depois, eu entrei para a Ordem da Fênix, um grupo de bruxos bons, mas ela resolveu aderir aos Comensais da Morte, que, pelo nome, você já pode deduzir que é todo formado por bruxos muito, muito maus. Ela sempre teve um prazer muito grande com a desgraça alheia, e a cobiça pelo poder sempre foi a sua mais marcante característica...
                Harry ouvia tudo com muita atenção, ainda sem acreditar nas palavras de Dumbledore. Duzentos e trinta anos?! Quantos anos ele tinha? Dumbledore continuou:
                – Sabe, Flack sempre se destacou muito no próprio grupo, por conta de suas maldades e forças, que aumentavam cada vez mais. Ela era uma bruxa extremamente inteligente, e sabia aprender as coisas muito rapidamente. Criava, também, e criava coisas muito malignas para que um ser humano ou até mesmo um bruxo bom pudesse acreditar. No entanto, guardou suas criações para si, com medo de que algum bruxo mau que tivesse acesso às suas descobertas as usasse contra ela. Ela logo começou a ser temida até pelos bruxos de seu grupo, tamanho seu poder. Suas maldades foram aumentando, e milhares de pessoas estavam morrendo em suas mãos. Ela torturava, escravizava, matava por diversão e até comia e fazia outras mil coisas terríveis com os humanos em que punha as suas mãos maléficas. – Ele fez uma pausa, tomando um gole do chá. – Alguns de seus ataques aos humanos conseguiam ser antecipado por nós, bruxos bons. Mas Flack não se deixaria abalar pela magia boa. Não naquele momento, em que tinha tanto poder. Por isso, ela e seus aliados que não a temiam começaram a organizar um plano para acabar com a magia boa e todos os bruxos que a praticavam. Foi aí que ela surgiu.
                – Quem surgiu? – Perguntou Harry, já totalmente envolvido com a história.
                A profecia.

2 comentários:

  1. OMG, como assim? que profecia?
    voce esta me deichando curiosa com isso hahahah, eu estou amando sua fic, serio voce tem que postar mais, eu tenho que saber qual é a profecia.
    Eu estou muito curiosa, me conte a profecia e cade os outros?
    curiosidade nivel mil
    hahah, amei, continua logo :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Haha, Tália, eu garanto, vc não perde por esperar ;)

      Excluir