quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Capítulo 39 - O Preço da Maldade

Capítulo 39 – O Preço da Maldade
- E a quem devo congratular pelo fechamento do pacote? – Disse Jack, olhando o rapaz que lhe oferecera QUINHENTAS moedas de ouro para uma viagem simples como aquela.
                - Lautner. Príncipe Taylor Daniel Lautner, herdeiro do trono de Twilight.
                - Acordo fechado. – Jack estendeu a mão para apertar a de Taylor, e Louis já ia protestar, quando uma outra voz se elevou por trás do grupo do príncipe.
                - Espere! Eu posso lhe oferecer quinhentas moedas de ouro, tecidos finos de seda, joias raras, especiarias e o quer mais sua mente puder imaginar.
                A oferta dada pela nova voz surpreendeu e agradou muito a Jack.
                - E com quem estou negociando tamanho pagamento? – Perguntou o capitão na maior cara de pau, recolhendo a mão que antes iria apertar a de Taylor.
                - Príncipe Logan Lerman, senhor. – E, com isso, uma figura não muito alta, mas de porte firme e elegante, irrompeu de trás dos acompanhantes de Príncipe Taylor.
                - O BASTARDO?! – Berrou Harry, todo molhado pelo cuspe de Jack. Em resposta, Louis lhe deu um belo peteleco na orelha.
                Logan olhou irritado para Harry.
                - Eu não sou bastardo. Meu pai é o maior dos reis que já existiram nessa terra.
                - Você acredita mesmo nisso? – Um dos acompanhantes de príncipe Taylor, que vestia a armadura com o brasão de Twilight, perguntou rindo.
                - Cala-te se não tens nada de útil a acrescentar aqui, comandante. – Taylor repreendeu o homem. – Acaba de ser rebaixado.
                O homem aquietou-se a contragosto. Acabara de aprender uma grande lição: em boca fechada não entra mosca.
                - Voltando ao assunto, senhores... – Jack surgiu de mansinho. – Sr. Vossa Alteza Excelência Príncipe da Realeza ou sei lá como vocês se referem a vocês... Sr. Príncipe Logan, acordo fechado. Eu posso leva-lo até onde quiser.
                - Quero que acomode um grupo de dez até a costa irlandesa o mais depressa possível.
                Taylor ia abrir a boca para protestar, quando Louis o fez primeiro:
                - Você não pode leva-lo! – O cavaleiro disse a Jack. – Eu cheguei primeiro!
                - Desculpe, meu jovem, mas os ricos dominam o mundo...
                - Você não entende! – A voz de Louis era cheia de ódio, em parte desencadeada pela presença dos príncipes, em parte pela recusa de Jack a sua oferta. – Eu estou atrás de uma garota muito importante!
                - Todos estamos... – Jack disse em resposta.
                - Pois é... – comentou, inutilmente, Harry. O que, lógico, resultou em um pedido de cala boca de Louis.
                - EU A AMO, E ELA TAMBÉM ME AMA! ELA FOI SEQUESTRADA!!! É UMA PRINCESA! EU PRECISO SALVÁ-LA. ELA ESTÁ ESPERANDO POR MIM!
                - Desculpe, mas o galo mais forte é que ganha a briga...
                - ORA SEU...!!! – Louis agarrou Jack pelo colarinho. O bucaneiro se assustou e arregalou os olhos. – Escuta aqui... – Louis disse, o rosto colado no dele. – Ou você me atravessa agora por este canal, ou...
                Ele foi interrompido por Taylor, que o afastou de Jack.
                - Como assim atrás de uma princesa? Você...? – Taylor estreitou os olhos, observando atentamente o rosto de Louis. – Eu conheço você. Você é de Cowell.
                - Sim, eu sou.
                - É filho de Mark, o chefe dos cavaleiros de Cowell! O que está fazendo aqui?!
                - O mesmo que vocês dois estão fazendo.
                Taylor franziu as sobrancelhas. Dessa vez foi a vez de Logan perguntar:
                - Mas por que está tentando resgatar a princesa? Rei Simon mandou você com um grupo paralelo?
                - Você não ouviu? Eu a amo. – Louis disse, ríspido. – Isso não tem nada a ver com Rei Simom. Eu estou aqui por livre e espontânea vontade.
                - Sozinho?! – Taylor surpreendeu-se.
                - Inicialmente, eu estava sozinho. Mas ao longo do caminho encontrei mais cinco rapazes idiotas que compartilham da minha loucura. E temos passado maus bocados até aqui, quase morremos dezenas de vezes. Por isso, eu não vou deixar que o meu improvável sucesso até aqui seja atrapalhado por dois príncipes mimados e metidos que estão tentando resgatar uma mulher que nunca viram na vida, para, ainda por cima, se forem bem sucedidos, casarem-se com ela! EU NÃO VOU DEIXAR!
                Harry pôs a mão no ombro de Louis.
                - Controle-se, amigo...
                Normalmente Louis teria gritado com Harry, mas acatou a sugestão do amigo e foi respirando devagar. Quando sentiu que ele estava mais calmo, Taylor continuou:
                - Lamento, mas você não foi o único a passar maus bocados até aqui. – Logan concordou com Taylor. – Você se lembra de que saí de Cowell com um exército gigantesco de homens e cavaleiros? Pois é, esses senhores que se encontram atrás de mim são tudo o que sobrou daquele grupo imenso. – Louis arregalou os olhos de espanto e observou os sete homens prostrados às costas de Príncipe Taylor. Este prosseguiu – Fomos atacados muitas vezes por criaturas que eu não julgava poderem existir. Não sei se o que você tem enfrentado é semelhante, mas eu acho que, se assim o for, eu tenho o direito de continuar minha missão tanto quanto você.
                - Também fomos atacados. – Disse Logan. – E, como Taylor, os dez homens que mencionei são os sobreviventes da minha comitiva.
                Louis sentiu um forte aperto no coração. Subitamente, ele lembrou-se de Dumbledore dizendo que eles tinham um pouco de sorte, pois Caroline teria de dividir sua força entre quatro pontos que representavam forças contra ela. O grupo de Louis era menor, mas evidentemente mais preparado. Eles sabiam de uma profecia, possuíam um livro de feitiços, o diário do bisavô de Liam, remédios, comida farta da bolsa encantada de Pin, chá para ficarem invisíveis, um localizador de orcruxes e instrumentos para destruí-las, a ajuda de um bruxo bom, e motivações penetrantes. Nada disso tinham Taylor e Logan.
                - Por que não desistiram ainda? – Harry perguntou, adivinhando os pensamentos de Louis.
                Taylor suspirou, e respondeu:
                - Tentador... Mas eu não serei visto como um príncipe covarde. Prefiro morrer em busca da princesa a recuar e morrer desonrado aos noventa anos.
                - E eu já tenho problemas o suficiente com a minha ascendência. Não posso desistir, como disse Príncipe Taylor. Com o sucesso desta missão, busco me auto afirmar através da provação, e passar a ganhar o respeito que minha história de nascença tira de mim.
                Louis entendia os motivos deles, mas ainda assim não eram nada comparados aos dele, mais puros e mais sinceros. Nenhum deles amava a princesa de verdade. Provavelmente, quando haviam aparecido em Cowell algumas semanas antes, fora apenas para tentar garantir um laço de união que fortalecesse seus reinos.
                Enquanto Louis pensava, Harry falou, atraindo a atenção de todos:
                - Mas vocês não podem ir! Vocês não estão na profecia, Louis é que está!
                Tanto Jack, que permanecera calado, quanto Taylor e Logan viraram-se para encarar Harry e Louis.
                - Que profecia? – quis saber Taylor.
                Louis olhou o amigo pelo canto do olho, com raiva. Entretanto, após a pergunta de Taylor, passou a congratular secretamente o amigo pela genialidade. Um plano começava a se formar em sua mente. Era óbvio que eles haviam perdido a batalha na negociação do navio. Entretanto, se Louis fizesse os príncipes acreditarem que precisavam dele, o que não deixava de ser verdade, eles o levariam até a costa irlandesa. E Louis agora tinha tudo dentro de sua cabeça. Era só uma questão de manipular as jogadas.
                - Meus cavalheiros, parece que não estão totalmente cientes das proporções da própria missão em que estão... – Começou o cavalheiro, a fim de relatar-lhes tudo o que fora descoberto até então.
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                - Então eu sou a princesa da profecia. E Caroline me sequestrou apenas para atrair aquele que eu amo, para mata-lo durante sua jornada de resgate, porque ele é dito como aquele que vai matar Flack.
                - Exato! – Espelho sorriu, confirmando com a cabeça.
                - Minha nossa! – Eleanor levou a mão à cabeça, sentindo nela uma dor forte de repente. Era muito para assimilar. Ela se sentia horrível por estar atraindo Louis. Começou a chorar.
                - Calma, calma! – Disse Espelho. – Você está com sorte, em parte. Há quatro grupos de busca procurando por você no momento.
                - Quatro grupos de busca?
                - Sim, e ela não sabe qual dos grupos contêm aquele que você verdadeiramente ama. Por isso, ela tem dividido suas forças, e isso enfraquece os ataques a cada grupo. Ainda estão, quatro homens em especial, vindo desesperadamente atrás de você.
                Eleanor pensou em quem poderiam ser os outros três homens à sua procura. Uma pergunta lhe ocorreu.
                - Você não pode mostrar a ela o rosto daquele que me ama, se ela o pedir?
                - Na verdade, não. Espelhos só podem mostrar pessoas cuja identidade seja totalmente conhecida. Eu não consigo vê-los sem seus nomes, nem mesmo seus rostos. Apenas posso localizar suas rotas.
                Eleanor assentiu, compreendendo a importância de não pronunciar o nome de Louis.
                - Por que está me ajudando? – Ela perguntou a Espelho.
                Ele suspirou e disse-lhe:
                - Eu já disse, não sou mal. Além disso, estou farto daquela chatonilda amargurada achando que pode ficar me dando ordens e me ridicularizando quando quer. Se ela for derrotada, eu posso sair desse espelho. Todos os feitiços de uma bruxa se quebram quando ela é morta. O mesmo acontece com os feitiços de sua ascendência, se ela for a última sobrevivente da família, o que, na realidade, devido a caçada de bruxas há mais de cem anos, ela é. – Ele fez uma pausa. – Quando todos deram Flack por morta, na época de seu avô ou bisavô, eu era o único que sabia que, em algum lugar, ela ainda estava viva, porque eu não fui libertado de minha prisão espelhada. Ela usou-se de orcruxes, que são divisões da alma dela, para conseguir sobreviver.
                - Orcruxes?
                - Sim. Caroline fez sete orcruxes de si mesma e, quando foi “assassinada” pela primeira vez, usou uma delas para poder voltar à vida e à sua forma orginal. – Disse Espelho, e explicou melhor para Eleanor. Depois, continuou. – Orcruxes são muito difíceis de fazer. É um feitiço muito forte, que requer algumas horas de preparo ininterruptas, em um ritual macabro que, além de tudo, pede um sacrifício daquele por quem é preparado.
                - Um sacrifício que Caroline aceitou fazer sete vezes? E qual seria ele?
                - Entregar parte de sua juventude. Todas as criaturas mágicas mulheres nascem com o “dom” da juventude, sejam elas fadas, ninfas ou bruxas. A questão é que há algumas maldades terríveis que cobram a juventude como preço. Por isso, o dom, se mal usado, acaba se convertendo em maldição, e uma grande parte das bruxas acaba ficando com a aparência de muito velha. Então eu garanto que, quanto mais idade aparentar ter uma bruxa, pior ela é. Esse é o motivo de ter-se espalhado pelo mundo que as bruxas más são velhas e feias. – Espelho esperou Eleanor absorver a informação e continuou.  - Cada vez que uma bruxa faz uma orcrux, ela envelhece, e consideravelmente, pois esse é um feitiço muito mau e muito forte, já que engana a própria morte, aquela inabalável de quem até as bruxas têm medo.
                - Minha nossa...
- Pode reparar que Caroline não aparenta ser tão jovem como algumas bruxas o são. Além disso, o feitiço é tão maligno, que os anos puxados são aqueles correspondentes ao “número” da orcux, por exemplo: quando você faz uma orcrux, você perde um ano. Duas, dois anos, três, mais três anos, e assim por diante. Quanto maior sua ambição, maior o seu pagamento. Se somarmos os anos que Caroline já perdeu, teremos: 1+2+3+4+5+6+7 = 28 anos perdidos.
                - Minha nossa, e quantos anos ela tinha quando fez as orcruxes?
                - Ela tinha aparência de vinte.
Eleanor fez as contas. Flack contava atualmente com a aparência de uma mulher de 48 anos.
                - Então ela tem 48 anos agora?
                - Ah, não, minha querida. Isso é o que ela aparenta ter. Sabe, o problema das pragas é que elas nunca parecem morrer, não é mesmo? Caroline já tem 234 anos de idade.
                Eleanor até engasgou. Meu Deus!
                A princesa estava pasma com a quantidade de informações a que havia sido submetida. Tudo era muito maior do que ela supunha.
                - E não há nada que eu possa fazer para ajudar? – quis saber a princesa.
                - Bom... Por ora, é aconselhável que permaneça como está. Não deixe Caroline saber que você sabe de tudo isso. Ela está nervosa. Acabou de descobrir que tem um grupo que sabe sobre suas orcruxes, e duas delas já foram destruídas.
                Os olhos de Elenor brilharam.
                - Isso é maravilhoso! – Ela exclamou. – Mas como ela descobriu isso?
                - Ela já sentiu duas grandes indisposições, e foi quando começou a suspeitar. Mandou que eu lhe mostrasse as orcruxes, e encontrou duas destruídas. Além disso, algo está acontecendo, como um efeito colateral.
                - Um efeito colateral?
                - Sim. Como se cada orcrux destruída e não usada a fizesse envelhecer mais alguns anos... Imagine: ela já usou uma das orcruxes, a primeira delas. Então, quando a segunda e a terceira orcruxes foram quebradas, ela envelheceu 2+3 anos, ou seja, cinco anos. É possível ver ao redor dos olhos dela. As rugas estão aumentando. Os cabelos estão se esbranquiçando na raiz. Se os outros pedaços de alma forem destruídos, ela perderá um total de mais 27 anos.
                Eleanor compreendeu tudo. O melhor que podia fazer era fingir que não sabia de nada. Ela olhou para Espelho e sorriu.
                - Obrigada.
                - Não há de quê. – Ele sorriu. – Além de tudo, eu gostei de você. Tenho que ir agora, Caroline está me chamando em algum espelho. Se quiser conversar comigo de novo, bastar encontrar alguma superfície espelhada e dizer “Espelho, Espelho meu...”
                Eleanor concordou e espelho sumiu.
                Logo em seguida, ela deixou a bandeja a seu lado e voltou à sua posição inicial de choro, aquela antes de Espelho aparecer. Estaria cumprindo um papel de atriz a partir daquele momento.
                Escondendo o rosto com as mãos, ela não pôde evitar sorrir.
                Louis estava vindo.

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Oi, gente, td bem??
Mais um cap, como prometido. Tô muito ansiosa pra postar o próximo, então, comentem mais três vezes bem rápido, hein!
Bjs

Elissa

4 comentários:

  1. Ai meu deus hahha
    a vontade que eu tive foi de matar o Harry quando ele falou da profecia. Sera que ele nao sabe calar a boca?
    Eu adorei que o espelho contou tudo para Eleanor hahahahhaha
    Meu deus continua logo :)

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  2. Continua <3 estou amando e super curiosa

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  3. Continuaaaaaaaa! Já tem 4 comentários!

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