Capítulo 50 – A Maior das Magias Brancas
- Harry! –
Louis gritou, saindo do chalé de Gandalf e correndo até o amigo, que jazia no
gramado do mago. – Harry!
O cavaleiro se
ajoelhou ao lado do corpo de Harry e pôs a mão em seu coração. O órgão ainda
batia, fracamente, mas batia.
- Ele ainda está
vivo! – Ele disse. A essa altura, todos já haviam chegado e estavam em volta de
Harry e Louis, observando assustados e apreensivos.
Gandalf se
espremia entre o grupo também, observando. Ele perguntou para Niall:
- O que
aconteceu, exatamente?
Niall não
conseguia falar direito. Ele gaguejava, arfava e lágrimas saíam de seus olhos.
- É tudo culpa
minha! Eu ajudei uma senhora na estrada e ela me deu um cupcake como forma de
agradecimento! Era para eu comê-lo, mas foi Harry quem o mordeu! E agora ele
está... ele está... – Niall não conseguia terminar.
- Senhora?
Cupcake?! – Gandalf se exaltou. – Onde está o maldito cupcake?
Todos se
viraram à procura do bolinho maligno que fizera aquilo com Harry. Estava a uns
sete passos de Gandalf. O mago caminhou apressadamente até ele e, pegando-o na
mão, cheirou-o.
- Está
envenenado.
- O QUÊ? –
Todos gritaram ao mesmo tempo.
Gandalf se
aproximou de Harry novamente e, abrindo espaço, ocupou o lugar de Louis ao lado
do corpo gelado e pálido, medindo a frequência e a força dos batimentos
cardíacos. Ambas eram muito baixas.
- Ele ainda
está vivo, mas vai morrer em aproximadamente uma hora se não fizermos nada.
- E o que
podemos fazer?! – Quase berrou Zayn, que normalmente não se exaltava e ficava
quieto.
- Este cupcake
foi enfeitiçado com magia negra. É um veneno feito de essência das trevas, um
dos mais poderosos. Precisamos de uma magia branca muito forte para quebrar um
feitiço como esse.
- E você
conhece algum tipo de magia assim?! Pode fazer uma dessas? – Quis saber Niall,
desesperado.
- Está além de
minhas capacidades. É muito forte. É difícil parar a ação da morte. Só conheço
um método de interromper o envenenamento e salvar seu amigo.
- QUAL?! – Era
Liam.
- A maior das
magias brancas é o amor verdadeiro. Não se precisa ser um bruxo, mago ou
feiticeiro para executá-la. É a magia mais forte que existe, porém muito
difícil de ser concretizada. Nem todas as pessoas amam ou chegam a amar
verdadeiramente um dia. Na maioria das vezes, um ato de amor verdadeiro, como
um beijo, pode fazer com que uma pessoa desperte de um sono eterno, por
exemplo. Já vi até casos em que descongelou uma moça e ressuscitou outra.
- Amor
verdadeiro?! – Disse Príncipe Taylor. – Vocês conhecem alguma dama que possa
ser o amor de Harry?!
- Na verdade,
Harry fala de uma infinidade de damas, sempre! – Disse Louis. – Ele sempre acha
que ama todas elas, até encontrar uma que lhe interesse mais. É assim que ele
vive.
- Isso! –
Disse Liam. – Com o Harry, qualquer moça deve servir!
- Ora, então
talvez possamos arranjar uma dama no porto, disposta a beijar Harry! – Disse Taylor.
– Ou alguém das redondezas. Há alguma moça que more por esta região, Sr. Gandalf?
O mago
balançou a cabeça tristemente.
- Lamento, mas
receio que não haja solução para o amigo de vocês. O porto está há pelo menos
uma hora e meia daqui, e Harry já terá morrido neste meio tempo. Além disso, eu
sou o único que mora por aqui. Não há nenhuma mulher num raio de uns oito
quilômetros.
Nesse momento,
Liam instintivamente olhou para Pin, que permanecera quieto até então. Ou
melhor dizendo, olhou para Mulan. Seu olhar era suplicante.
Mulan entendeu
o que ele dizia. Sem pensar duas vezes, ela levantou a voz, dessa vez sem
tentar disfarça-la:
- Afastem-se.
Ninguém entendeu
por que Pin ordenava o afastamento com uma voz tão firme e... tão feminina, mas
todos automaticamente se afastaram e deram passagem para o chinês.
Mulan se
ajoelhou ao lado do corpo e olhou bem para o rosto de Harry. A expressão dele,
mesmo com os olhos fechados, não revelava serenidade. Revelava medo. E dor.
Ela pousou a
mão em na bochecha dele. Estava fria, muito fria, sua pele era pálida como a
neve, e seus lábios estavam rubros como a rosa.
Delicadamente,
ela foi aproximando seu rosto do dele.
- Pin... –
Alguém disse com a voz estranha e inquisidora, mas Mulan nem prestou atenção.
Seus lábios
finalmente tocaram os gelados lábios de Harry.
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Logo que Logan
terminou de falar com todos no navio, ele pulou de volta na água. Nadou alguns
metros e encontrou Ariel o esperando.
Ele sorriu
para ela.
Ela não sorriu
de volta.
- E então, já
fez o que tinha de fazer? – Ela perguntou, meio mal-humorada.
- Sim. – Logan
respondeu, de bom humor.
- O que é isso
na sua mão?
Logan olhou
para onde Ariel apontava.
- Ah, é um
líquido muito especial. Vai me ajudar a destruir o feitiço do tridente sem
destruir o tridente.
Ariel não
disse nada.
- Você parecia
tão feliz. Por que ficou estressada de repente?
- Não importa.
– Ela respondeu, fria como o oceano.
- Olha, você
podia ser um pouco mais simpática comigo, já que eu te ajudei a sair da jaula que
é aquele palácio para você.
Ariel bufou.
- É que agora
eu vou ter que voltar. E, como meu pai teve de me deixar sair, ele vai me punir
de alguma outra forma. Talvez esse seja o último passeio que eu dou por essas
águas. Culpa sua. Não deveria ter vindo com você. Você não deveria ter feito
nada por mim.
- Bem, eu não
fiz nada exclusivamente por você. – Disse Logan. – Por isso, desinfle seu
orgulho, princesa. Afinal, eu precisava de um guia, e você era a única que tinha
visto onde estava o navio de meus colegas.
Ariel
sentiu-se horrível diante das palavras de Logan. Como ele podia ser tão grosso?
Ela sentiu-se usada. Como um lenço de papel jogado no mar. Como Érick fizera
uma vez. Entretanto, seus sentimentos se manifestaram em forma de raiva, e não
de tristeza.
- Como pode
dizer uma coisa dessas?! Como pode ser tão frio a ponto de dizer que
simplesmente me usou sem mais nem menos?! Apenas para seu ganho pessoal?!
- E como pode
ser mal agradecida a ponto de me atribuir a culpa por seu futuro castigo? Eu
apenas uni o útil ao agradável e tentei te ajudar. Não fui eu que saí do
castelo sem permissão e fiquei nos limites de meu reino correndo risco de vida,
desobedecendo ao papai.
Ariel ia dizer
alguma coisa, mas ficou sem palavras. A verdade é que Logan tentara lhe ajudar
de verdade. Mas ele ficou tão chateado com o comentário dela que resolveu
devolver-lhe a amargura. O orgulho dele ficara ferido, e agora o dela também.
Logan não sabia, mas aquela era a primeira vez que Ariel ficava sem palavras
para responder a uma afronta. Diante do silêncio da princesa, ele continuou.
- A jovem
princesa deveria parar de pensar em si mesma por alguns momentos e pensar nos
outros. Afinal, eu tentei ajudar você, e se não fosse tão egoísta e
egocêntrica, perceberia que não tive intenções ruins, e nem mesmo a pretensão
de usá-la tão descaradamente. Além disso, também perceberia que seu pai lhe
castiga, persegue e incomoda tanto porque se preocupa com você e com sua
segurança. Pense no que é para um pai perder um filho. O mesmo pensamento
aflige meu irmão em relação a você, e a cada segundo em que ele te procura sem te
encontrar, seu coração se aperta com a possibilidade de achar uma Ariel
preservada em pedra para toda a eternidade. Eu estou aqui há menos de um dia e
posso perceber isso nos olhos de Tritão. Até porque na superfície não é
diferente. Quem ama protege, princesa.
Ariel estava
com os olhos arregalados, surpresa com tudo o que Logan acabara de dizer. Ela
estava com um ódio mortal no peito, e esbanjava raiva por fora, mas também
escondia um fascínio pela coragem do rapaz a sua frente em lhe dizer tudo
aquilo sem nem a conhecer.
Quanto a
Logan, estava decepcionado. Uma jovem tão bela e tão desprovida do bom-senso...
Ariel voltou
nadando bem depressa para o castelo, seguida por Logan. Eles não trocaram
nenhuma palavra. Ariel entrou pelas janelas por onde os dois haviam saído,
encontrando Tritão e Poseidon ainda discutindo.
Tritão ia
abrir a boca para dizer algo como: “Agora que voltou, vá já para seu quarto,
mocinha!”, mas ele nem ao menos teve tempo.
- Eu já sei
pai, estou indo para meu quarto. Não quero ser incomodada. – Ela disse, a voz
irritada.
Tritão olhou
para Poseidon perplexo. O deus dos mares leu a expressão no rosto do filho mais
velho: “O que é que deu nela?”, mas nenhum deles manifestou som algum. Ao
contrário, olharam para as janelas de onde Ariel viera a tempo de ver Logan
atravessando-as. Esperaram até que o recém-chegado membro da família se
aproximasse para perguntarem:
- Como você
conseguiu fazer isso?!
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Eleanor
acordou com o barulho de alguém colocando sua tigela de comida no chão perto da
porta de sua cela.
Sim, ela
estava de volta a sua cela. Como havia voltado para lá, a princesa não sabia
dizer. Estava faminta, e com muita sede. Agarrou o copo com água que estava em
cima da bandeja e bebeu-o muito rapidamente. Ainda queria muito mais, mas não
tinha mais. Ela olhou para a tigela de sopa e também tomou seu conteúdo em
questão de segundos, virando tudo goela abaixo. Quando terminou, queria mais.
Mas não teria mais até o dia seguinte.
Eleanor olhou
para suas mãos. Estavam pálidas e pareciam muito magras. Seus braços estavam
ficando cada vez mais finos também. Ela começava a perder muita massa muscular.
Estava desnutrida e sentia seus ossos, especialmente na região do quadril. Não
conseguia ficar na mesma posição por muito tempo.
A princesa
pegou a bandeja espelhada onde haviam trazido sua comida e olhou-se nela. Seu
rosto ainda estava meio inchado em alguns pontos, e cortes e pontos arroxeados
espalhavam-se por sua extensão. Nas áreas sem inchaço, ela podia também
perceber que estava ficando cadavérica. Olheiras profundas pairavam sob seus
olhos. Seu cabelo estava sem brilho e todo bagunçado. Sua roupa, rasgada em
vários locais. Ela estava horrível.
Ela desviou a
atenção para o lado e, quando voltou seu rosto para a bandeja novamente,
assustou-se e a deixou cair. Espelho havia aparecido.
- Oh,
princesa! – Ele disse quando “caiu”.
- Desculpe. –
Ela disse, sincera. – Não queria machuca-lo.
- Não princesa...
Não é isso... – A voz de espelho parecia triste e depressiva.
- O que foi,
então? – A voz de Eleanor estava rouca de fraqueza.
Espelho olhou
tristemente para a princesa, e uma lágrima escorreu por seu rosto.
- O que houve,
Espelho? – A voz de Eleanor agora demonstrava preocupação.
Espelho mal
conseguia encará-la para responder.
- Ela fez algo
terrível com você. – Após dizer isso, espelho desabou em lágrimas.
Mais tarde,
ele contou à princesa o que sabia.
Eleanor também
chorou.
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Oi gente, td bem com vcs???
Ficaram curiosos? Eu posso dizer que estou muito ansiosa para
escrever os capítulos finais.
Continuo com quatro comentários.
Bjs
Elissa
Continuaa!!!!!!!!
ResponderExcluirAwnnt que gracinha o Harry e a Mulan, agora é q descobrem de vez que ela não é "Pin" haha'
ResponderExcluirahh e esqueci! Continuaaa!
ExcluirLívia
Já posso por o Harry e a Mulan em um potinho? Eles são muito tudo haha.
ResponderExcluirSou swifter mas poxa vida Taylor. Vê se morre kkk
Quero que o Niall e o Liam resgatem as suas princesas ( não por eu ser uma delas, mas é que sei lá...)
COMO ASSIM ÚLTIMOS CAPÍTULOS?
Essa fic merece uma segunda temporada ou sei lá. Não pode terminar e se terminar vai ter que fazer uma fic tão perfeita quanto kkk
Continua logo pq ta perfeito <3
Um beijo e um queijo
Kkkk Harry e Mulan num potinho? Acho q ia ficar legal. Ri muito aqui kkkkkkkk. Não estamos no fim, exatamente. Há alguns pontos sem nó que eu preciso fechar e isso pede um número maior de caps. Mas já passamos do meio e eu mal posso esperar para q vcs leiam os caps finais, pq vai ter muita ação neles. Vou parar por aqui pq já falei demais. Bjs
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