Capítulo 26 - Os Príncipes Inesperados

Capítulo 26 – Os Príncipes Inesperados

- Nossa! Me belisca que eu tô sonhando! – Isso foi o que Louis ouviu Harry dizer.

Na frente deles estava uma mulher loira, de olhos azuis e pele igualmente clara. Ela não era excepcionalmente bonita – na concepção da narradora – mas, para os olhos daqueles rapazes, era encantadora. Quando o brilho que os cegava cessou, ela apareceu. Usava um vestido branco que brilhava à luz da lua, iluminando tanto o ambiente que a luz da fogueira se tornaria obsoleta, se estivesse acesa.

- Q-q-quem é você? – Gaguejou Niall, encantado.

Ela olhou para todos eles e sorriu ao deparar-se com Niall.

- Ora... – Disse, com uma voz muito melodiosa e grave, porém fascinante. – Vocês me chamaram, não é? Não sabem quem eu sou?

- F-f-f-fada-madrinha? – Foi a vez de Liam gaguejar, fascinado e com medo ao mesmo tempo.

- Sim. Mas podem me chamar apenas de Perrie. – Ela sorriu novamente, e seus olhos se cravaram em Zayn. O olhar dele era indescritível: um misto de encantamento, admiração, fascínio... Não era diferente dos olhos dos outros nesses aspectos, mas tinha algo mais.

Ela desviou o olhar e encarou Pin. Percebeu que se tratava de uma mulher, porém nada disse. E foi justamente Pin quem quebrou o silêncio, aproximando-se da fada e ajoelhando-se diante dela.

- Fada Perrie, precisamos de teu auxílio. Necessitamos estar no baile desta noite.

- No baile? Mas não estão nem vestidos!

- Exato! – Continuou Pin. – Não estamos. Era por isso que precisávamos de sua ajuda. Temos dois convites, mas apenas isso.

Perrie olhou para os lados e, em um galho baixo, viu amarrados todos os cavalos.

- Hummmm... Por que eu deveria ajuda-los? Não são nobres e nem foram convidados ao castelo, pelo que posso perceber.

- Fada Perrie, estamos em uma missão importantíssima, para destruir a bruxa Flack. – Louis arriscou dizer, de onde estava.

Perrie se assustou ao ouvir o nome da bruxa.

- Vocês? Destruir a bruxa Caroline Flack? – Ela olhou desconfiada.

- Fada Perrie, por favor, é muito para explicar. Estamos nesta missão, auxiliados por Dumbledore e...

- Dumbledore? – À simples menção do nome do bruxo, a fada relaxou. Encarou novamente cada um deles, à procura de vestígios de que estivessem mentindo. Não encontrou, porém.

Louis se aproximou e entregou à fada a carta que recebera de Dumbledore aquela manhã, por intermédio de Kevin. Perrie olhou a carta, leu-a e resolveu confiar. Avisou:

- Se o que dizem é verdade, agraciá-los-ei com minha mágica. Porém, se descobrir, em qualquer momento que seja, que mentiram para mim ou que suas intenções são obscuras, garanto-lhes que farei de suas vidas um inferno. Por mais que eu seja uma fada boa, sei como lhes ensinar uma lição.

Todos assentiram, com exceção de Zayn, que continuava paralisado.

- Cero, vocês só têm dois convites para o baile e... Bom, vamos nos apressar, ou vocês não chegarão lá no devido horário. Sabem como as pessoas são com os horários, aqui na Inglaterra. Então... Preciso de dois voluntários.

Nenhum deles se apresentou como voluntário, um pouco receosos. Perrie revirou os olhos e disse:

- Está bem...  Eu escolho, então! Você e você. – Ela apontou para Liam e Niall. – Aproximem-se.

Liam e Niall engoliram em seco, mas se aproximaram, lado a lado. Perrie sorriu para os dois, reconfortando-os.

Depois, balançou a varinha sobre suas cabeças, e mais brilhos mágicos caíram, enquanto ela dizia:

- Bibidi Bobidi Boo!

E então, como num passe de mágica, Liam e Niall apareceram fardados. As fardas eram elegantíssimas, típicas das vestes elegantes que os príncipes usam. A de Liam era composta por uma blusa creme e uma calça vermelho-escura. A blusa era cinturada por uma faixa da mesma cor que a calça. As ombreiras eram douradas e no peito várias medalhas estavam arrumadas.

Já a farda de Niall contava com uma blusa branca, cinturada por uma faixa azul-cobalto da mesma cor que sua calça, o que realçava seus olhos. Várias medalhas também pendiam de seu peito.

Ambos estavam magníficos.

Perrie sorriu, satisfeita com os resultados.

- Vocês estão PER-FECT! – Ela disse, estalando os dedos e balançando a cabeça. Nesse instante, Liam teve um momento de “dejavu” (não sei se é assim que se escreve).

Liam e Niall se olharam, admirados. Eles estavam maravilhosos – não que eles já não fossem maravilhosos, mas a roupa lhes conferia um esplendor ainda maior.

Perrie continuou:

- Ok... Agora preciso saber como vocês... – e apontou para Louis, Zayn, Harry e Pin – ... pretendem entrar na festa.

Louis coçou sua barba imaginária de Dumbledore.

- Bem... Eu estava pensando em nós nos disfarçarmos de guardas pessoais dos príncipes... Assim, Liam e Niall poderiam exigir a nossa entrada.

Perrie concordou:

- Certo.

- Espere! – Interrompeu Niall, antes que Perrie fizesse alguma coisa. – Quem vai cuidar dos cavalos e dos nossos suprimentos?

- Oh, não, não há necessidade de alguém ficar aqui. – Falou Perrie. Quando todos olharam para ela com cara de interrogação, ela estalou os dedos e algo incrível aconteceu: uma carruagem surgiu, ali, num espaço entre as árvores do bosque, e estava amarrada aos cavalos dos meninos que, incrivelmente, haviam aparecido ali mais limpos e arrumados do que nunca, usando um tipo de... Uniforme para cavalos.

Ao mesmo tempo, Louis, Harry e Zayn apareceram uniformizados, uma farda creme com detalhes vermelho-escuro, como a calça de Liam. Pin estava vestido como eles, porém sua espada se transformou em um chicote.

- Você – Perrie apontou para Pin. – será o cocheiro. O resto será a guarda pessoal dos dois príncipes. Bem... Vocês já podem ir realizar sua missão, seja lá o que ela for.

Os rapazes se entreolharam, ainda sem palavras. Zayn era o único que ainda encarava a fada. Ele estava encantado por ela, completamente. E Perrie não poderia deixar de contar a suas outras amigas fadas o constrangimento que aquele olhar que ele cravava nela lhe causava. No entanto, ela gostava da sensação. Foi tentando não mostrar seu embaraço que Perrie se lembrou de dizer:

- Ah! Não se esqueçam de algo muito importante: minha mágica, infelizmente, tem um prazo de duração. Estão vendo aquela torre ali? – Ela apontou para uma torre que ficava além do castelo, onde um relógio muito grande marcava a hora. Já eram seis e meia e o baile começaria às sete. Quando eles confirmaram a visão com um balançar de cabeças, Perrie prosseguiu – Ao final da décima segunda badalada, quando o ponteiro estiver marcando meia-noite, meu feitiço será anulado, e tudo aqui voltará a ser o que era antes. Vocês devem retornar antes disso ou, caso contrário, sua fraude será descoberta.

Os meninos assentiram e, nesse momento, Perrie começou a desaparecer, gradativamente. Zayn correu para a imagem dela, que o encarava, mas quando chegou até o local onde estava a fada, esta já havia desaparecido por completo.

- Uau... – Ele falou baixinho.

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A carruagem, conduzida por Pin, seguiu mais uma vez pela gigantesca fila de carruagens que esperavam para deixar nobres no palácio. Louis espiou pela janela: a fada não lhes renegara luxo, a carruagem deles era impressionantemente rica.

- Já, já seremos os próximos a descer. – Anunciou para Harry, Zayn, Liam e Niall, que estavam bem acomodados dentro do transporte.

- Ai... – começou Liam. – Não me sinto muito bem com essas roupas...

- Deixa disso, Liam! Você está excepcional! Aproveite. – Louis deu um tapinha nas costas dele.

Harry emburrou novamente.

- Não é justo... – Disse. – Por que vocês tinham que ser os príncipes?!

- Algum problema com isso, Harry? – Perguntou Louis.

- Sim! Você já viu quantas mulheres bonitas desceram das carruagens? Eles vão ficar cortejando mulheres, enquanto eu vou à caça de um objeto maligno...

Todos riram, menos Harry, claro.

- Você que não se ofereceu! – Riu Niall.

- Está tudo bem, Zayn? – Louis perguntou ao Gato de Botas.

- Ah... Sim, está... – O Gato foi pego de surpresa. Ele estivera quieto o caminho todo, ainda encantado pela fada.

- Ótimo, então vamos repassar o plano. – Continuou Louis. – Tome, Zayn, fique com o anel novamente. – Louis tirou o anel com a corrente do pescoço e o entregou novamente a Zayn. – Todos sabem o que fazer?

- Sim! – Garantiu Liam. – Eu e Niall entraremos disfarçados de príncipes, e exigiremos a entrada de nossos “guardas pessoais”, que serão vocês. Enquanto nós fazemos cortesia à rainha e suas filhas, vocês se dispersam pelo castelo atrás da orcrux.

- Excelente! – Aprovou Louis. – Liam, você entregou o medalhão a Harry?

- Está comigo! – Confirmou Harry.

- Perfeito... Nós já vamos descer. – Concluiu o cavaleiro.

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A rainha Cinderela encontrou suas duas filhas. Elas estavam escondidas atrás dos tronos, que ficavam na parede em frente à entrada do grande salão de bailes.

- Ah, aí estão vocês! – Gabriella, Tália! Procurei vocês por toda a parte! O salão já está quase cheio e vocês não cumprimentaram ninguém ainda!

- Ai, mãe! – Gemeu Gabriella. – Eu não quero cumprimentar ninguém... Isso vai ser tãããooo chato!

- Não seja tola, mocinha! Estas pessoas estão aqui porque é seu aniversário! Querem comemorar com você!

- Ah, mãe, não somos bobas! – Interferiu Tália, irmã de Gabriella. – Eu e Gabi sabemos que esse pessoal não está aqui porque querem dar parabéns à princesa aniversariante. Só querem cortejar a Gabi para conseguir um casamento...

- E daí? Eu conheci seu pai em um baile também!

- Mas isso já está tão fora de moda! – Lamentou Gabi.

- Quieta, mocinha! Agora você já fez quinze anos, temos que conseguir pelo menos dois bons pretendentes esta noite. É assim que funciona neste reino. Precisamos urgentemente de alianças com outros países.

- Mas, mamãe... – Interveio Tália novamente.

- Sem mas, Tália! Fique atenta, pois você será a próxima! Não é nem um ano mais nova que Gabi! Seu dia também está chegando!

As duas princesas bufaram, enquanto eram arrastadas pela mãe, ruma à multidão bem vestida.

O primeiro príncipe solteiro apresentado a Gabi foi Sir Jean, da França. Ele tinha quarenta e sete anos.

A princesa não conseguiu nem sorrir e, quanto mais os minutos passavam, mais pretendentes velhos e feios apareciam.

Tália tentava reconfortar a irmã:

- E que tal aquele ali? Ele parece bem jovem... – Disse a princesa caçula, apontando para um rapaz bonito entre a multidão.

- É Sir Nikholai, da Rússia. Tem dezoito anos. – Respondeu Gabi, com a voz desinteressada.

- E qual é o problema com ele? – Quis saber a irmã.

- Você não faz ideia de como ele é convencido. E tive a impressão de que ele falava com meus peitos, não comigo...

Tália suspirou. Iria ser uma noite muito longa.

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Harry, Louis, Liam, Niall e Zayn já haviam conseguido entrar no castelo. Niall e Liam exigiram a entrada de sua “guarda pessoal”, e, até aquele momento, tudo transcorrera sem problemas. Pin ficara cuidando da carruagem.

Zayn olhava para todos os lados, impressionado com a beleza e a riqueza do palácio. Harry também olhava para todos os lados, impressionado com a beleza e a riqueza de algumas mulheres.

Eles se aproximaram de uma grande porta, pela qual os nobres convidados entravam no salão principal. Posicionaram-se no final de uma pequena fila.

Quando chegaram ao início da fila, um homem velho magro e uniformizado, que segurava um cetro, abordou-os:

- Qual é o título dos senhores?

- Como? – Perguntou Niall, que estava à frente do grupo, seguido por Liam e depois pelos outros.

- Os senhores são príncipes, duques, condes, reis...?

- Ah, sim, sim... – Respondeu o loiro. – Somos príncipes.

- Então, como devo apresenta-los?

- Como assim? – Perguntou Liam, atrás de Niall.

O velho pareceu impaciente:

- Príncipes e reis são sempre apresentados antes de entrar em um recinto. Devo dizer seus nomes e o país que representam.

- Oh, claro... – Niall coçou o queixo, pensando . – Sou... Harvey. Isso! Harvey Hauran. Do Reino Irlanterra... – Ele fez uma junção mental das palavras Irlanda e Inglaterra. – E este é meu vizinho de reino, é... Li... Leeroy Pine. Ele é de... Farmland. – Louis bateu a mão na testa. Farmland? Terra da fazenda? Só porque Liam era fazendeiro?

O velho olhou estranhamente para eles, e se virou. Liam cochichou no ouvido de Niall:

- Leeroy?! Eu não queria esse nome!

- E qual é o problema com esse nome? – Niall cochichou de volta.

- Sei lá... Não me parece muito... másculo...

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O salão todo parou quando o velho que anunciava nobres com títulos maiores bateu seu cetro duas vezes no chão. O silêncio era cortante quando ele começou a falar:

- Vossas Altezas, Príncipes Harvey Hauran, de Irlanterra, e Leeroy Pine, de Farmland.

As princesas Gabi e Tália não puderem conter uma exclamação de admiração quando aqueles dois belos rapazes adentraram o recinto. Na verdade, ninguém pôde.

Quem eram aqueles dois príncipes inesperados?

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Oi, gente! Td bem com vcs? Continuo com dois comentários.

Bjs