sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Capítulo 71 - Mulan fugiu

Capítulo 71 – Mulan fugiu

Mulan esperou que o homem que acabara de entrar passasse para a sala lateral na qual se encontravam Harry, Louis e Taylor. Quando ele abriu a porta, ela virou o rosto para o lado.
A voz de Harry soou mais forte, apertando o coração da jovem como nunca. Uma lágrima escorreu pelos olhos dela, mas Mulan rapidamente a enxugou e retomou o controle de seus sentimentos.
“Você precisa sair daqui, Mulan.”, pensou. “Precisa sair e encontrar uma forma de deter aquele duende esquisito e idiota. Por Harry”.
Os pensamentos dela aumentaram-lhe a coragem e, assim que ela ouviu a porta do salão se fechar, virou-se novamente.
A chinesa observou os arredores: à sua direita, uma bela e ampla escadaria conduzia até o andar de baixo, diretamente para o piso da porta que a levaria de volta às montanhas.
Pé ante pé, ela desceu os degraus. Mais uma vez agradeceu por suas botas. Elas não produziam nenhum ruído sob o peso de seu corpo leve e esguio. A dor que sentia ainda era lancinante, mas ela era uma mulher forte e determinada, capaz de superá-la para enfrentar a ameaça daquele idiota pequeno e estranho.
Mulan finalmente chegou ao piso inferior. Ela tentou se apressar, mas a dor ainda era muito forte em seu abdome, de forma que o máximo que ela conseguiu foi trotar até a saída, mancando com uma das pernas.
Ela chegou à porta. Um gancho se projetava de cada parte da porta dupla, e ela logo fincou suas mãos nele, abafando um gemido de dor.
A chinesa percebeu que aquele seria um momento de grande provação. Com todas as suas forças, ela inclinou corpo para trás, e puxou o gancho da porta esquerda, muito mais pesada do que ela poderia imaginar, talvez porque de fato fosse pesada, talvez porque Mulan estivesse enfraquecida.
Ela lutou contra sua dor, mas não obteve sucesso, deixando-se cair e abraçando a si mesma. Mulan emitiu um pequeno gemido de dor e mais lágrimas brotaram de seus olhos.
“Você não pode desistir.”, ela pensou, depois de alguns segundos. “Não agora”.
Com dificuldade, ela se ergueu novamente e pegou no gancho outra vez.
“Vamos lá garota.”, tentou incentivar-se. “1... 2... 3!”.
E assim ela empreendeu toda a motivação de sua alma rumo àquele objetivo.
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Jack Frost entrou na sala onde estavam Harry, Taylor, Louis e Elsa.
– Oh, Jack! – Elsa falou, sorrindo para o marido. – Você voltou! – ela estava reluzente de felicidade. Rapidamente, correu até Jack e o abraçou calorosamente, por mais gelados que os dois inerentemente pudessem ser.
Louis sentiu um forte aperto em seu coração, lembrando-se de Eleanor. Harry sentiu-se da mesma forma, pensando em Mulan.
– Olá, querida... – falou calmamente Jack Frost, alisando os cabelos da esposa e beijando-lhe a testa. – Olá a todos vocês, também! – disse, dirigindo-se a todos os demais presentes. – Sou Jack Frost, senhor deste castelo ao lado de Elsa. É um prazer recebê-los em minha casa.
Taylor, Harry e Louis fizeram uma pequena reverência diante da lendária figura.
– É uma honra conhecê-lo, senhor Frost! – Louis falou com seriedade.
– Eu sempre esperava ansiosamente por sua vinda! Todos os anos! – alegrou-se príncipe Taylor, sorrindo e trazendo à tona sua criança interior.
– Eu sempre te odiei. – Harry falou simplesmente.
Louis deu uma forte cotovelada em Harry, que gritou de dor.
– Perdoe meu amigo, senhor Frost. – disse o cavaleiro gravemente. – Ele é um idiota.
Jack sorriu, apaziguando os ânimos.
– Não há com o que se preocupar. – disse ele. – Mas, diga-me, porque essa hostilidade quanto à minha pessoa? – perguntou a Harry, curioso em relação à resposta.
– Ah, você sabe... – Harry falou, esfregando as costelas e lançando uma carranca a Louis. – Você levava o inverno todas as vezes e eu ficava privado durante meses das curvas das jovens donzelas de meu vilarejo natal...
Louis deu um tapa em seu próprio rosto. Taylor suspirou. Jack e Elsa se entreolharam e riram, divertidos.
– Eu não gostaria de ser sua esposa nem em um milhão de anos. – Taylor comentou. – Como pretende conquistar Mulan dessa forma?
– Tenho meu charme natural e... – Harry começou, mas Jack o interrompeu.
– Quem é Mulan?
– Ah, querido... – Elsa explicou. – Esses jovens foram atacados pelos Yetis da montanha, juntamente com Gandalf e outra jovem chamada Mulan, que estão desacordados em um de nossos aposentos. Cuidei deles antes de descermos, mas a situação de ambos ainda é relativamente preocupante, principalmente a de Gandalf.
– Gandalf, nosso amigo mago Gandalf? – ele perguntou, incrédulo.
– Receio que sim, senhor Frost. – Louis falou, explicando em poucas palavras o que os levara a subir as montanhas geladas daquela região da Irlanda.
– Flack?! Vocês estão falando sério?! Horcruxes?! Quem poderia imaginar?!... Quantos ela deve ter matado... – até o próprio Jack Frost parecia surpreso e apreensivo. – Como não percebemos a presença dela, querida Elsa, bem debaixo de nossos narizes?!
– Ela deve ter criado algum novo feitiço de proteção. – conjecturou Elsa. – Afinal, sabe que estamos aqui e tem noção do poder que possuímos. Certamente foi bastante precavida.
– Ainda assim... – ele franziu o cenho. – Isso é muito estranho. Deveríamos ter sentido uma mágica das trevas forte como a dela.
– Está tudo bem, senhor Frost. – Taylor declarou. – Sua esposa deve estar certa.
– De fato... – Jack falou, mais para si mesmo que para os outros. De repente, pareceu despertar de seus devaneios. – Querida, porque não oferece uma xícara de chá à jovem Mulan?
– O quê? – Elsa franziu o cenho. – Ela estava repousando no quarto, querido. Deixei-a junto com Gandalf.
– Eu imaginei, mas é que há alguém na sala ao lado. Estou ouvindo seus passos pelo gelo. Pelo peso, imagino ser uma mulher pequena e esguia. Espere... Estou ouvindo mais... Ela está com dor... Está tentando abrir a porta que leva às montanhas.
– O quê? – Louis estranhou. – Porque ela faria isso?
– Óbvio! – Harry praticamente voou até a porta. – Ela está tentando nos encontrar. Mulan! – ele começou, animado, abrindo a porta dupla para o grande salão. – Essa é a porta errad...
Mas tudo o que ele viu foi a parte esquerda da porta aberta.
Um vento frio cortante entrava no grande salão pela abertura. Ao chão, neve invadia um pedaço do piso de gelo límpido e polido, e era possível ver pegadas deixadas recentemente na alvura do aglomerado de flocos de gelo.
Harry correu até a entrada e olhou para fora. Nevava muito, e as pegadas de Mulan fora da proteção do castelo estavam já encobertas devido às forças da natureza.
– Não! – ele gritou, desesperado, virando-se para Louis, Taylor e o casal Frost, que chegavam atrás dele. – Mulan fugiu!
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– Eu não acredito que estamos mesmo coletando moedas de ouro. – Liam estava pasmo. – Não é possível que essa baboseira toda de duende do pote de ouro seja verdade.
– Então como você explica toda essa trilha de moedas? – disse Niall, recolhendo a vigésima moeda e se embrenhando cada vez mais pelo caminho do bosque.
– Alguém deve estar tentando nos enganar! E se for obra de mais uma bruxa, Niall?!
– Não é. – disse o loiro. – Eu tenho certeza. Ei, olhe! Ali está mais uma! – o ferreiro correi até ela. – Aqui, Liam, segure-as, por favor. – disse, fazendo um pequeno saco com sua blusa de frio. – Pronto, pode colocá-las aqui agora.
– Niall, estamos nos afastando demais de Swift. – Liam olhou para trás. A mata se a adensava cada vez mais, e o fazendeiro não admitiria, mas perdera a noção de espaço, e não saberia mais voltar pelo caminho de onde viera.
– Liam, confie em mim. Eu sinto que... De alguma forma... Estamos indo até onde precisamos ir.
– Então porque não vemos nem mesmo pegadas? Porque apenas as moedas de ouro?
– E eu vou saber?! Fique quieto, está me desconcentrando. Já disse, confie em mim apenas uma vez na vida.
Liam fechou os olhos. Ele não gostava do que estavam fazendo, mas resolveu dar o voto de confiança ao amigo, que parecia ter recuperado o vigor perdido até poucos minutos atrás.
Niall analisava cada pedaço do chão com cuidado e cautela, de forma que não estava olhando para frente.
Foi exatamente por esse motivo que Liam viu aquilo primeiro.
– Niall...
– Espere, Liam! – disse o loiro, concentrando-se no chão. – Ah, aqui! Achei mais uma! – ele sorriu, correndo e pegando mais uma moeda.
– Niall...
– Liam, pare, por favor! – Niall percorreu o chão com os olhos mais uma vez. – Estou com a intuição muito forte, já disse!
– Niall!
– LIAM! QUER PARAR, POR FAVOR?! EU NÃO SOU ASSIM TÃO ESTÚPIDO! EU PRECISO... – ele respirou fundo. – Preciso de uma esperança! – falou, erguendo-se do chão e encarando o amigo com lágrimas nos olhos. – Se eu não encontrar o duende, eu... Eu me sentirei um inútil, idiota e incompetente completo. Por favor... – suplicou ao amigo, os olhos azuis marejados lutando para conter o fluxo de água.
Ao focalizar o rosto do amigo, porém, Niall ficou confuso.
– Eu acredito em você. – falou Liam, a expressão ligeiramente pálida e os olhos esbugalhados, olhando para algo além de Niall.
– O-o quê? – o ferreiro franziu o cenho, recompondo-se.
Como resposta, Liam apontou para a frente.
Niall virou seu rosto para trás, na direção apontada pelo dedo de Liam. E então seu queixo caiu.
A dez metros dos dois, as árvores do bosque se abriam numa clareira. Nela, a luz do sol iluminava uma pequena criatura flutuante que os observava, atraído pelos gritos de Niall.
Era uma criatura pequena, de orelhas pontudas e rosto quadrado com definições duras, que segurava uma espécie de vaso dourado em sua mão esquerda. Sua pele era cinza, dois dentes se projetavam de sua mandíbula inferior, e ele usava um chapéu verde, uma camiseta amarela com golas brancas, e uma calça verde-musgo até a cintura amarrada por um cinto marrom de fivela muito grossa. Quanto aos sapatos, faziam um pequeno caracol na ponta e também eram marrons.
Atrás da estranha figura, uma coisa branca e fofa planava muito próxima do chão. Do centro dela, uma faixa translúcida com sete cores diferentes se angulava para o alto e descrevia uma curva até se perder de vista no infinito do céu.
– Liam...

– Você encontrou, Niall! Você achou o duende do pote de ouro!


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Oi, gente, tudo bem?!
Depois de muito tempo, eu estou aqui pedindo desculpas a todas as minhas leitoras. Já estava planejando retomar meus escritos essas férias, pois estava em débito com todas as pessoas que acompanhavam minhas narrativas.
A vocês, minhas mais sinceras desculpas.
Pretendo definitivamente terminar a fanfic agora. A fic está bastante desatualizada com a relaidade, mas vou seguir com alguns de meus planos originais.
Gostaria de agradecer à Tália, que, mesmo com meus planos para retornar, foi crucial para me dar o empurrão de motivação necessário para que isso acontecesse.
Obrigada. :)
Espero que tenham gostado do capítulo e podem ficar ligadas, porque não vai demorar para ter mais!

Um beijão.

Um comentário:

  1. Nossa, eu entrei para ver se vc tinha respondido o meu comentário e BAM tinha cap novo, gente, eu tive um mini surto! Juro, estava mesmo com sdds dessa fic!
    Nem preciso dizer que amei o cap, acho que por a ideia ser antiga essa fic me dá uma nostalgia muito grande dos meninos. Me lembra quando eu lia e escrevia fic loucamente!
    Nossa, corajosa a Mulan fugir, acho que se eu fosse ela eu não conseguiria fazer metade do que ela faz. #GirlPower.
    Amo o Niall dessa fic, ele é bem perdido na vida igual a mim, meio perdidão mas sabe o que ta fazendo, Mais ou menos... HAHAHAAHA
    Awwwwww, dar apoio e incentivar os autores são a melhor coisa que qualquer leitor faz! Eu vou acompanhar essa fic até o final!
    Vc já pensou em postar no wattpad oou no spirit? Eu acho que vc ia conseguir um monte de leitores!
    Bjs

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