Capítulo 31 - O Flautista de Hamelin

Capítulo 31 – O Flautista de Hamelin

Harry, Liam, Louis, Zayn, Niall e Pin finalmente haviam chegado ao vilarejo de Hamelin. Estavam seguindo o rastro do Sméagol havia cinco dias. O Sol estava a pino e deveria ser por volta de onze horas da manhã.

Liam olhou o mapa das orcruxes: Sméagol já havia passado por Hamelin, mas havia uma outra orcrux ali. Ela viera da Irlanda, chegara ao porto inglês e se dirigira ao vilarejo. Sua marca pairava fixamente sobre Hamelin há cerca de dois dias.

- Pois é, pessoal... – Começou Liam. – Isso vai atrasar nossa caçada à Sméagol, mas precisamos achar a orcrux que está aqui em Hamelin.

- Pode deixar comigo! – Disse Harry, todo exibido, o ego inflado pela sua recém-descoberta linhagem arturiana.

- Se liga, Harry! – Louis deu um tapa na cabeça do amigo, repreendendo-o pela metidez.

- O.k., mas será que podemos comer primeiro? – Niall se manifestou.

- Acabamos de comer, Niall! – Disse Zayn. Depois, expressou um pensamento em voz alta. – Hamelin...? Esse nome não me é estranho...

Continuaram discutindo até que Zayn decidiu ir comprar um par de botas novo, pois estava usando um sapato improvisado desde que Sméagol lhe arrancara a bota em Cynder. Liam e Louis foram procurar um local para passarem à noite. Todos estavam cansados de dormir recostados em troncos de árvores ou chãos de cavernas. Seria bom repousar em um leito confortável, para variar.

Pin, Niall e Harry decidiram fazer um reconhecimento da vila, a fim de encontrarem algum vestígio da orcrux ali presente.

- E então Pin... – Começou Harry. – Você, que é o mais cabeça aqui do nosso grupo... Faz ideia de onde possa estar a bendita da orcrux?

Pin balançou a cabeça negativamente.

- Não faço ideia de onde possa estar uma orcrux neste vilarejo. Pode ser qualquer coisa... Onde está o medalhão, Harry? – Pin lembrou-se do objeto localizador repentinamente.

- Está com Louis. – Respondeu Niall, prontamente.

- Ora, então vamos voltar para peg... – A voz de pin foi cortada por uma melodia que surgiu de repente. Era um som triste, melancólico, e extremamente desafinado.

- Mas o que é isso?! – Niall tapou os ouvidos.

Harry virou-se para procurar a direção do som. Logo encontrou o que procurava: Sentado no chão, recostado à parede de uma casa, uns quatro metros adiante, havia um homem rechonchudo, com cabelos escuros e traços orientais, tocando – ou tentando tocar – uma flauta.

- Ih, ó lá Pin! Encontramos um parente seu! – Harry virou-se novamente para provocar o chinês.

Pin estreitou os olhos, o que rendeu uma outra piada de Harry.

- Haha, se ficar com mais raiva seu olho some!

Pin ignorou o assunto e começou a observar o oriental. Ele parecia saber manejar muito bem uma flauta, pelos movimentos que fazia com as mãos. Entretanto, o som que saía do instrumento não poderia ser mais doloroso aos ouvidos. Ao lado dele, a capa da flauta estava aberta, na tentativa de quem alguém lhe desse alguma esmola.

“Um mendigo tocador de flauta?”, estranhou o chinês. O sujeito parecia demasiadamente bem vestido para ser um mendigo, e sua flauta era belíssima, negra e ricamente ornada de entalhes prateados. Um mendigo jamais conseguiria comprar uma flauta como aquela.

E por que ele continuava tocando? Era evidente que o próprio músico sabia que sua música era horrível. As pessoas em volta já xingavam, e ele ainda assim persistia, na tentativa de arranjar algum dinheiro.

Em certo momento, um garoto mal-educado apareceu e jogou no pobre músico um tomate enorme, que o acertou bem em cheio no olho esquerdo. Ele automaticamente parou de tocar e levou as mãos ao rosto. As pessoas em volta, ao invés de se compadecerem dele, gritaram palavras de aprovação ao gesto do garoto.

Inconformado com as atitudes dos moradores daquele vilarejo, Pin correu até o oriental.

- O senhor está bem? – Mulan ajoelhou-se ao lado dele, esquecendo-se de fazer sua voz masculina.

- Ah, estou sim, querida... – O músico estava com o olho esquerdo coberto pela mão, e abriu o direito para ver a quem pertencia a alma graciosa que o ajudava. – Ah, desculpe, quero dizer, querido...

Mulan lembrou-se do seu disfarce. Harry e Niall já estavam bem atrás dela agora. Ela pigarreou e voltou a ser Pin.

 - Está machucado? Mas que estupidez a daquele garoto! – Mulan ergueu-se e estendeu a mão para ajudar o músico a se levantar também.

                - Obrigado, meu jovem. Mas estou bem. – Ele sorriu, afastando a mão do olho ferido, claramente tentando esconder a dor. Quando fez isso, Mulan não conseguiu conter uma exclamação de horror (um tanto afeminada), que lhe rendeu olhares estranhos de Harry e Niall.

                A região acertada estava totalmente roxa. Havia sido uma jogada muito forte. O olho já puxado do oriental não conseguia nem se abrir.

                - Nossa! Está muito feio! – Disse Harry.

                - Pin, você tem algum remédio pra ajudar este senhor? – Niall perguntou, cheio de dó.

                Pin foi até Khan e abriu uma das bolsas que estavam no lombo do cavalo, procurando alguma coisa. Enquanto isso, Niall e Harry tentavam acolher o recém-humilhado músico.

                - Como o senhor se chama? – Quis saber Niall.

                - Oh, desculpem-me, nem me apresentei, não é mesmo? Meu nome é Park Jae-Sang, mas todos me conhecem por PSY.

                - PSY? Ouviu Pin, sai! – Harry foi o único que riu estrondosamente da própria piada. Contudo, sua curiosidade era outra... – Então, cara, vem cá, você é chinês ou japonês?

                PSY riu.

                - Na verdade, eu sou mesmo inglês, nasci e moro aqui neste vilarejo, mas tenho ascendência sul-coreana.

                Niall assentiu e perguntou:

                - Onde fica a Coreia do Sul?

                - Dããããããã! – Harry se manifestou, indignado. – Seu ignorante! A Coreia fica do lado da Espanha, entre o Japão e o Egito! Você é ruim de geografia, hein!

                - Ele não é o único... – Disse Pin ironicamente, se aproximando com um vidrico e um pano fino na mão.

                - O que quer dizer com isso? – Harry perguntou, mas o questionamento ficou pairando no ar.

                Pin abriu o vidro com um líquido incolor e molhou a ponta do pano nele, logo em seguida passando-a em volta do arroxeado no rosto de PSY. Quando terminou, o coreano o agradeceu.

                Pin sorriu.

                - Podemos te acompanhar até sua casa?

                PSY suspirou, triste.

                - Eu adoraria, se eu tivesse uma casa.

                - Ué, mas você não disse que havia nascido e que morava aqui? – Harry estava absurdado.

                - Sim, eu disse.

                - Então... – Harry encorajou PSY a explicar a situação.

                - Pessoal, achei vocês! – A voz de Zayn irrompeu de repente. – Vocês não vão acreditar! Eu tinha acabado de comprar um par de botas novo, quando passei por uma loja de souvenirs e me lembrei de onde já ouvira falar em Hamelin! Vocês lembram da história de um homem com uma flauta que livrou uma cidade inteira de uma infestação de ratos? Então! Estamos falando do Flautista de Hamelin!

                A lembrança da história infantil repentinamente apareceu na mente de Pin, Niall e Harry, e, automaticamente, nenhum deles pôde evitar deixar de olhar para PSY e sua flauta.

                Ao mesmo tempo em que os olhos se cravaram no músico sul-coreano, outras duas vozes ressoaram pelo local:

                - Gente, finalmente achamos vocês! – Berrou Louis, se aproximando com Cenoura, Liam e Meg.

                Ele ia falar mais alguma coisa, quando percebeu que todos os olhos que o observavam baixaram de seu rosto à sua camisa, ou melhor, ao brilho esverdeado intenso que emanava de algum objeto abaixo dela: o medalhão localizador de orcruxes.

                Novamente, ninguém pôde evitar o desvio de olhares do brilho verde sob a camisa de Louis para PSY e sua flauta.

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Puxa, gente! Há quanto tempo, não é?

Primeiramente, gostaria de pedir um milhão de desculpas :( Desde a segunda semana de agosto, estou tendo provas todos os dias, e finalmente, elas acabaram (bem, quase... falta apenas uma), e, por causa disso, fiquei sem tempo para escrever. Na realidade, quando eu tinha tempo,ou estava muuuuuito cansada, ou tinha de ler algum livro. Para vcs terem uma ideia, em um mês eu fiz provas de quatro livros: Macunaíma, Vidas Secas, Sentimento do Mundo e Fortaleza Digital. Então, peço que me perdoem. Durante as aulas é realmente muito difícil para mim escrever o que quer que seja, mas eu tentarei fazer um esforço e publicar mais capítulos, ok?

O que acharam do meu flautista haha? 

Continuo dom seis comentários, ok?
P.S.: O trocadilho PSY - Pin, sai tem crédito atribuído à minha irmã mais nova, Elena. O resto das piadas bestas é minha.

Bjs

Elissa