Capítulo 54 – Os “Cães” da Floresta

Capítulo 54 – Os “Cães” da Floresta

- Ora, ora, ora, Espelho, mas o que temos aqui?! – Caroline observou a imagem que Espelho mostrava. – Parece que há um jovem sozinho se movendo pela Floresta. – A imagem mostrava um rapaz que andava seguindo um mapa. – Está perdido? Pobrezinho... Mas não vou arriscar, há muito em jogo agora. Vamos mostrar um pouco da nossa hospitalidade para ele, Espelho. – Flack riu, impiedosa.

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Louis tentava se guiar pelo mapa o melhor possível. Entretanto, normalmente era Liam quem cuidava do pergaminho mágico e marcava as direções a serem seguidas. Por isso, o cavaleiro estava um pouco perdido, sem noção de onde estava, exatamente.

Já havia passado mais umas três horas desde que ele comera seu pequeno pedaço de pão. Estava com fome novamente. Repreendeu-se por estar mau acostumado. Com a comida farta da bolsa encantada, ele tinha comido muito bem nas últimas semanas.

O chão irregular da floresta cansara suas pernas que andavam há pelo menos sete horas seguidas. Não estava quente, mas também não estava frio, e o cavaleiro suava com o esforço da caminhada.

Louis parou e sentou-se recostado a um tronco de árvore, suspirando. A viagem estava parecendo mais difícil do que o normal. O cavaleiro se perguntava se era porque seu fardo lhe pesava mais do que o usual, ou se era porque não estava na companhia de Harry, Zayn, Niall, Liam e Pin, quer dizer, Mulan, que sabiam deixar o pior dos momentos mais leves.

Harry e suas piadas e histórias de galanteios; Liam com suas histórias de fazendeiro, bom-humor, paciência e razão; Niall com sua risada contagiante e seu coração maior que o mundo; Zayn com sua quietude e ironia e, finalmente, Pin com sua sagacidade e mistério.

Louis sentiu um aperto no peito. Sentia ter de deixar seus amigos. Mas era a melhor opção para eles. Eles mereciam ter suas vidas de volta, eram bons demais para morrer por uma guerra que não era deles.

O que o jovem cavaleiro não percebia era que, de fato, aqueles jovens não eram nada sem alguém para lidera-los. Sem alguém que os guiasse na direção certa, que lhes desse motivação para alcançarem seus objetivos. E Louis não via que esse papel cabia a ele.

“Track”.

O barulho de algo se quebrando tirou Louis de seus devaneios. Estava longe, mas tinha sido perfeitamente audível para o cavaleiro.

Ele esperou e ouviu. Nada. Nenhum som. Talvez tivesse sido algum animal silvestre. Um coelho, provavelmente, quebrando um galho caído no chão da floresta temperada, algo bem comum.

Louis se levantou. De um jeito ou de outro, era melhor ele sair dali. Tanto quanto poderia ser um coelho, poderia ser um urso, e se fosse este, o cavaleiro não gostaria de estar ali.

“Track”.

Louis deteve-se. Ele já estava de pé, e o barulho não viera de muito longe. Agora que o som viera de mais perto, Louis percebeu que não se tratava de algo como um galho sendo quebrado, e sim esmagado. Isso significava que, com o que quer que ele estivesse lidando, não era nada pequeno.

Algo pingou no ombro direito de Louis. Ele observou a substância. Seria princípio de chuva? Parecia água, mas... Mas era pastosa, mais densa.

Uma figura se mexendo a uns trinta metros chamou a atenção de Louis. Ele vira a silhueta de algo grande e escuro passar depressa, mas tinha sido muito rápido para enxergar direito!

Porém, o cavaleiro nem teve mais tempo para avaliar se o que vira fora um urso. Ele olhou para cima quando mais uma gota caiu. E o que viu o fez congelar da cabeça aos pés.

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Queridos amigos,

Eu sinto muito ter tido de partir, mas não quero coloca-los em perigo. Sei que devem estar morrendo de raiva de mim agora, mas não posso lutar contra minha consciência. Se algum de vocês morrer, eu jamais me perdoarei.

Por isso, peguei o mapa com as orcruxes e estou me dirigindo até suas marcações para destruí-las. Obviamente, estou com o elixir que Dumbledore nos enviou para que pudéssemos quebrar os feitiços.

Por favor, movam-se em direção ao castelo do Rei Simon em Cowell, e lhe apresentem essa carta. Ele saberá que vocês agiram com lealdade ao reino e lhes consagrará cavaleiros. Se eu sobreviver, nos reencontraremos. Se não, por favor, voltem a viver normalmente e não lamentem minha morte ou suas vidas.

       Vocês não têm mais uma dívida comigo. Eu os libero.

       Estão livres para fazer o que quiserem.

Seu amigo do peito,

Louis

- Mas que grande idiota! – Harry gritou, irritado com Louis. – Nós já ouvimos tantas vezes que devemos permanecer unidos! Será que ele não entende que nós não estamos aqui por causa dele, nem por causa do mundo, e sim por nós mesmos?!

Harry estava possesso, mas estava certo. Mesmo com todo o fardo que eles carregavam, nenhum deles queria pular fora. Todos estavam cientes do perigo que corriam e das consequências caso falhassem, mas não pensavam naquilo o tempo todo. Antes de saberem de profecias e elementos em equilíbrio eles já estavam dentro da missão. E na missão ficariam até que esta fosse concluída, ou suas vidas fossem tiradas.

                Zayn lera a carta em voz alta, causando indignação e pânico a todos.

                - O que vamos fazer agora?! – Falou Niall. – Ele está com o mapa. Estamos de mãos atadas.

                - Poderíamos procurar o castelo de Flack e esperar Louis por lá. – Sugeriu Liam.

                - E sermos mortos antes de piscarmos? – contra argumentou príncipe Taylor. – Não. Se há uma coisa que aprendi todos esses anos estudando sobre política e estratégias militares, é que nenhum castelo está desprotegido. Todos eles tem um exército que o defenda ou armadilhas que derrotem, detenham ou atrasem o avanço do inimigo.

                - Além disso, estamos lidando com uma bruxa. – Gandalf pronunciou com sua voz soberba. – Caroline sabe como conjurar criaturas que acabariam com vocês em questão de segundos. Se não estiverem preparados ou protegidos, não haverá como sobreviver.

                - Então o que vamos fazer?! Eu me recuso a ficar aqui esperando sentado!

                - Temos que chegar até ele! – Harry disse.

                - Como?! Não sabemos onde ele está. – Zayn falou.

                - Na verdade... – A voz de Mulan foi ouvida pela primeira vez. – Nós temos o espelho mágico. Podemos ver onde está Louis pelo espelho!

                - PERFEITO! – Harry berrou. – Pelo menos tem alguém inteligente aqui, ao contrário do nosso camarada Louis.

                Mulan ignorou o elogio e correu até o espelho mágico que estava em cima da mesa da cozinha. Zayn, Niall, Liam, Harry, Taylor e Gandalf foram até ela.

                - Mostre Louis.

                Uma imagem começou a se formar gradativamente no espelho. Uma floresta e uma figura apressada. Louis.

                - O que ele está fazendo? Por que está correndo? – Interrogou Zayn.

                - Parece estar... Fugindo... – Liam comentou, intrigado.

                - Mas... Fugindo de quê? – Taylor.

                As perguntas logo foram respondidas. Logo atrás de Louis, três figura enormes e peludas apareceram correndo. Ora andavam sobre duas patas, ora sobre quatro. Tinham garras afiadíssimas e dentes mais pontiagudos ainda. Pareciam homens, mas não eram homens. Pareciam animais, mas não eram animais.

                Mulan se assustou tanto com aquilo que deixou o espelho cair e cobriu a boca com as mãos. Lágrimas se formaram em seus olhos porque ela sabia o que eram aquelas criaturas. E também sabia o que elas iriam fazer com Louis. Não havia mais chance para ele.

                Ela virou-se e foi recebida pelo ombro de Harry, que, vendo o desespero nos olhos dela, abraçou-a.

                A reação de Mulan deixou todos desamparados. Ela era quase mais homem que todos eles, forte e fria na maior parte das situações, deixando a razão prevalecer acima da emoção. Ninguém esperava por aquilo, e por isso ficaram em choque. Perderam a esperança.

                - O... O que era aquilo? – Niall perguntou.

                Liam, a única outra pessoa que sabia a resposta, pronunciou em voz baixa e quase inexpressiva.

                - Lobisomem.

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Oi, gente! Tudo bem com vcs?

Bom, eu sei que tá meio curto, mas eu tentei fazer o mais rápido possível pra postar pra vcs.

O que acharam? Eu achei meio maligno. Não paro de arranjar problemas pra esses garotos!

Mas, enfim, isso é importante pra continuação da história.

Continuo com seis comentários.

Beijos

Elissa