quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Capítulo 50 - A Maior das Magias Brancas

Capítulo 50 – A Maior das Magias Brancas
- Harry! – Louis gritou, saindo do chalé de Gandalf e correndo até o amigo, que jazia no gramado do mago. – Harry!
O cavaleiro se ajoelhou ao lado do corpo de Harry e pôs a mão em seu coração. O órgão ainda batia, fracamente, mas batia.
- Ele ainda está vivo! – Ele disse. A essa altura, todos já haviam chegado e estavam em volta de Harry e Louis, observando assustados e apreensivos.
Gandalf se espremia entre o grupo também, observando. Ele perguntou para Niall:
- O que aconteceu, exatamente?
Niall não conseguia falar direito. Ele gaguejava, arfava e lágrimas saíam de seus olhos.
- É tudo culpa minha! Eu ajudei uma senhora na estrada e ela me deu um cupcake como forma de agradecimento! Era para eu comê-lo, mas foi Harry quem o mordeu! E agora ele está... ele está... – Niall não conseguia terminar.
- Senhora? Cupcake?! – Gandalf se exaltou. – Onde está o maldito cupcake?
Todos se viraram à procura do bolinho maligno que fizera aquilo com Harry. Estava a uns sete passos de Gandalf. O mago caminhou apressadamente até ele e, pegando-o na mão, cheirou-o.
- Está envenenado.
- O QUÊ? – Todos gritaram ao mesmo tempo.
Gandalf se aproximou de Harry novamente e, abrindo espaço, ocupou o lugar de Louis ao lado do corpo gelado e pálido, medindo a frequência e a força dos batimentos cardíacos. Ambas eram muito baixas.
- Ele ainda está vivo, mas vai morrer em aproximadamente uma hora se não fizermos nada.
- E o que podemos fazer?! – Quase berrou Zayn, que normalmente não se exaltava e ficava quieto.
- Este cupcake foi enfeitiçado com magia negra. É um veneno feito de essência das trevas, um dos mais poderosos. Precisamos de uma magia branca muito forte para quebrar um feitiço como esse.
- E você conhece algum tipo de magia assim?! Pode fazer uma dessas? – Quis saber Niall, desesperado.
- Está além de minhas capacidades. É muito forte. É difícil parar a ação da morte. Só conheço um método de interromper o envenenamento e salvar seu amigo.
- QUAL?! – Era Liam.
- A maior das magias brancas é o amor verdadeiro. Não se precisa ser um bruxo, mago ou feiticeiro para executá-la. É a magia mais forte que existe, porém muito difícil de ser concretizada. Nem todas as pessoas amam ou chegam a amar verdadeiramente um dia. Na maioria das vezes, um ato de amor verdadeiro, como um beijo, pode fazer com que uma pessoa desperte de um sono eterno, por exemplo. Já vi até casos em que descongelou uma moça e ressuscitou outra.
- Amor verdadeiro?! – Disse Príncipe Taylor. – Vocês conhecem alguma dama que possa ser o amor de Harry?!
- Na verdade, Harry fala de uma infinidade de damas, sempre! – Disse Louis. – Ele sempre acha que ama todas elas, até encontrar uma que lhe interesse mais. É assim que ele vive.
- Isso! – Disse Liam. – Com o Harry, qualquer moça deve servir!
- Ora, então talvez possamos arranjar uma dama no porto, disposta a beijar Harry! – Disse Taylor. – Ou alguém das redondezas. Há alguma moça que more por esta região, Sr. Gandalf?
O mago balançou a cabeça tristemente.
- Lamento, mas receio que não haja solução para o amigo de vocês. O porto está há pelo menos uma hora e meia daqui, e Harry já terá morrido neste meio tempo. Além disso, eu sou o único que mora por aqui. Não há nenhuma mulher num raio de uns oito quilômetros.
Nesse momento, Liam instintivamente olhou para Pin, que permanecera quieto até então. Ou melhor dizendo, olhou para Mulan. Seu olhar era suplicante.
Mulan entendeu o que ele dizia. Sem pensar duas vezes, ela levantou a voz, dessa vez sem tentar disfarça-la:
- Afastem-se.
Ninguém entendeu por que Pin ordenava o afastamento com uma voz tão firme e... tão feminina, mas todos automaticamente se afastaram e deram passagem para o chinês.
Mulan se ajoelhou ao lado do corpo e olhou bem para o rosto de Harry. A expressão dele, mesmo com os olhos fechados, não revelava serenidade. Revelava medo. E dor.
Ela pousou a mão em na bochecha dele. Estava fria, muito fria, sua pele era pálida como a neve, e seus lábios estavam rubros como a rosa.
Delicadamente, ela foi aproximando seu rosto do dele.
- Pin... – Alguém disse com a voz estranha e inquisidora, mas Mulan nem prestou atenção.
Seus lábios finalmente tocaram os gelados lábios de Harry.
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Logo que Logan terminou de falar com todos no navio, ele pulou de volta na água. Nadou alguns metros e encontrou Ariel o esperando.
Ele sorriu para ela.
Ela não sorriu de volta.
- E então, já fez o que tinha de fazer? – Ela perguntou, meio mal-humorada.
- Sim. – Logan respondeu, de bom humor.
- O que é isso na sua mão?
Logan olhou para onde Ariel apontava.
- Ah, é um líquido muito especial. Vai me ajudar a destruir o feitiço do tridente sem destruir o tridente.
Ariel não disse nada.
- Você parecia tão feliz. Por que ficou estressada de repente?
- Não importa. – Ela respondeu, fria como o oceano.
- Olha, você podia ser um pouco mais simpática comigo, já que eu te ajudei a sair da jaula que é aquele palácio para você.
Ariel bufou.
- É que agora eu vou ter que voltar. E, como meu pai teve de me deixar sair, ele vai me punir de alguma outra forma. Talvez esse seja o último passeio que eu dou por essas águas. Culpa sua. Não deveria ter vindo com você. Você não deveria ter feito nada por mim.
- Bem, eu não fiz nada exclusivamente por você. – Disse Logan. – Por isso, desinfle seu orgulho, princesa. Afinal, eu precisava de um guia, e você era a única que tinha visto onde estava o navio de meus colegas.
Ariel sentiu-se horrível diante das palavras de Logan. Como ele podia ser tão grosso? Ela sentiu-se usada. Como um lenço de papel jogado no mar. Como Érick fizera uma vez. Entretanto, seus sentimentos se manifestaram em forma de raiva, e não de tristeza.
- Como pode dizer uma coisa dessas?! Como pode ser tão frio a ponto de dizer que simplesmente me usou sem mais nem menos?! Apenas para seu ganho pessoal?!
- E como pode ser mal agradecida a ponto de me atribuir a culpa por seu futuro castigo? Eu apenas uni o útil ao agradável e tentei te ajudar. Não fui eu que saí do castelo sem permissão e fiquei nos limites de meu reino correndo risco de vida, desobedecendo ao papai.
Ariel ia dizer alguma coisa, mas ficou sem palavras. A verdade é que Logan tentara lhe ajudar de verdade. Mas ele ficou tão chateado com o comentário dela que resolveu devolver-lhe a amargura. O orgulho dele ficara ferido, e agora o dela também. Logan não sabia, mas aquela era a primeira vez que Ariel ficava sem palavras para responder a uma afronta. Diante do silêncio da princesa, ele continuou.
- A jovem princesa deveria parar de pensar em si mesma por alguns momentos e pensar nos outros. Afinal, eu tentei ajudar você, e se não fosse tão egoísta e egocêntrica, perceberia que não tive intenções ruins, e nem mesmo a pretensão de usá-la tão descaradamente. Além disso, também perceberia que seu pai lhe castiga, persegue e incomoda tanto porque se preocupa com você e com sua segurança. Pense no que é para um pai perder um filho. O mesmo pensamento aflige meu irmão em relação a você, e a cada segundo em que ele te procura sem te encontrar, seu coração se aperta com a possibilidade de achar uma Ariel preservada em pedra para toda a eternidade. Eu estou aqui há menos de um dia e posso perceber isso nos olhos de Tritão. Até porque na superfície não é diferente. Quem ama protege, princesa.
Ariel estava com os olhos arregalados, surpresa com tudo o que Logan acabara de dizer. Ela estava com um ódio mortal no peito, e esbanjava raiva por fora, mas também escondia um fascínio pela coragem do rapaz a sua frente em lhe dizer tudo aquilo sem nem a conhecer.
Quanto a Logan, estava decepcionado. Uma jovem tão bela e tão desprovida do bom-senso...
Ariel voltou nadando bem depressa para o castelo, seguida por Logan. Eles não trocaram nenhuma palavra. Ariel entrou pelas janelas por onde os dois haviam saído, encontrando Tritão e Poseidon ainda discutindo.
Tritão ia abrir a boca para dizer algo como: “Agora que voltou, vá já para seu quarto, mocinha!”, mas ele nem ao menos teve tempo.
- Eu já sei pai, estou indo para meu quarto. Não quero ser incomodada. – Ela disse, a voz irritada.
Tritão olhou para Poseidon perplexo. O deus dos mares leu a expressão no rosto do filho mais velho: “O que é que deu nela?”, mas nenhum deles manifestou som algum. Ao contrário, olharam para as janelas de onde Ariel viera a tempo de ver Logan atravessando-as. Esperaram até que o recém-chegado membro da família se aproximasse para perguntarem:
- Como você conseguiu fazer isso?!
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Eleanor acordou com o barulho de alguém colocando sua tigela de comida no chão perto da porta de sua cela.
Sim, ela estava de volta a sua cela. Como havia voltado para lá, a princesa não sabia dizer. Estava faminta, e com muita sede. Agarrou o copo com água que estava em cima da bandeja e bebeu-o muito rapidamente. Ainda queria muito mais, mas não tinha mais. Ela olhou para a tigela de sopa e também tomou seu conteúdo em questão de segundos, virando tudo goela abaixo. Quando terminou, queria mais. Mas não teria mais até o dia seguinte.
Eleanor olhou para suas mãos. Estavam pálidas e pareciam muito magras. Seus braços estavam ficando cada vez mais finos também. Ela começava a perder muita massa muscular. Estava desnutrida e sentia seus ossos, especialmente na região do quadril. Não conseguia ficar na mesma posição por muito tempo.
A princesa pegou a bandeja espelhada onde haviam trazido sua comida e olhou-se nela. Seu rosto ainda estava meio inchado em alguns pontos, e cortes e pontos arroxeados espalhavam-se por sua extensão. Nas áreas sem inchaço, ela podia também perceber que estava ficando cadavérica. Olheiras profundas pairavam sob seus olhos. Seu cabelo estava sem brilho e todo bagunçado. Sua roupa, rasgada em vários locais. Ela estava horrível.
Ela desviou a atenção para o lado e, quando voltou seu rosto para a bandeja novamente, assustou-se e a deixou cair. Espelho havia aparecido.
- Oh, princesa! – Ele disse quando “caiu”.
- Desculpe. – Ela disse, sincera. – Não queria machuca-lo.
- Não princesa... Não é isso... – A voz de espelho parecia triste e depressiva.
- O que foi, então? – A voz de Eleanor estava rouca de fraqueza.
Espelho olhou tristemente para a princesa, e uma lágrima escorreu por seu rosto.
- O que houve, Espelho? – A voz de Eleanor agora demonstrava preocupação.
Espelho mal conseguia encará-la para responder.
- Ela fez algo terrível com você. – Após dizer isso, espelho desabou em lágrimas.
Mais tarde, ele contou à princesa o que sabia.
Eleanor também chorou.
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Oi gente, td bem com vcs???
Ficaram curiosos? Eu posso dizer que estou muito ansiosa para escrever os capítulos finais.
Continuo com quatro comentários.
Bjs

Elissa

5 comentários:

  1. Awnnt que gracinha o Harry e a Mulan, agora é q descobrem de vez que ela não é "Pin" haha'

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  2. Já posso por o Harry e a Mulan em um potinho? Eles são muito tudo haha.
    Sou swifter mas poxa vida Taylor. Vê se morre kkk
    Quero que o Niall e o Liam resgatem as suas princesas ( não por eu ser uma delas, mas é que sei lá...)
    COMO ASSIM ÚLTIMOS CAPÍTULOS?
    Essa fic merece uma segunda temporada ou sei lá. Não pode terminar e se terminar vai ter que fazer uma fic tão perfeita quanto kkk
    Continua logo pq ta perfeito <3
    Um beijo e um queijo

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    1. Kkkk Harry e Mulan num potinho? Acho q ia ficar legal. Ri muito aqui kkkkkkkk. Não estamos no fim, exatamente. Há alguns pontos sem nó que eu preciso fechar e isso pede um número maior de caps. Mas já passamos do meio e eu mal posso esperar para q vcs leiam os caps finais, pq vai ter muita ação neles. Vou parar por aqui pq já falei demais. Bjs

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