Capítulo 29 - Inquebrantável
Zayn gritou
quando Pin esparramou um pouco de um líquido anti-inflamatório em sua perna. O
chinês tratava da ferida que Sméagol havia aberto na perna do Gato de Botas ao
roubar o verdadeiro anel de poder.
-
AI!
-
Calma Zayn... – Pin acalmou-o. – Vai arder um pouco, mas pelo menos você não
vai pegar uma infecção.
-
Escute o que ele diz! – Anunciou Louis. – Melhorou a minha ferida também!
Louis
olhou em volta. Todos eles estavam muito cansados. A fuga do castelo da
Cinderela havia sido muito desgastante: eles haviam corrido com os cavalos
durante umas quatro horas seguidas, sem parar, e haviam acabado de encontrar um
lugar que julgavam seguro para descansar.
Estavam dentro
dos limites de uma outra floresta. Os cavalos haviam feito o trajeto para sair da
cidade e penetrado o bosque que circundava a estrada. O bosque acabara
conduzindo-os para uma floresta. O dia ainda não amanhecera.
- Pessoal,
descansem por uns vinte minutos, e depois partiremos novamente. – Louis fez-se
ouvir pelos companheiros. – Não podemos perder tempo! Ainda podem estar atrás
de nós.
Liam soltou um
suspiro cansado, e Niall nem respondeu, pois já havia cochilado, com a cabeça
repousando sobre o tronco de uma árvore. Harry lutava contra seu sono, mas seus
olhos estavam quase se fechando involuntariamente.
Enquanto Zayn
ainda gemia de dor, Louis sentou-se numa pedra para repassar os acontecimentos
das horas anteriores: eles haviam conseguido os sapatinhos de cristal, uma das orcruxes,
mas perdido o anel de poder, roubado por Sméagol no último momento.
E agora? Como
fariam para encontrar o anel?
Uma ideia lhe
ocorreu, de repente. Louis levantou-se da pedra e caminhou até Liam, a fim de
pedir-lhe o mapa com a localização das orcruxes. No entanto, percebeu que Liam
já havia tido a mesma ideia que ele.
- Já rastreei
Sméagol. – Disse o fazendeiro, olhando no mapa. – Ele não está muito longe
daqui, parece que resolveu fugir também...
- Quanto tempo
para alcançá-lo? – Louis perguntou.
- Umas três
horas, por enquanto. Mas ele continua se movendo. E muito rápido. – Liam apontou
a posição do anel de poder no mapa. – Mas não é apenas ele que se move.
- Como assim? –
Louis franziu o cenho.
- Olhe aqui! –
Liam apontou para o braço de mar entre a Irlanda e a Inglaterra. – Há uma
orcrux aqui, que se move do porto inglês até a costa irlandesa. Ela já foi e
voltou uma vez. Está no porto de novo agora. E trouxe consigo, na última
viagem, uma outra orcrux que estava marcada na Irlanda. – Liam apontou outro
borrão no mapa. – Esta orcrux que veio da Irlanda até aqui também está se
movendo, vindo mais para o interior da nossa Inglaterra.
- Que
estranho... – Louis raciocinou. – Porto, movimentação entre uma costa e
outra... Talvez uma das orcruxes esteja dentro de um navio...
- Sim,
suspeito que haja uma grande possibilidade de isso ser verdade... – Concluiu Liam.
– Mas também nunca vi um navio com tamanha velocidade para cruzar, ida e volta,
um braço de mar em tão pouco tempo! Questão de dias!
Ficaram em
silêncio, tentando absorver um pouco das informações.
- E então... –
Liam olhou para Louis. – Vamos atrás de Sméagol ou da orcrux que está vindo
mais aqui para o interior?
- Por ora,
seguiremos o rastro de Sméagol, que não está muito longe. – O cavaleiro deu a
palavra final e foi agitar os outros. O descanso já havia acabado.
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Eles se
embrenharam ainda mais pela floresta, o que dificultava a caminhada. Cavalgaram
por muitas horas sem fim. Niall dormiu sobre Potatoe basicamente a viagem
inteira. Liam e Zayn também cochilaram em alguns momentos. Louis, apesar de
extremamente cansado, batalhava com suas pálpebras, assim como Pin. Era por
volta das seis horas da tarde quando eles chegaram em uma parte da floresta
muito aconchegante.
À frente deles
havia um lago de porte médio e, ao lado do lago, uma rocha muito grande saia de
uma elevação do solo. A rocha tinha uma abertura frontal que se estendia um
pouco para o fundo, formando uma caverna.
Louis decidiu
que era ali que eles parariam para dormir aquela noite. Pin e Zayn entraram na
caverna para ver se não era habitada. Felizmente, não era.
Niall,
tropeçando de sono, amarrou as rédeas dos cavalos em uma árvore e ajudou Liam a
recolher os galhos para acender uma fogueira.
Liam olhou o
mapa e tentou deduzir a localização deles.
- Parece que
estamos no domínio da Floresta Avalon...
Niall, que
estava sonolento, levou um susto tão grande que seus olhos não poderiam ter
ficado mais abertos:
- Avalon! –
Ele berrou. – Não! Não deveríamos estar aqui!!!
- Por que não?
– Indagou Liam.
- No meu
vilarejo ouvimos muitas histórias sobre este lugar! Dizem que há seres místicos
aqui. Esta floresta é encantada... ou amaldiçoada!
- Mas... Que
tipo de seres? – Pin se aproximou.
- Seres de
todos os tipos! Seres bons e maus. Ninfas, fadas, duendes, anões, e até outras
criaturas que eu nunca ouvi falar em outras histórias, uns tais de curupira,
mula-sem-cabeça, boitatá, boto...
- Que coisa
estranha – comentou Zayn.
Eles então
ouviram um barulho gutural. Niall ficou arrepiado como um porco-espinho, e os
outros rapazes também estavam quase se cagando de tanto medo. Por fim, eles
seguiram a direção do som e ficaram aliviados: Era apenas o ronco de Harry, que
havia se deitado num canto da caverna e já estava adormecido.
Mais calmos,
eles retomaram a conversa:
- Essas coisas
não existem. – Declarou Louis. – Anões? Mula-sem-cabeça?! Por Deus.
- Não sei se é
muito bom pensar assim, Louis. – Disse Pin. – Pelo que todos vocês me contaram,
até um tempo atrás também não acreditavam em magia...
Louis ficou
quieto. Ele queria que não fosse verdade, mas Pin estava certo. Se perguntassem
para ele se achava que bruxas existiam há umas duas semanas, Louis diria que
não. Agora ele tinha no braço uma cicatriz de mordida de uma criatura chamada
Sméagol e marcas de unhas de uma bruxa no pescoço.
Anoiteceu e
todos eles foram dormir. A fogueira estava baixa, para não chamara atenção, e
havia sido acesa meio para dentro da caverna, para aquecer os rapazes. A copa
das árvores altas impedia a passagem da fumaça, protegendo-os de denunciar onde
estavam.
Niall foi o
primeiro a montar guarda, por ter dormido mais durante a viagem. Mas eu
mentiria se dissesse que ele permaneceu acordado, Quinze minutos depois do
início de sua vigília, ele estava desmaiado. E os rapazes ficaram sem alguém
que ficasse atento ao redor a noite inteira. Por sorte, nada de ruim aconteceu,
e Louis não pôde culpar o loiro pelo ocorrido ao levantar de manhãzinha.
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Quando Harry
acordou, Louis, Zayn, Liam, Niall e Pin estavam em volta da fogueira, que já
havia sido apagada, fazendo uma boa refeição, tirada da bolsa encantada que Dumbledore
entregara a Pin.
- Bom dia,
Bela Adormecida! – Saldou-o Louis. – Cara, você dormiu, hein!
Harry
respondeu com um resmungo mal-humorado, enquanto se sentava e tirava o que
desejava comer de dentro da bolsa.
Quando todos
terminaram de comer, agora que já estavam descansados, Liam tirou da boca de
todos a pergunta que não queria calar:
- E então...
Vamos ver os sapatinhos?
Pin se
levantou e foi até Khan. Os rapazes seguiram o chinês. Pin abriu uma bolsa onde
guardara os sapatinhos de cristal da Cinderela, ainda enrolados no pano com que
Louis, Harry e Zayn haviam os pegado.
Eles não
estavam mais quentes e Pin pegou-os com a mão, dando um para Louis e um para
Harry. Os sapatos estavam muito pesados, e Pin teve de fazer um esforço para
tirá-los da bolsa. Khan pareceu aliviado ao livrar-se do peso. Harry e Louis quase
deixaram os objetos caírem.
Durante a
viagem, eles haviam decidido que, para evitar que as orcruxes fossem roubadas
deles, como acontecera com o anel, acabariam destruindo-as o mais rápido
possível.
- E então... –
Niall agitou os ânimos... – vamos destruir essa coisa?
Todos
concordaram a cabeça, e o momento ocorreu como em câmera lenta: Harry e Louis
levantaram os dois sapatinhos acima de suas cabeças, e ao mesmo tempo.
Contaram até
três e os tacaram no chão.
O sapatinho
que estava com Louis espatifou-se no chão e partiu-se em mil pedaços. O que
estava com Harry, porém, permaneceu intacto, sem nenhum arranhão sequer.
Liam pegou o
sapato que sobrara e, com todas as forças, tacou-o no chão novamente.
Nada
aconteceu.
Louis tirou
sua espada e bateu diversas vezes golpes fortes e certeiros sobre o pequeno
objeto. Nenhum arranhão marcou o cristal.
Zayn pegou o
sapato e levou até a rocha da caverna. Ralou-o na parte mais áspera da pedra,
emitindo um zunido que causou aflição em todos.
Quando parou,
olhou o sapatinho: Novamente, nada havia acontecido. Ele estava exatamente
igual ao que era antes.
- Mas por que
não quebra!? – Niall estava nervoso.
Pin respondeu:
- Dumbledore
já havia nos avisado que a orcrux só seria quebrada com uma arma especial,
lembram-se?...
- Mas que
droga! - Desabafou Harry. – Esse Dumbledore
é muito esquisito. Sim, eu lembro que ele havia nos dito isso, mas não falou
que arma poderíamos usar para destruir as porcarias de objeto.
- Ele disse
que tinha de ser alguma coisa mais poderosa que o feitiço maligno contido na
orcrux. – Pin lembrou.
Harry ficou
nervoso:
- E por acaso
você sabe algum objeto que tenha esse poder?! – Rebateu ele, com desdém.
Pin não se
ofendeu com a frieza e amargura de Harry. Pegou o sapatinho, que estava com Zayn,
e analisou-os em suas mãos.
- Nós
precisamos pensar um pouco... Talvez, como essa floresta tem fama de ser
encantada, possamos encontrar algo mágico e poderoso que...
Harry
interrompeu o chinês, berrando descontrolado:
- AH, CALE A
BOCA! NÃO HÁ NADA QUE POSSAMOS FAZER! E NEM PENSE EM FICAR FAZENDO INVOCAÇÕES
DE FADAS DE NOVO! SE NEM DUMBLEDORE, QUE PARECE SER UM SUPER BRUXO, CONSEGUIU
ACABAR COM UMA ORCRUX, DUVIDO QUE UMA FADA FAÇA MELHOR! – E dizendo isso, antes
que Pin pudesse repreendê-lo, Harry pegou o sapatinho das mãos do chinês e tacou-o
na água, de tanta raiva.
- Harry! –
Louis deu um tapa no rosto do colega e depois segurou os ombros de Harry. –
Controle-se! Não podemos ficar nervosos diante dessa situação. Temos que
pensar!
- Não o culpe!
– Pin colocou a mão sobre o braço de Louis, para que ele parasse de balançar
Harry. – Ele não está dentro de si. É a orcrux que está fazendo com que ele
fique assim.
- O quê?! – As
sobrancelhas de Liam se uniram.
Pin suspirou e
começou a explicar:
- Logo que Dumbledore
me encontrou, foi atrás do anel, enquanto me deixava cuidando da lojinha em
Hogwarts. Eu não o conhecia muito bem, mas conhecia suficientemente para saber
de seu temperamento: Sempre muito calmo e sereno.
“Quando ele
voltou da viagem, me mostrou o anel. Depois disso, as coisas continuaram
normalmente, mas, uns dois dias após seu retorno, percebi que estava impaciente
e irritado, e foi até grosseiro comigo.”
“Na noite
seguinte, eu acordei assustada... digo, assustado, com gritos vindos do quarto
dele. Corri até lá, e ele se contorcia todo. Estava de olhos fechados, tendo um
pesadelo, mas suas mãos estavam em volta de seu pescoço, sufocando-o. Corri
para acordá-lo e, quando fiz isso, o suor escorria por sua testa, e ele
continuava assustado, fora de si. Ficou encarando a parede em frente a ele por
um bom tempo.”
“Continuava
preocupado, então me aproximei devagar, e toquei em seu ombro. Isso foi um
grande erro: automaticamente, a mão dele virou e me bateu com força na face.”
“Caí no chão,
e levei a mão à bochecha: ela sangrava, um corte feito pelo anel que estava no
dedo de Dumbledore.”
“Tudo, então,
fez sentido para mim. Percebi que ele estava agindo esquisito daquela forma
desde quando voltara da viagem com o anel.”
“Então pulei
em cima dele, e foi difícil, mas finalmente consegui fazer com que o anel
escorrega-se para fora de seu dedo.”
“Naquele
momento, ele, que havia se levantado para me bater, parou abruptamente,
retornando a si. Sentou-se na cama e começou a chorar. Ele me contou como se
sentia desesperado enquanto estava com o anel. A orcrux faz de quem a possui um
prisioneiro de seus piores pesadelos. É por isso que Dumbledore advertiu que
ficássemos trocando o anel entre nós diariamente.”
- Mas... – Zayn
perguntou quando Pin terminou a narrativa. – Você é quem estava segurando a
orcrux, não o Harry. Então, por quê...?
Pin respondeu de
imediato:
- A orcrux não
estende sua maleficência exclusivamente para quem a porta. Ela pode escolher o
alvo que quiser, normalmente aquele que está mais frágil no momento, ou
passando por algum problema que possa estar deturpando seu emocional. Talvez Harry
possa estar se sentindo um pouco mais tenso com a situação do que os outros de
nós. Por isso ela está tentando exercer sua influência para ele.
- De fato, estou
me sentindo um pouco angustiado desde que fugimos do castelo... – Comentou Harry,
que já estava se sentindo um pouco mais calmo simplesmente pelo fato de a
orcrux estar dentro d’água, mais longe dele. – Mas não sinto que estava mais
tenso que vocês. É claro, quase ser morto por uma bruxa deixa qualquer um
tenso, mas eu sempre tive consciência de que a decisão de embarcar nessa missão
era minha. E eu nunca me arrependi disso, nem pretendo voltar atrás.
- Mas, então,
por que o Harry?! Se ele está no mesmo nível de fragilidade que qualquer um de
nós, por que a orcrux o escolheria?
- Talvez ela
pudesse ter escolhido qualquer um... Aleatoriamente. – Ponderou Niall.
- Ou... –
Comentou o sábio Pin. – Harry é a chave para algo maior do que ele mesmo
pensa...
Harry franziu
a testa. Aquilo era muito estranho para ele. Pensar que pudesse ser mais fraco
que seus colegas, ou mais especial...
Harry não pôde
pensar muito mais. Naquele instante, as águas do lago começaram a borbulhar.
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Oi gente, td bem? Desculpa não ter publicado antes,
sabem como é... Escola voltou e tenho de ler um livro insuportável chamado
Macunaíma.
Desejem boa sorte pra mim, a prova é semana que vem e minha média de
leitura é três páginas por dia! :o :(
Continuo com três comentários.
Bjs
Elissa :)
Elissa, eu te amo mas se vc ñ posta o próximo cap eu te arrebento inteirinha
ResponderExcluirBjs Lele
Continua!
ResponderExcluirLindinha! eu vou morrer se vc nao postar o proximo logo!
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