Capítulo 36 - As Aparências Enganam

Capítulo 36 – As Aparências Enganam

Liam passou o resto daquela noite confortando sua nova amiga. Ele lhe entregou o frasco com o líquido destruidor de orcruxes que encontrara ao lado dela no chão do bosque. Ela lhe contou sobre a mágica poderosa do líquido, e Liam ficou extasiado. Finalmente uma solução benéfica a todos!

Contudo, quando perguntada pelo fazendeiro sobre a origem daquele líquido, Mulan mentiu. Ela achou melhor omitir o trato obscuro que fizera com um ser das trevas. Disse que Dumbledore o enviara como sua resposta, em uma carta que explicava que ele havia desenvolvido o líquido recentemente.

- Kevin me entregou, na verdade, pouco antes de as bruxas me atacarem...  

- Ah, sim, por Kevin! – Liam assentiu. – Aliás, foi ele que me avisou de que algo poderia estar errado. Veio voando de repente, meio agitado. Aí eu fui atrás de você.

Na manhã seguinte, os outros meninos fizeram estardalhaço logo que “Pin” saiu do quarto. Encheram-lhe de perguntas, e Pin contou toda a verdade, escondendo apenas as partes do pacto com o duende maluco e, claro, da descoberta de Liam.

Assim que ouviram falar das propriedades do líquido enviado por Dumbledore, todos foram ao encontro de PSY e de sua flauta.

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- Ai meu Deus, eu não consigo olhar! – Harry virou a cara, enquanto Pin inclinava o frasco, para deixar algumas gotas do líquido caírem sobre o instrumento de ofício de PSY.

Estavam na casa do flautista. Era bem pequena, mal cabiam todos eles lá dentro.

Louis colocara a flauta no chão, e todos cercavam o objeto – a não ser Harry, claro.

Quando algumas gotas tocaram a superfície da flauta, um som gutural começou a ser ouvido bem baixo, para depois ir aumentando de intensidade gradativamente até atingir a qualidade de um grito extremamente agudo. Todos taparam as orelhas com a sinfonia ensurdecedora.

Fumaça começou a sair da flauta, uma fumaça negra, e ela permaneceu pairando até que uma ventania forte soprou, vinda do instrumento, cessando com ela o grito horrendo.

Quando a ventania enfim parou, todos voltaram a se concentrar na flauta. Ela parecia perfeitamente normal. Hesitante, Zayn foi até ela e a pegou, largando-a logo em seguida.

- Ai! – Ele exclamou. – Está quente!

- Ela deve ter esquentado quando sentiu que ia ser destruída. – Sugeriu Niall. - Lembram-se? Orcruxes são feitiços vivos, e maus.

- Então não deu certo? – Harry preocupou-se.

- Só há uma maneira de descobrir. – Louis disse. Ele esperou alguns intantes e tentou pegar a flauta. Ela já estava mais fria. Entregou-a a PSY. – Toque-a.

PSY estava suando quando levou a flauta à boca. Ninguém conseguiu respirar por um instante.

Ele começou a tocar, e uma belíssima melodia chegou aos ouvidos de todos.

Sim! Eles haviam conseguido!

PSY começou a chorar de felicidade, abraçando a todos.

- Eu... Eu não sei como lhes agradecer! – Falou, emocionado.

- Não precisa nos agradecer. – Disse Liam. – Desculpe a franqueza, mas não estamos fazendo isso por você, exatamente...

- Ah, sim, mas esperaram até o último momento para quebrar o feitiço. Se não estivessem preocupados comigo, teriam destruído minha flauta logo que chegaram.

Nenhum deles negou. Aquilo era verdade.

- Ah! – PSY exclamou. – Já sei como agradecê-los! – O coreano correu até uma cômoda em sua pequena salinha e voltou trazendo um pequeno saquinho de seda nas mãos, amarrado com uma delicada fita de cetim. Ele abriu o saquinho e despejou o conteúdo na mão de Louis.

Eram cinco feijões.

- Ah... Puxa, senhor, obrigado pelos... feijões... – Disse Louis, embaraçado e um pouco surpreso pelo presente, sem querer parecer mal-agradecido. Mas, ainda assim... Feijões? Quem presentearia alguém com feijões?

PSY entendeu o olhar de Louis e sorriu com malícia.

- Uma das maiores lições que podemos aprender na vida é que nem tudo é o que parece... – Nesse momento, Liam não pôde evitar olhar para Pin. Harry percebeu o olhar. PSY prosseguiu. – Use-os quando precisar subir bem alto. – Com isso, PSY fechou a mão de Louis sobre os feijões.

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Após se despedirem de PSY, os rapazes se dirigiram à sua hospedaria, a fim de recomeçarem viagem em minutos.

Arrumaram todos os seus pertences, vestiram roupas bem frescas e recentemente lavadas – pois o sol estava muito forte – pagaram e foram ao estábulo pegar seus animais.

No recinto, Liam analisou o mapa com a localização das orcruxes. Duas delas já haviam sido destruídas. Restavam quatro pontos no mapa.

- Pois é... Com o tempo que perdemos aqui, perdemos também a pequena distância que nos separava de Sméagol. Ele atravessou a costa e está agora na Irlanda.

- Bom, nós temos que ir pra lá de qualquer jeito... – Louis tentou se confortar, sem muito sucesso. – Nós o encurralaremos em solo irlandês.

- Ok. – Concordaram todos.

- Então, para onde vamos agora? – Quis saber Niall.

Louis sorriu e apontou o próximo lugar marcado de preto no mapa, indicando a próxima orcrux.

- Nós vamos para o porto.

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Caroline sentiu mais uma vez a dor de cabeça lancinante. Contudo, aquela foi tão forte que a derrubou no chão.

Ela estava em seu quarto, e sentiu-se fraca. Demorou uma eternidade para que ela conseguisse se erguer, as pernas bambas.

Apoiando as mãos em sua penteadeira, ela olhou para o espelho. Seu rosto foi refletido. Ela estava pálida, os olhos sem brilho.

Que mal estar repentino lhe afligira? Semelhante ao ocorrido na semana anterior, porém mais intenso.

Ela de repente compreendeu. Seus olhos se esbugalharam. Não podia ser!

Ela chamou pelo Espelho.

- Sim, Vossa Malvadeza... – Ele logo apareceu.

- Mostre-me o sapatinho de Cristal da Cinderela! – Ela ordenou.

- O sapatinho de Cristal? Por qu...?

- MOSTRE-ME AGORA! – Ela berrou.

O Espelho obedeceu, e em sua superfície de repente surgiu a figura de um bosque. No chão, estilhaços de Cristal estavam espalhados sobre folhas mortas.

- Não... – Ela disse. – Mostre-me a flauta!

Espelho novamente a obedeceu, e a figura de um oriental alegre apareceu na superfície do espelho. Ele tocava uma flauta e em volta dele todos dançavam alegres ao som da bela melodia.

- NÃO! – Caroline gritou, aflita e cheia de ódio. – COMO ELES PODEM TER DESCOBERTO ISSO?

- Vossa Malvadeza está bem? Parece meio pálida...

- EU PAREÇO BEM, ESPELHO ESTÚPIDO? IMPRESTÁVEL, SÓ SERVE PARA ME MOSTRAR DESGRAÇAS!

- Desculpe. – O espelho emudeceu, irritado com o constante mau-humor de Caroline.

- Se isso continuar acontecendo, a profecia poderá se cumprir. Preciso destruí-los antes que eles me destruam. Espelho, encontre-os.

- Vossa Malvadeza, há quatro pontos hostis se locomovendo para a mesma direção, como você sabe. Todos eles já foram atacados anteriormente.

- Então ordene que meu exército os ataquem novamente. Não quero nenhum deles vivos até chegarem a... Aonde todos eles estão indo?

- Para o porto, Vossa Malvadeza.

Caroline sorriu. Acabava de ficar mais tranquila.

- Hahahaha. Ordene novos ataques. Quero todos mortos. Contudo, se algum deles sobreviver até a chegada ao porto, decerto nenhum conseguirá passar o canal até aqui. E então, finalmente, eu poderei dormir tranquilamente em tanto tempo...

- Sim... – Espelho suspirou. – Vossa Malvadeza... Seu desejo... É uma ordem...

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Oi gente, td bem?

Este capítulo estava gigante, então eu decidi cortá-lo em alguns pedaços, ok?

Os três príncipes já vão aparecer no próximo, então, aguardem *-----*

Continuo com cinco comments

:)

Bjs

Elissa